sábado, 31 de março de 2012

A Ditadura Militar em imagens








Joana D'arc - Mulher & Cinema



O ano é 1429, a França está em convulsão política e religiosa, com os membros da família real em luta pelo domínio do trono. Mas uma camponesa de uma aldeia remota dá ao seu país o milagre que ele estava procurando. Milla Jovovich é Joana D Arc, uma jovem que inspira e lidera seus conterrâneos até sua execução aos 19 anos. Criada em uma família religiosa, Joana testemunha o estupro e morte da irmã pelas mãos de um exército invasor. Anos depois, com a guerra ainda em curso, Joana vai até seu rei levando uma mensagem que ela atribui a Deus: dar-lhe um exército e, em nome de Deus, ela reclamará seu reino de volta. Mas seria uma mensagem real ou delírio de uma garota traumatizada? Este emocionante épico de Luc Besson explora a vida de Joana D Arc, suas impressionantes vitórias, o relacionamento com Deus e a trágica morte. Co-estrelando John Malkovich e os vencedores do Oscar Dustin Hoffman e Faye Dunaway, Joana D Arc é uma visão moderna de uma santa medieval que cativa as pessoas até hoje.
Ficha Técnica
Título no Brasil: Joana D'Arc de Luc Besson
Título Original: The Messenger: The Story of Joan of Arc
País de Origem: França
Gênero: Drama | Guerra
Tempo de Duração: 155 minutos
Ano de Lançamento: 1999
Site Oficial: http://www.joan-of-arc.com
Estúdio/Distrib.: Sony Pictures
Direção: Luc Besson
IMDB: 6.3


 

Analise do filme:

1.     Descreva a situação da França no ano de 1429.

2.     Como e porque ocorreu a morte de Joana Darc?

3.     Comente a cena do filme que  mais lhe chamou atenção. Justifique.

Pêssanka

É um ovo colorido a mão, de origem eslava. Pêssanka ou Pysanka é derivado do verbo pysaty (escrever) e simboliza a vida, a saúde e a prosperidade.
Na história do povo ucraniano sempre esteve presente uma tradição de colorir ovos na época em que o Sol voltava triunfante, eliminando a neve que cobria a rica terra negra da Ucrânia. Em escavações arqueológicas, foram encontrados indícios desta arte a mais de 3.000 anos antes de Cristo, sendo que naquela época, eram utilizadas ferramentas muito rústicas para se confeccionar uma pêssanka. A explicação para o interesse do ser humano antigo pelo ovo,  está no fato do mesmo possuir uma magia incrível, pois de uma forma simples e rude, surgiria a vida.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Lápis

Prisioneiros Indígenas - Debret

Curitiba

Existem relatos que em 1531 chegou até os campos de Curitiba a expedição de Pero Lobo. Essa expedição bandeirante partiu de Cananéia em busca de ouro e prata na região dos Incas, seguindo uma trilha indígena que passava pelos arredores da atual cidade de Ponta Grossa. A expedição acabou sendo dizimada durante confronto com os guaranis, nas proximidades de Foz do Iguaçu, durante a travessia do rio Paraná.

Assim como quase todas as cidades brasileiras, os primeiros habitantes de Curitiba foram os índios das nações Tupi, Guarani e Jê, que tiveram suas culturas transfiguradas com a chegada dos garimpeiros a partir do século 17, em busca de ouro e riquezas da região.

Em 1649 o General Eleodoro Ébano Pereira comandou uma expedição para subir os rios, passar a Serra do Mar e alcançar o Planalto. Tem o objetivo de encontrar ouro e índios e para isso recruta habitantes da Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, primeiro núcleo urbano do Paraná. Os índios Tupi-guarani, Jê e Tingui que já habitavam a região do planalto denominavam-na Core-Etuba , cujo significado era "pinhal" ou "muito pinhão".


A princípio se estabeleceram nas margens do rio Atuba, na localidade chamada Vilinha e, em seguida, mudaram a povoação para onde hoje conhecemos o centro da cidade, a Praça Tiradentes.

Era uma região de floresta exuberante onde reinavam as araucárias. Os nativos tupi-guaranis, que a habitavam região, referiam-se a ela como Curii Tiba, que pode ser traduzido como pinheiral. Em 1668, Gabriel de Lara, o povoador, erigiu o pelourinho na povoação de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, assistido por um grupo de dezessete povoadores, iniciando-se a partir dessa data, de forma ininterrupta, a história oficial de Curitiba. Porém, Gabriel de Lara não é considerado o fundador de Curitiba,  alguns historiadores atribuem o fato a Eleodoro Ébano Pereira.

Há uma lenda a respeito da fundação de Curitiba, à qual estão ligados os grupos de primitivos povoadores, representados pelas famílias Seixas, Soares e Andrade. Esses bandeirantes, teriam convidado o cacique dos Campos de Tindiquera, às margens do Rio Iguaçu, para que lhes indicasse o melhor local para a instalação definitiva da povoação.



 O cacique, à frente de um grupo de moradores, trazendo na mão uma grande vara, após andar muito percorrendo grande extensão de campos, fincou uma vara no chão e disse: "Aqui", e neste local foi erigida uma pequena capela, construída de pau-a-pique, no mesmo lugar onde se encontra a igreja matriz de Curitiba, sendo substituída por outra, feita de pedra e barro, que serviu a comunidade de 1714 a 1866, quando foi edificada a Catedral Metropolitana.






Em 29 de março de 1693, o capitão-povoador Matheus Martins Leme, ao coroar os "apelos de paz, quietação e bem comum do povo", promoveu a primeira eleição para a Câmara de Vereadores e a instalação da Vila, como exigiam as Ordenações Portuguesas. Estava fundada a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, depois Curitiba.




Curitiba, por Debret:

quarta-feira, 28 de março de 2012

Edson Luís foi morto com um tiro à queima roupa no dia 28/03/1968

Edson Luís de Lima Souto (Belém, 24 de fevereiro de 1950 — Rio de Janeiro, 28 de março de 1968) foi um estudante secundarista brasileiro assassinado pela Polícia Militar durante um confronto no Restaurante Calabouço, centro do Rio de Janeiro. Edson foi o primeiro estudante assassinado pela Ditadura Militar e sua morte marcou o início de um ano turbulento de intensas mobilizações contra o regime militar que endureceu até decretar o chamado AI-5.
Nascido em uma família pobre, iniciou os estudos na Escola Estadual Augusto Meira em Belém do Pará. Mudou-se para o Rio de Janeiro para fazer o segundo grau no Instituto Cooperativo de Ensino, que funcionava no restaurante Calabouço.
Prisões e arbitrariedade eram as marcas da ação do governo militar, com relação às crescentes manifestações de protesto dos estudantes contra a ditadura que se instalara no país, em 1964. A repressão policial atingiu seu apogeu no final de março de 1968, com a invasão do restaurante universitário "Calabouço", onde os estudantes protestavam contra a elevação do preço das refeições. Durante a invasão, o comandante da tropa da PM, aspirante Aloísio Raposo, matou o secundarista Edson Luís de Lima Souto, de 17 anos, com um tiro à queima roupa no peito.
O fato, que comoveu todo o país, serviu para acirrar os ânimos. Durante o velório do estudante, o confronto com policiais ocorreu em várias partes do Rio de Janeiro. Nos dias seguintes, manifestações sucederam-se no centro da cidade, todas reprimidas com violência, até culminar na missa da Candelária (2 de abril), quando soldados a cavalo investiram contra estudantes, padres, repórteres e populares.
No início de junho de 1968, o movimento estudantil começou a organizar um número cada vez maior de manifestações públicas. No dia 18, uma passeata, que terminou no Palácio da Cultura, resultou na prisão do líder estudantil, Jean Marc van der Weid.
No dia seguinte, o movimento se reuniu na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) para organizar novos protestos e pedir a libertação de Jean e de outros alunos presos. Mas o resultado foi a detenção de 300 estudantes, ao final da assembleia.
Três dias depois, uma manifestação estudantil, em frente à embaixada norte-americana, gerou um conflito que terminou com 28 mortos, centenas de feridos, mil presos e 15 viaturas da polícia incendiadas. Aquele dia ficou conhecido como "Sexta-Feira Sangrenta".
Diante da repercussão negativa do episódio, o comando militar acabou permitindo uma manifestação estudantil, marcada para o dia 26 de junho.   Segundo o general Luís França, 10 mil policiais estariam prontos para entrar em ação, caso fosse necessário.
Logo pela manhã, os participantes da passeata já tomavam as ruas do bairro da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. A marcha começou às 14h, com cerca de 50 mil pessoas. Uma hora depois, esse número já havia dobrado.
Além dos estudantes, também artistas, intelectuais, políticos e outros segmentos da sociedade civil brasileira engrossaram a passeata, tornando-a uma das maiores e mais expressivas manifestações populares da história republicana brasileira.
Ao passar em frente à igreja da Candelária, a marcha interrompeu seu andamento para ouvir o discurso inflamado do líder estudantil, Vladimir Palmeira, que lembrou a morte de Edson Luís e cobrou o fim da ditadura militar.
Tendo à frente uma enorme faixa, com os dizeres: "Abaixo a Ditadura. O Povo no poder", a passeata prosseguiu, durante três horas, encerrando-se em frente à Assembleia Legislativa, sem conflito com o forte aparato policial que acompanhou a manifestação popular, ao longo de todo o seu percurso.

Referências e informações:



terça-feira, 27 de março de 2012

Gracias a la vida



Gracias a la vida que me ha dado tanto

Me dio dos luceros que cuando los abro

Perfecto distingo lo negro del blanco

Y en el alto cielo su fondo estrellado

Y en las multitudes el hombre que yo amo

Gracias a la vida que me ha dado tanto

Me ha dado el oído que en todo su ancho

Graba noche y día grillos y canarios

Martirios, turbinas, ladridos, chubascos

Y la voz tan tierna de mi bien amado

Gracias a la vida que me ha dado tanto

Me ha dado el sonido y el abecedario

Con él, las palabras que pienso y declaro

Madre, amigo, hermano

Y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy amando

Gracias a la vida que me ha dado tanto

Me ha dado la marcha de mis pies cansados

Con ellos anduve ciudades y charcos

Playas y desiertos, montañas y llanos

Y la casa tuya, tu calle y tu patio

Gracias a la vida que me ha dado tanto

Me dio el corazón que agita su marco

Cuando miro el fruto del cerebro humano

Cuando miro el bueno tan lejos del malo

Cuando miro el fondo de tus ojos claros

Gracias a la vida que me ha dado tanto

Me ha dado la risa y me ha dado el llanto

Así yo distingo dicha de quebranto

Los dos materiales que forman mi canto

Y el canto de ustedes que es el mismo canto

Y el canto de todos que es mi propio canto

Gracias a la vida, gracias a la vida


Tradução


Graças à Vida

Graças à vida que me deu tanto

Me deu dois olhos que quando os abro

Distinguo perfeitamente o preto do branco

E no alto céu seu fundo estrelado

E nas multidões o homem que eu amo

Graças à vida que me deu tanto

Me deu o ouvido que em todo seu comprimento

Grava noite e dia grilos e canários

Martírios, turbinas, latidos, aguaceiros

E a voz tão terna de meu bem amado

Graças à vida que me deu tanto

Me deu o som e o abecedário

Com ele, as palavras que penso e declaro

Mãe, amigo, irmão

E luz iluminando a rota da alma do que estou amando

Graças à vida que me deu tanto

Me deu a marcha de meus pés cansados

Com eles andei cidades e charcos

Praias e desertos, montanhas e planícies

E a casa sua, sua rua e seu pátio

Graças à vida que me deu tanto

Me deu o coração que agita seu marco

Quando olho o fruto do cérebro humano

Quando olho o bom tão longe do mal

Quando olho o fundo de seus olhos claros

Graças à vida que me deu tanto

Me deu o riso e me deu o pranto

Assim eu distinguo fortuna de quebranto

Os dois materiais que formam meu canto

E o canto de vocês que é o mesmo canto

E o canto de todos que é meu próprio canto

Graças à vida, graças à vida

Lixo

Dia do Circo

Israel...

segunda-feira, 26 de março de 2012

Caudas...

A história da Internet

O diabo veste Prada - Mulher & Cinema


FILME DA SEMANA - O DIABO VESTE PRADA

por Ana Lucia Santana

          Este filme revela de forma genial os bastidores do universo fashion, particularmente os mecanismos que regem os editoriais de moda. Em O Diabo Veste Prada, inspirado na obra de Lauren Weisberger, o enredo gira em torno da arrogante Miranda Priestly, alterego da poderosa Anna Wintour, editora de moda da Revista Vogue americana.
          Na trama, Miranda, interpretada magistralmente por Meryl Streep, trabalha na Revista Runway, submetendo e humilhando suas funcionárias e todos que, no mundo da moda, a temem e se submetem a ela, uma vez que a editora parece comandar, de cima de seu trono Prét-à-Porter, os destinos de grifes e estilistas, do próprio mercado fashion.
Andrea, vivida por Anne Hathaway, é a jornalista recém-formada em busca de uma oportunidade de trabalho. Trazendo em sua bagagem inúmeras expectativas e um total desconhecimento da esfera da moda, ela vai para Nova York e, sem imaginar o que a aguarda, é contratada para atuar na Runway.
         Todos torcem o nariz para ela, não só Miranda, mas suas próprias colegas, que a humilham da mesma forma como a chefe as despreza. Inicialmente Andrea se recusa a adotar os valores e a aparência daquelas que ela denomina de ‘saltinhos’, por seguirem rigorosamente os padrões da moda, incluindo sapatos com os saltos mais altos e finos.
         A jornalista, que nunca se importou com a aparência e adota um estilo totalmente pessoal e despojado, como se desprezasse literalmente o figurino feminino, entra imediatamente em confronto com o novo ambiente, mas ao mesmo tempo decide encarar o desafio e, aos poucos, vai dominando seu trabalho.
          Miranda, porém, não facilitará sua vida, nem mesmo sua 1ª assistente, Emily (Emily Blunt), que tenta desde o início sabotar sua tentativa de conseguir o emprego na revista e tenta ser uma clone da chefe em relação aos colegas de trabalho. Antes de Andrea, várias outras candidatas haviam experimentado permanecer como 2ª assistente, sem êxito algum. Ironicamente este cargo é visto internamente com desdém, mas é cobiçado por inúmeras profissionais.
         Tanto Miranda quanto Emily transmitem a Andrea os piores encargos, mas gradualmente a garota  vai conquistando a confiança da poderosa editora e transcendendo o potencial de Emily, mas a jornalista paga um alto preço por sua transformação em uma ‘saltinho’, cobrado sem demora por seu namorado e pelos antigos amigos.
         Esta comédia, recheada de cenas engraçadas e picantes, levanta questões no mínimo interessantes. Afinal, Miranda é realmente uma líder diabólica, ou uma mulher forte, temperamental, assumindo tarefas normalmente destinadas aos homens, e que neles seriam vistas com naturalidade?
         E Andrea, até que ponto ela pode assumir determinados valores e comportamentos impostos pelo convívio social sem distorcer sua própria personalidade? Como conciliar mundos tão distintos, uma vez que desejar vencer como profissional não é nenhum crime? Estas e outras indagações ganham um significado ainda maior quando se sabe que o filme é inspirado em uma história real, vivida pela própria autora de O Diabo Veste Prada quando ela trabalhou na Vogue sob as ordens da implacável Anna Wintour.
          A direção segura e precisa de David Frankel, o figurino deslumbrante de Patrícia Field e a contagiante trilha sonora transformam este filme em uma das mais saborosas comédias desta década. Sem falar nas brilhantes atuações de Meryl e Anne, e na pequena participação da modelo Gisele Bündchem como a editora de uma revista de moda.

Disponível em:


Veja o trailler:




 Agora pense e responda:

1.     Qual era a visão de Andrea sobre moda antes de ir trabalhar na Revista Runway?

2.     Descreva a personagem Miranda. Comente a respeito da influência e da moda no dia-a-dia das pessoas.

3.     Comente a cena do filme que  mais lhe chamou atenção. Justifique.

Sambaqui

 Sambaqui de Garopaba, o maior do mundo   
                                                                                                                                                                         
            
A palavra “sambaquis” tem origem Tupi, e é a mistura das palavras tamba (conchas) e ki (amontoado). Também conhecidos como concheiros, casqueiros, berbigueiros ou até mesmo pelo termo em inglês shell-mountains, são depósitos construídos pelo homem.
O primeiro sambaqui estudado está na Dinamarca. Alguns sambaquis em países Europeus e no norte da África foram datados como de 4000 a 2000 a.C. Os povos dos sambaquis, como eram chamados, também viveram na costa brasileira, nos Estados Unidos, no Peru, no Chile e na Cordilheira dos Andes. No Brasil, existem sambaquis em vários pontos do litoral.
 Em Santa Catarina estão os maiores sambaquis do mundo. Alguns chegam a ter 25 metros de altura e centenas de metros de extensão. Tem idade aproximada de 5.000 anos. Em nosso país existem sambaquis inclusive no baixo Amazonas e no Xingu.
As explicações possíveis quanto à finalidade dos sambaquis são diversas. Para alguns pesquisadores, eles seriam depósitos dos restos de alimentos, de carcaças e ossadas de animais, servindo também, não se sabe por que, como abrigo de sepulturas de humanos.
Existem pesquisadores que defendem que os sambaquis serviam como acampamentos temporários. Para outros pesquisadores, os sambaquis seriam habitações temporárias, o que explicaria a presença de sepulturas. Servia também, nessa versão, como depósito de materiais.
Apesar de serem patrimônio da União, verdadeiros crimes ambientais destruíram parte dos sambaquis brasileiros, com construções irregulares em áreas protegidas e a extração de cal por industrias inescrupulosas.
Neles as pessoas comiam moluscos em grandes grupos. O formato dos sambaquis vão dos cônicos aos semi-esféricos.
Os grupos que construíam os sambaquis comiam moluscos em grandes grupos, alimentavam-se de frutos silvestres e caça de pequenos animais. Análises químicas revelam que sua dieta era farta também em peixes, o que permite concluir que, embora representassem uma cultura tipicamente de pescadores-coletores, também poderiam levar uma vida de hábitos sedentários. Esses povos, tinham o costume de acumular os restos de alimentos, enfeites que usavam no corpo e artefatos quebrados e inteiros no entorno de sua moradia. Outro hábito comum era o de realizar sepultamentos no próprio sambaqui, com o tempo era aplainado o terreno e rearrumada a camada de cima do local.
Os mortos eram enfeitados com objetos que resistiam ao tempo. É comum encontrar entre os esqueletos, dentes e vértebras de animais como tubarões, macacos, porcos-do-mato, além de conchas trabalhadas, que formavam colares. Outros objetos, como pontas de osso e lâminas de machado, também são achados junto com os mortos. Enterrar as pessoas envolvia cuidados como preparar a cova, muitas vezes forrando-a com argila, areia, corantes, palha e madeira, mas isso nem sempre é observado.
No século XIX, esses monumentos pré-históricos foram visitados pelo Imperador D. Pedro II, exímio naturalista, que por eles se encantou. Hoje, os sítios mais importantes estão localizados no litoral sul do estado de Santa Catarina. Na imagem abaixo, Figueirinha:
 As cidades de Laguna e Jaguaruna abrigam 42 sambaquis dos mais diversos tamanhos e alturas, destacando-se entre eles o Garopaba do Sul e o Jaboticabeira, (em Jaguaruna); e os Figueirinha I e II, mais precisamente na praia de Nova Camboriú (também em Jaguaruna). Segundo análise de camadas intermediárias enviadas a um laboratório americano em maio de 2010, o Figueirinha I, por volta de 2510 a.C, já teria 2/3 de seu tamanho atual. Para efeito de comparação, a maior das pirâmides do Complexo de Gizé, a de Kufu, foi construída apenas 40 anos antes.








Referências e maiores informações:

Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville




 

sábado, 24 de março de 2012

Anita Garibaldi - a revolucionária brasileira


Na próxima vez que você pegar a Avenida Anita Garibaldi saindo de Almirante Tamandaré rumo a Curitiba lembre-se disso:


Biografia

Anita Garibaldi (1821-1848) foi a "heroína dos dois mundos". Recebeu esse título por ter participado no Brasil e na Itália, ao lado de seu marido Giuseppe Garibaldi, de diversas batalhas. Lutou na Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), na Batalha dos Curitibanos e na Batalha de Gianicolo, na Itália. Corajosa e dedicada, Anita foi homenageada em Santa Catarina com o nome de dois municípios: Anita Garibaldi e Anitápolis. Em Salvador foi homenageada com o nome de uma avenida; em Curitiba com o nome de uma praça e em diversas cidades com nome de ruas. Em Roma, no monumento equestre, na colina de Gianicolo estão enterrados os corpos dos dois guerrilheiros.
Anita Garibaldi (Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva), nasceu em Laguna, Santa Catarina, no dia 30 de agosto de 1821. De família portuguesa, veio dos Açores para Santa Catarina. Filha de Maria Antônia de Jesus e Bento da Silva, modesto comerciante da cidade de Lages.
Anita Garibaldi, com a morte de seu pai, foi obrigada a casar com o sapateiro Manuel Duarte de Aguiar, No dia 30 de agosto de 1835, com apenas 14 anos, casa-se na Igreja Matriz de Santo Antônio dos Anjos. O casamento durou apenas três anos, o marido se alistou no exército imperial e Anita voltou para casa de sua mãe.
Em 1835, desembarca no Rio de Janeiro, o guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi. Nesse mesmo ano participa da Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), onde conheceu Anita Ribeiro da Silva, que também lutava na revolução.
Anita, já unida a Garibaldi, participou ativamente do combate em Imbituba, Santa Catarina e da batalha de Laguna onde carregou e disparou um canhão.
Durante a Batalha de Curitibanos, Anita foi capturada pelas tropas do Império. Grávida de seu primeiro filho, foi informada que seu marido havia morrido, inconformada, conseguiu fugir a cavalo e saiu a sua procura, localizando o marido na cidade de Vacaria. No dia 16 de setembro de 1840 nasce se filho Domênico Menotti. O casal teve mais dois filhos, Teresita e Ricciott. Em 1842 casam-se na paróquia de San Bernardino. No mesmo ano eclodiu a guerra contra a Argentina, onde Garibaldi comandou a frota uruguaia.
Em 1848 Anita acompanha o marido, que volta para Itália, levando seus três filhos. Giuseppe permanece em Roma onde realizavam-se as primeiras manifestações públicas que resultariam nas lutas pela unidade e independência da Itália. Anita e seus filhos seguem para Nice, na França. Depois de vários combates, Garibaldi viaja para Nice, onde encontra-se com Anita, seus filhos e sua mãe.
Em 1849 Garibaldi e Anita seguem para os combates em Roma mas são perseguidos e durante a fuga, próximo a província de Ravenna, Anita é acometida por febre tifoide e não resite. Morre no dia 04 de agosto de 1849. Em Roma, na colina de Gianicolo, foi erguido um monumento equestre, onde está enterrado seu corpo.

Disponível em:

http://www.e-biografias.net/biografias/anita_garibaldi.php