sexta-feira, 29 de novembro de 2013

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Guerras e revoltas

Veja as principais lutas em solo paranaense
Anderson Gonçalves 

Cerco da Lapa. O Cerco da Lapa ocorreu em 1894 durante a Revolução Federalista, conflito deflagrado no Sul do Brasil logo após a Proclamação da República. Durante 26 dias, 639 soldados das tropas republicanas resistiram bravamente às forças federalistas, formadas por cerca de 3 mil combatentes. A cidade da Lapa foi palco de uma sangrenta batalha que deu ao chefe da República, Marechal Floriano Peixoto, tempo suficiente para reunir forças e deter as tropas federalistas.

Guerra do Contestado. Entre outubro de 1912 e agosto de 1916, o Paraná foi território de um conflito armado entre a população cabocla e os governos estadual e federal. Em uma região rica em erva mate e madeira, disputada pelos estados do Paraná e Santa Catarina, camponeses empobrecidos e ex-trabalhadores da estrada de ferro se revoltaram sob a liderança do monge José Maria. Com a forte repressão das autoridades, o conflito superou a Guerra de Canudos em duração e no número de mortes.

Guerra do Porecatu. Também conhecida como a Revolta do Quebra Milho, a Guerra de Porecatu ocorreu no Vale do Rio Paranapanema entre o fim da década de 1940 e início da de 50. Posseiros que ocupavam a região da Vila Progresso, no então município de Porecatu, se revoltaram quando o governo começou a distribuir documentos das terras a grandes fazendeiros e resistiram aos mandados de reintegração de posse. Com muitos mortos, o conflito foi encerrado em 1951 após ação policial.

Guerra do Pente. De uma discussão motivada pela compra de um pente nasceu uma das maiores revoltas populares registradas em Curitiba. Era dezembro de 1959 quando um subtenente da Polícia Militar comprou um pente e exigiu o comprovante de um comerciante libanês para participar de uma promoção do governo do estado. Após uma discussão o comerciante fraturou a perna do policial, o que deflagrou uma onda de destruição no comércio e em órgãos públicos. Foi necessária a intervenção do Exército, que sufocou a revolta no terceiro dia.

Revolta dos Colonos. Em outubro de 1957, um levante de colonos e posseiros armados deu origem a um dos episódios mais marcantes da história do Sudoeste do Paraná. Como forma de repúdio aos problemas de colonização na região, grupos tomaram várias cidades, expulsaram companhias grileiras e seus jagunços, exigindo que novas autoridades assumissem o comando. O ápice da revolta aconteceu quando cerca de 6 mil posseiros tomaram a cidade de Francisco Beltrão. O conflito terminou com a retirada das companhias pelo governo.

Revolta do Vintém. Quando o governo do Paraná instituiu um imposto sobre as rendas, em 1883, comerciantes de Curitiba se revoltaram e entraram em conflito com militares. A fim de protestar contra o chamado “imposto do vintém”, o comércio fechou suas portas e iniciou uma série de comícios nas ruas. No dia 30 de março, a população promove atos de vandalismo contra propriedades governamentais, obrigando as forças militares a intervir. O saldo foi de um morto, vários feridos e o imposto mantido.

Revolta do Tenentismo. Descontentes com a nomeação de civis para as pastas militares, lideranças das forças armadas deflagraram em 1924 um movimento de contestação que ficou conhecido como Revolta do Tenentismo. O Paraná teve papel fundamental no movimento, quando revolucionários rumaram para a região Oeste em busca de um lugar para ficar. No município de Catanduvas os revoltosos esperaram para se juntar ao movimento organizado por Luís Carlos Prestes. O grupo foi derrotado, mas seus líderes seguiram à região de Foz do Iguaçu. Lá foi formada à Coluna Prestes, que avançou rumo ao Nordeste do país.

Esta notí­cia foi publicada em 22/11/2011 no sítio gazetadopovo.com.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Batik Africano



     Acredita-se que o Batik Africano tenha sido o pilar, o primórdio, o antecessor das diferentes técnicas surgidas ao redor do mundo, que são baseadas em amarrações, nós e linhas para vedar parte do tecido e assim ter controle sobre o tingimento. Os africanos do Egito Antigo e da Mesopotâmia descobriram como extrair corantes naturais de uma série de plantas e assim realizar o tingimento em tecidos. As primeiras peças eram muito simples simples, com formas pouco complexas e uma gama de cores ainda limitada.

     Com o passar do tempo, o Batik tornou-se um verdadeiro instrumento cultural, que servia para refletir a cultura exuberante da África, com suas estampas grandes, cores fortes e contrastantes, que lembram terra, rituais, florestas, símbolos tribais.


O Batik Africano recorre a amarrações do tecido envolvendo pedras, grãos, sementes e pequenos objetos – bolas de gude, botões, pérolas, contas, tampas plásticas , rolhas e até restos de fios e linhas – para deixar marcas com diferentes formatos após os banhos de cor em grandes caldeirões de tingimento.
Como grande instrumento de manifestação artistica, é possível encontrar uma série de temas retratados através do Batik, motivos esses que espelhavam o cotidiano daquele povo, como cenas de caça e de guerra. Eram produzidos também adornos corporais, principalmente para religiosos e “políticos” da época.

A partir do período das grandes navegações e intensos intercâmbios culturais, mais paises conheceriam a arte do tingimento de tecidos, desenvolveriam suas próprias técnicas e métodos, sendo adaptada aos padrões culturais e artísticas dos diferentes povos. O tie-dye que conhecemos hoje é, principalmente, fruto da interação entre os diferentes movimentos e técnicas que existem ao redor do planeta.

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