quarta-feira, 5 de junho de 2013

Cheiro de Mato

 


Amigo irmão, não zombe da natureza
existem tantas belezas pra gente comtemplar
se me seguires, passo lento por onde vou
com carinho e muito amor eu quero lhe dar

Em cima da terra, no fundo do mar
existe um tesouro, pra gente desfrutar

Em cima da terra, no fundo do mar
existe um tesouro, pra gente desfrutar

Amigo irmão, o verde nasce da terra
a luz do sol desce a serra, num desenho magistral
olhai os campos que cercam o horizonte,
eis o berço fulgurante do pai celestial

Em cima da terra, no fundo do mar
existe um tesouro, pra gente desfrutar

Em cima da terra, no fundo do mar
existe um tesouro, pra gente desfrutar
 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Morre "seo" Benedito, o idoso negro atacado por neonazistas

Ipeúna/SP – Benedito Oliveira Santana, 71 anos, o guardador de carros atacado por neonazistas na madrugada de 06 de abril, em Rio Claro, cidade a 187 Km de S. Paulo, morreu na manhã deste sábado (1º/06), em sua casa em Ipeúna interior de S. Paulo.

Ele não resistiu a gravidade dos ferimentos dos quais nunca se recuperou segundo a família. Depois de passar cerca de 20 dias em estado de coma na UTI da Santa Casa de Rio Claro, com traumatismo craniano, ele recebeu alta e voltou para a casa, porém, em seguida teve de ser internado novamente.

Na última quinta-feira teve alta dessa segunda internação e foi levado para a casa onde mora em Ipeúna. Muito debilitado, porém, o idoso, não conseguia falar e tinha se locomover em cadeira de rodas. Na manhã deste sábado, terminou o sofrimento.

O corpo do idoso está sendo velado pela família e amigos. Não é certo se será enterrado ainda hoje ou se amanhã de manhã no cemitério da cidade.

Barbárie

O guardador de carros foi atacado a socos, chutes e pontapés, quando já se encontrava caído, especialmente, na cabeça, por três jovens neonazistas, quando se encontrava trabalhando nas proximidades do clube social Grupo Ginástico Rioclarense, no centro da cidade.

Hélcio Alves Carvalho e Axel Leonardo Ramos, respectivamente de 20 e 21 anos, os responsáveis pelo ataque, segundo os guardas municipais que atenderam a ocorrência, à caminho da Delegacia mantiveram-se agressivos: “negros têm que morrer mesmo”, diziam, segundo o relato dos guardas às autoridades policiais.

Apesar da gravidade do crime, os dois (eram três, o terceiro ainda está foragido), a Polícia Civil de Rio Claro, enquadrou o caso como lesão corporal grave, o enquadramento mais benéfico, e não como tentativa de homicídio, agora consumado.

Carvalho e Ramos (na foto ao lado), de acordo com a Polícia, pertencem a uma célula neonazista de Ponta Grossa no Paraná e continuam presos, segundo apurou Afropress, na Cadeia Pública de Itirapina, cidade próxima à Rio Claro.

Os dois agressores, além de atacarem Benedito, também agrediram Sebastião Gonçalves de Oliveira, 57 anos, o outro guardador de carros que tentou socorrer o idoso.

A viúva do guardador de "seo" Benedito, dona Maria Aparecida Zaqueu, de 73 anos e um dos cinco filhos, Silvio Roberto Zaqueu Santana de Oliveira, disseram que o idoso nunca se recuperou dos golpes sofridos, especialmente na cabeça. “Queremos Justiça, é só isso que que queremos: Justiça”, afirmam.

Disponível em:

"Semana" do Meio Ambiente



domingo, 2 de junho de 2013

Grand Canyon

O Grand Canyon é uma das sete maravilhas do mundo natural. Essa surpreendente paisagem foi esculpida por meio de processos erosivos, motivados, principalmente, pelas águas do rio Colorado, além da neve, da chuva e do vento, chamados de agentes externos modeladores do relevo.
É repleto de precipícios, montes íngremes, despenhadeiros e pináculos. Além de apresentar diversas cores em sua composição, como vermelho, ouro, rosa, verde, ferrugem, laranja, violeta, dentre outras. 
O primeiro estrangeiro a visitar o Grand Canyon foi o espanhol Garcia Lopez de Cardenas sem 1540. Porém, a primeira expedição científica ao desfiladeiro foi dirigida pelo Major John Wesley Powell no final da década de 1870.
Powell referiu-se às rochas sedimentares expostas no desfiladeiro como "páginas de um belo livro de histórias". No entanto, a área era já ocupada por ameríndios, que estabeleciam povoados ao longo do desfiladeiro, como os hopi.
O Grand Canyon encontra-se no território dos Estados Unidos. Chega a medir entre 6 e 29 km de largura e atinge profundidades de 1600 metros. Cerca de 2 bilhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio, à medida que este e os seus afluentes vão expondo camada após camada de sedimentos.
Seu vale, moldado pelo rio Colorado durante milhares de anos à medida que suas águas percorriam o leito, aprofundando-o ao longo de 446 km.



Referências:



Acompanhe as imagens do vídeo:


Obra de duplicação da Tamoios revela sítio arqueológico

Escavações feitas durante a obra de duplicação da rodovia dos Tamoios, no Vale do Paraíba (SP), revelaram vestígios da presença de índios de tradição cultural aratu, que habitaram o país entre os séculos 10 e 14.
São milhares de peças de cerâmica --como fragmentos de potes, tigelas e urnas funerárias-- e ferramentas de pedra lascada, espalhadas por uma área de 5.000 m2 na altura do km 28 da estrada, em Paraibuna (124 km de SP).
Pela quantidade de material encontrado, em um ponto que era cortado pelo rio Paraíba do Sul --desviado para a construção da usina de Paraibuna--, supõe-se que havia uma grande aldeia no local, com centenas de pessoas.
Para a equipe envolvida nos trabalhos, a descoberta ajuda a montar o quebra-cabeça da ocupação humana nesta região de São Paulo, onde a tradição tupi-guarani sempre foi mais comum.
"A descoberta confirma a presença dos aratus no Vale do Paraíba e a importância do Paraíba do Sul para a população ao longo das gerações", diz o arqueólogo Wagner Bornal, contratado pela Dersa (estatal de estradas de São Paulo) para o trabalho.
Até então, havia apenas dois outros sítios com vestígios dos aratus na região: em Santa Branca (95 km de SP) e em Caçapava (116 km de SP).
Ceramistas e agricultores, os aratus viveram antes da colonização portuguesa, sobretudo no Nordeste. Não há consenso sobre o que levou ao desaparecimento de sua cultura --a hipótese mais provável é que eles tenham se mesclado com outras etnias.
Os primeiros estudos que identificaram essa cultura foram publicados no final da década de 1960.
Considerada "mãe" da arqueologia amazônica, Betty Meggers (1921-2012), e o marido, Clifford Evans (1920-1981), encontraram 24 sítios aratus no Recôncavo Baiano.
Hoje há registro de vestígios dessa cultura no Nordeste e nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, onde o sítio Tamoios 1 é o mais recente.
Os índios dessa tradição viviam nas imediações de cursos de água perenes. Cultivavam milho, feijão, mandioca e amendoim. Também trabalhavam o algodão. A cerâmica produzida por eles era alisada, sem traços decorativos.
Também usavam grandes potes como urnas funerárias, material encontrado em abundância no sítio na Tamoios --muitas peças praticamente na superfície, sob apenas 40 cm de terra.
O local está fechado para pesquisas. Os arqueólogos querem transformá-lo em sítio-escola para visitas monitoradas, proposta que ainda será analisada.
"O sítio tem um potencial informativo e científico, pois ajuda a completar uma lacuna sobre a ocupação do Vale do Paraíba", afirma Bornal.
Segundo a Dersa, o sítio não sofrerá impacto das obras da Tamoios. A descoberta foi reconhecida pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e o material será catalogado e disponibilizado ao público.



Toemcrise