segunda-feira, 30 de julho de 2012

Concurso escolhe as cinco mais belas imagens da Terra vista do espaço


 O Serviço Geológico dos Estados Unidos selecionou as melhores imagens feitas pela Nasa da Terra vista do espaço e, com algumas manipulações de cor, lançou a série "Terra como arte". Desde 1972, as imagens de satélite se transformaram uma referência para ajudar a ciência em pesquisas sobre o uso da terra e dos recursos naturais.

No entanto, esta galeria mostra que além da contribuição para a ciência, imagens de satélite revelam uma grande beleza, com paisagens sensacionais de vales, montanhas, ilhas e florestas.
Foi pedido ao público que escolhessem as imagens favoritas entre mais de 120 fotos da coleção. 
Observe as imagens neste link:

domingo, 29 de julho de 2012

Diego Hypólito e a falácia do perdedor


Diego Hypólito caiu de novo. Dessa vez, de cara. Repetiu em Londres 2012 a falha que o desconsagrou quatro anos antes em Pequim e foi desclassificado antes da final nos Jogos Olímpicos.Na saída do ginásio londrino, osolhos marejados e a fala embargada mostraram um atordoamento impressionante do ginasta brasileiro: “Caí de novo, decepcionei de novo. Quero pedir desculpa de novo por esse fracasso e essa competição horrorosa. Não sei o que aconteceu comigo. Tantas pessoas me deram apoio e me incentivaram. Cheguei aqui e caí, caí de cara. Estou decepcionado e bravo comigo.”A entrevista dá dimensão de quanto Hypólito se cobra na carreira, que agora já entra na reta final (dificilmente chegará até o Rio 2016). Mas ele acaba sendo injusto consigo mesmo ao se vender como um perdedor. Não é.Diego Hypólito desbravou a ginástica artística masculina no Brasil, onde tínhamos zero tradição na modalidade. Levou o ouro 17 vezes no Mundial da categoria. Em Pequim 2008, mesmo com o erro, ficou na sexta colocação. Os futuros ginastas olímpicos brasileiros já saberão melhor o que fazer e que erros não cometer ao preparerem-se para uma olimpíada. Basta perguntarem a Hypólito, basta estudar seus erros, que foram decisivos, e seus acertos, que foram muitos.A má fama de Diego Hypólito hoje em dia faz parte de uma certa cultura brasileira que exige ídolos fenomenais e atira pedras em quem rasteiramente julga perdedor, mesmo que não seja. É preto ou branco, embora o mundo seja quase sempre cinza.Talvez o primeiro grande nome dessa leva de atletas tenha sido o goleiro Moacir Barbosa, um dos ícones do Vasco chamado de Expresso da Vitória no fim dos anos 1940. Acusado de “frangar” no gol uruguaio que derrotou o Brasil na final da Copa de 1950, só deixou de ser vilão quando idoso. Repetia nas entrevistas antes de morrer: “No Brasil, a maior pena é de trinta anos, por homicídio. Eu já cumpri mais de quarenta por um erro que não cometi.” 
Mais sobre os Jogos Olímpicos:
Rubens Barrichello é um outro exemplo. Revelação do automobilismo brasileiro quando Ayrton Senna morreu, foi alçado pela tevê e grande parte da mídia ao novo Senna, coisa que ele não era — sobretudo porque foi contemporâneo e parceiro de equipe do alemão Michael Schumacher, o maior campeão da história da Fórmula 1. Barrichello foi melhor talvez que 80% dos pilotos da história. Competiu por 19 anos, recorde na modalidade, e chegou a ser vice-campeão. Não é pouca coisa. Mas a expectativa que a mídia colocou sobre ele, a de ser o novo Senna, transformou-se em frustração — em parte, por culpa dele, que vestia essa carapuça mesmo quando todo mundo sabia que não superaria Michael Schumacher. Virou sinônimo de perdedor, o que não reflete o que foi sua carreira na maior categoria do automobilismo. Hypólito entra nessa lista. Inflado pela mídia esportiva, sobretudo no rádio e na televisão, por muito tempo exigiram dele nada menos que o ouro olímpico. Queriam fazer dele o novo Gustavo Küerten. Ele teve músculos para isso, teve elasticidade, teve a técnica, só não teve os nervos, que o derrubaram duas vezes em olimpíadas. É seu ponto fraco como atleta. Acontece. Seguirá como um dos bons nomes do esporte brasileiro, um desbravador de uma categoria olímpica que no futuro tem tudo para nos render medalhas. Chamar Hipólito de perdedor é não entender absolutamente nada de esporte e, mais que isso, descontar no atleta as próprias frustrações na vida. Disponível em: 

Doze roqueiros de mentira dos filmes


Em "Aqui é o Meu Lugar", filme que estreou nesta semana no Brasil, o ator Sean Penn interpreta o roqueiro gótico aposentado Cheyenne, que consiste em uma mistura do visual de Robert Smith, doThe Cure, e do jeito lesado de Ozzy Osbourne.
Essa não é a primeira vez que um músico fictício estrela um filme. O grupo de "Isto É Spinal Tap" (1984), se baseia em bandas de hard rock dos anos 1980, como Van Halen. A banda do filme "The Wonders - O Sonho Não Acabou" (1996) é um retrato de conjuntos que tiveram apenas um sucesso nos anos 1960, como The Rivieras e The Parliaments.
Entre os cantores, David Bowie serviu de inspiração para a criação de Brian Slade, músico interpretado por Jonathan Rhys Meyers em "Velvet Goldmine" (1998). Já Stacee Jaxx, papel de Tom Cruise no ainda inédito "Rock of Ages: O Filme" (2012), é uma mistura de vocalistas famosos como Jon Bon Jovi, Axl Rose e Joe Elliott.
Conheça doze roqueiros de mentira dos filmes:

sexta-feira, 27 de julho de 2012

100 metros em 100 anos


Veja no videográfico abaixo a evolução dos tempos dos atletas na prova de 100 m nos últimos 100 anos.
Compare ainda como seria a corrida entre um atleta e um não atleta. Saiba ainda o que um velocista profissional faz, entre outras coisas, de diferente.

Disponível em:

Wall-E


Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse alguns poucos anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. Wall-E é o último destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto-conserto de suas peças.
Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres maiores que arranha-céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar seu trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva. A princípio curioso, Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada.

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Veja o trailler:


Ação humana mudou clima antes da era industrial, diz estudo


Um novo estudo mostra que a ação do homem antes da Revolução Industrial e do uso do combustível fóssil já tinha causado mudanças climáticas.
Essas emissões de carbono foram provocadas pelo crescimento populacional, a expansão humana e, como consequência, o desmatamento.
Segundo os pesquisadores, elas seriam 9% das emissões totais globais naquele tempo.
"Quanto mais cedo as emissões ocorrem, menos influência tem no clima atual. Mas parte delas permanecem na atmosfera em uma escala de séculos ou milênios", explicou a pesquisadora Julia Pongratz, do Instituto Max Planck para Meteorologia, que desenvolveu o trabalho em conjunto com Ken Caldeira, do Instituto para Ciência Carnegie em Stanford, Califórnia (EUA).
A conclusão atual questiona o modo como os acordos internacionais são firmados. A quantidade de emissões geralmente considerada pelos países é após 1840, e não antes.
Mas, entre 800 d.C. a 1850, a população quintuplicou para mais de 1 bilhão, o que aumentou, ao mesmo tempo, a necessidade de espaços dedicados à agricultura e o início do avanço sobre florestas.
A partir de documentos históricos, retrocedeu-se ao tempo ao ser criado um mapa virtual do solo da época. Depois, modelos computadorizados foram utilizados para elaborar uma simulação de quanto o clima foi alterado pela ação humana.
De todo o dióxido de carbono (CO2) extra presente na atmosfera --emissões que não existiriam se não fosse de criação humana--, 5% vêm da era pré-industrial, antes de 1850.
Curiosamente, a abordagem histórica das emissões de carbono refletiu também eventos que ocorreram no passado.
Um exemplo ocorreu na Ásia, por volta de 1200. Com o avanço mongol, as emissões de carbono diminuíram porque as florestas puderam se recompor durante as guerras, que interferem na expansão humana. Na peste negra na Europa, em 1300, ocorreu processo semelhante.
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Infográfico com todos os palcos da Olimpíada de Londres


Veja infográfico com todos os palcos da Olimpíada de Londres

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Um sonho possível

        O adolescente Michael Oher (Quinton Aaron) sobrevive sozinho, vivendo como um sem-teto, quando é encontrado na rua por Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock). Tomando conhecimento de que o garoto é colega de turma de sua filha, Leigh Anne insiste que Michael - que veste apenas bermuda e camiseta em pleno inverno - deixe-a resgatá-lo do frio. Sem hesitar por um momento sequer, ela o convida a passar a noite em sua casa. O que começa com um gesto de bondade evolui para algo maior, pois Michael passa a fazer parte da família Tuohy, apesar de terem origens bem diferentes.

        Vivendo no novo ambiente, o adolescente tem de encerar outros desafios. E à medida que a família ajuda Michael a desenvolver todo o seu potencial, tanto no campo de futebol americano quanto fora dele, a presença de Michael na vida da família Tuohy conduz todos por uma jornada de autodescoberta.

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Veja o trailler:


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sutiã medieval pode ser o mais antigo do mundo



Peças de lingerie de aproximadamente 600 anos atrás, encontradas em um castelo da Áustria, podem ser os mais antigos sutiã já registradoS, dizem cientistas da Universidade de Innsbruck.
Os pesquisadores encontraram soutiens de linho datados da Idade Média no castelo austríaco de Lemberg. A descoberta foi feita em 2008, mas só chamou atenção agora, após uma reportagem na "BBC History Magazine".
A localização desse tipo de lingerie medieval foi descrita como surpreendente por especialistas em moda. Até agora, acreditava-se que o sutiã seria uma invenção feita há pouco mais de um século, que teria sido a opção das mulheres ao abandonarem os espartilhos.
Com os achados, parece que o sutiã veio primeiro, seguido então pelos espartilhos e, depois, de uma reinvenção do sutiã.
Segundo a universidade, as peças estavam entre os mais de 2.700 fragmentos têxteis encontrados no local.
Quatro sutiãs de linho pareciam muito com os de hoje, com a separação de bojo bem definido. Uma das peças localizadas é particularmente interessante, com "duas alças largas nos ombros, e uma possível alça nas costas, não preservada, mas indicada pelas bordas parcialmente arrancadas dos bojos em que eles estavam conectados."
"Parece exatamente como um sutiã moderno", diz Hilary Davidson, curadora de moda do Museu de Londres. "Essas descobertas são incríveis."
Após encontrarem os material, os cientistas do Instituto de Arqueologia da Universidade de Innsbruck submeteram as peças a vários testes, inclusive o de carbono 14, que faz uma datação precisa da idade das roupas.
"Nós não acreditamos em nós mesmos. Pelo que nós sabíamos, não existiam peças nem um pouco parecidas com sutiãs no século 15", disse Beatrix Nutz, arqueóloga responsável pelo estudo.
E, como hoje, a lingerie não era apenas funcional.
Os sutiãs foram primorosamente decorados com rendas e outros ornamentos, sugerindo que eles também fossem destinados a agradar a um pretendente.
Uma outra peça, similar a uma tanga moderna, também foi localizada. Segundo os cientistas, porém, trata-se de uma peça masculina. Nesse período, as mulheres não costumavam usar esse tipo de roupa íntima, que era reservada apenas aos homens também como uma forma de distinção que indicava poder e controle.

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Chávez revela "verdadeiro rosto" de Bolívar em homenagem ao herói


O presidente venezuelano, Hugo Chávez, celebrou nesta terça-feira (24) o 229º aniversário de nascimento de Simón Bolívar mostrando um retrato digitalizado do Libertador, que, segundo o líder, mostra o "verdadeiro rosto" do herói nacional.
A imagem, reproduzida após dois anos de pesquisa cientifica, apresenta um Bolívar similar ao que se observa nas pinturas, mas com um grande nariz e traços marcados, além dos pequenos olhos de olhar penetrante.
EFE/ David Fernández
"A partir de hoje teu rosto verdadeiro, resgatado pelas mãos amorosas de teus filhos cientistas, brilhará muito mais porque já sabemos com precisão a luminosidade desse olhar", afirmou Chávez sem esconder sua emoção.
Acompanhado por um grupo de crianças, o chefe de Estado venezuelano revelou o retrato de Bolivar em um ato oficial, que, por sua vez, foi acompanhado por representantes dos poderes Judicial e eleitoral, assim como os cientistas envolvidos com esse estudo.
"Aí está seu rosto vivo em nós e conosco", disse Chávez, enquanto a antropóloga legista Lourdes Pérez apresentou uma explicação mais técnica: "Para fazer essa reconstrução essa facial realizamos uma análise antropológica do rosto do Libertador sustentada em parâmetros ontogênicos gerais e particulares, baseados na revisão das características morfológicas presentes nos ossos da face".
Lourdez explicou que a imagem foi alcançada através da técnica craniométrica, que deixa à margem alguns "erros subjetivos". A legista ainda especificou que se usou uma tomografia axial computadorizada realizada no crânio de Bolívar.
Em seu discurso, o chefe de Estado também se referiu à informação oferecida pelo presidente do Instituto Venezuelano de Genealogia, Antonio Vaillant, que assegurou em uma recente entrevista que o candidato presidencial da oposição Henrique Capriles seria descendente de um irmão de Simón Bolívar.
"Estão falando de um sobrinho oitavo de Bolívar (...) seria preciso dizer que o sobrinho primeiro de Bolívar se chamava Fernando Bolívar (...) um jovem de má conduta", comentou Chávez, que também descartou dessa possibilidade ser real.
No Twitter, o candidato oposicionista respondeu as afirmações de feitas por Chávez: "A melhor forma de honrar a memória de nosso Libertador Simón Bolívar é solucionando os milhares de problemas dos venezuelanos".
Bolívar contribuiu de maneira decisiva na independência dos territórios que atualmente ocupam Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela.

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Possibilidade para reescrever a história


Esculachos públicos, formação de comissões de investigação e até mesmo a condenação de um dos principais torturadores do período. Em todo o país, surgem iniciativas para resgatar a memória e cobrar justiça pelos crimes cometidos durante o período da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985).
O principal fato do ano nesse sentido foi a instalação da Comissão Nacional da Verdade, que investigará violações de direitos humanos cometidas por agentes públicos durante o período do regime civil-militar. Seu momento mais importante, até agora, ocorreu em 11 de junho, em São Paulo, quando seus integrantes se reuniram com cerca de 60 familiares de vítimas para uma primeira conversa.
Criada pelo decreto presidencial nº 7.727, a Comissão Nacional da Verdade é formada por José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça), Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada criminalista), Cláudio Fonteles (ex-Procurador-Geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata), Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Cavalcante Filho (jurista).
O grupo tem se reunido todas as segundas e terças-feiras em Brasília, onde ainda discute como será o método de trabalho da Comissão.
Dentre os atributos da Comissão estarão a convocação de testemunhas para oitivas e a análise de documentos. Por isso, até o momento, segundo Rosa Maria Cardoso da Cunha, o trabalho dos integrantes da Comissão tem sido estabelecer contatos com autoridades que possam facilitar seu acesso a fontes e arquivos. Também estão previstas audiências públicas para que mais pessoas possam apresentar seus relatos.
Apesar de ter como atribuição investigar fatos ocorridos durante a ditadura civil-militar, Rosa adianta que a apuração abrangerá também o período anterior a 1964, quando ocorreu o golpe que derrubou o então presidente João Goulart. “É preciso buscar nesse período anterior uma explicação para as causas do golpe, que tipo de alianças surgiram entre militares e civis e até interesses estrangeiros, dos Estados Unidos muito especificamente”, explica. A apuração deve estender-se também até 1988, quando foi promulgada a nova Constituição.
A comissão terá dois anos para trabalhar e, ao final desse tempo, produzirá um relatório, que ficará disponível para o público. Ainda não está definido se o material apurado terá um arquivo próprio ou fará parte do Arquivo Nacional.
“É preciso que não haja somente uma memória que as vítimas cultivam, mas que haja registros desse período, com esclarecimentos do que aconteceu e também recomendações para que isso não se repita mais”, afirma Rosa.

Primeiro contato
Com os trabalhos ainda em seu início, parentes e vítimas se mostram cautelosos em falar sobre os rumos da Comissão. Entretanto, a primeira reunião teve um saldo positivo, segundo familiares ouvidos pelo Brasil de Fato. O ex-preso político e membro da Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos Ivan Seixas destaca o ineditismo do encontro. “Pela primeira vez o conjunto das famílias estava sendo ouvido por alguma esfera do Estado”, diz.
Para a professora da Universidade de São Paulo (USP) Vera Paiva, filha de Rubens Paiva, morto e desaparecido durante o regime, o mais importante foi a comissão ter deixado clara sua posição de que não há dois lados a serem investigados. “Todos concordaram que o que precisa se investigar é a violência do Estado”, relata.
Durante o encontro, familiares apresentaram uma carta, onde saudaram a instalação da Comissão da Verdade e reafirmaram suas principais reivindicações, como a localização dos restos mortais dos desaparecidos e a identificação dos responsáveis pelos crimes. “Nunca nos sentimos tão perto de as coisas acontecerem, mas depende de quanta autonomia e estrutura essa comissão vai ter para trabalhar”, analisa Vera. A próxima reunião da Comissão com os familiares está prevista para agosto, quando a Comissão Nacional anunciará seu plano de trabalho definido.
Auxílio
Um dos desafios da Comissão Nacional da Verdade será lidar com o volume de trabalho para um tempo reduzido de apuração em um território tão extenso quanto o do Brasil. Nesse sentido, ganham importância as comissões estaduais e municipais. Um exemplo é a Comissão Estadual da Verdade “Rubens Paiva” da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Segundo seu presidente, o deputado Adriano Diogo (PT-SP), a Comissão Estadual já conseguiu um termo de cooperação para acessar os arquivos da Comissão Nacional de Anistia, que possui o registro de mais de 60 mil denúncias entre 1946 e 1988. O próximo passo agora, destaca o deputado, será tentar um termo de cooperação com a Comissão Nacional. “Estamos tentando fazer uma divisão de trabalho da responsabilidade e dos tempos”, diz.
Além de São Paulo, Pernambuco já instituiu sua Comissão da Verdade, e iniciativas semelhantes estão previstas para os estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Espírito Santo, Pará e Goiás.
Para Vera Paiva, as contribuições das comissões locais deverão ajudar a Nacional a cumprir uma de suas mais difíceis tarefas, que será contabilizar a real quantidade total de mortos e desaparecidos. Segundo levantamento da Comissão da Anistia e da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, 457 pessoas estão na lista oficial de mortos e desaparecidos políticos. Um estudo do governo, porém, pode incluir na lista 370 novos nomes.
“Esse é um grande desafio, fazer uma pesquisa profunda nos lugares que não são de classe média porque quem sustentou os nomes e a história oral foram as pessoas que tinham recursos para fazer isso”, argumenta.
Justiça?
Se a Comissão tem sua importância em revelar as atrocidades do regime e seus autores, uma pergunta recorrente é como seus resultados poderão ser usados para punir os responsáveis pelos crimes. Em suas declarações, os membros da Comissão Nacional da Verdade têm feito questão de ressaltar que a Comissão não tem poder punitivo, e sim apenas de apurar o que ocorreu no período.
A expectativa, porém, é de que as investigações possam servir para dar base a futuras condenações. “Você não consegue condenar uma pessoa por matar outra se você não descobrir o motivo, o instrumento da morte, o local onde enterrou, as circunstâncias em que aconteceram”, expõe Ivan Seixas.
A opinião é compartilhada pelo jornalista Pedro Pomar, que teve familiares assassinados e presos durante a ditadura. Ele cita como exemplo o episódio do Atentado do Riocentro, em 1981, quando militares tentaram detonar uma bomba durante um show comemorativo ao Dia do Trabalhador. “Se a Comissão da Verdade avançar na apuração desse caso, pode servir de subsídio para que a Justiça julgue e puna os responsáveis”, afirma.
Rosa concorda que o trabalho da Comissão pode se o primeiro passo para Justiça. No entanto, a advogada garante que o diferencial será a mobilização da sociedade que deve exigir, por exemplo, a revisão da Lei de Anistia. “Não é a Comissão da Verdade, com sete membros e com o trabalho que ela fizer, que vai determinar isso. É um movimento muito mais amplo de opinião pública”, assegura.
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Livrarias lendárias que sempre valem uma visita

Os recantos dedicados à produção literária podem contar muito sobre o destino visitado. A história da fundação, aspectos curiosos dos proprietários e frequentadores, a qualidade do acervo e infinitos outros detalhes ajudam a construir verdadeiras lendas em torno de alguns estabelecimentos e fazem desses pontos lugares imperdíveis durante uma viagem a Paris ou São Francisco. 
Reya Vieltman
Beatniks na City Lights
Lawrence Ferlinghetti inaugurou, em 1953, a City Lights em São Francisco. Também poeta, a ideia era colocar ali apenas obras de boa qualidade literária, além de jornais e revistas alternativas.
A City Lights é também editora, sobretudo de livros de bolso. Foi em 1956, quando publicou o poema Howl, de Allen Ginsberg, que seu destino mudou, tornando-se local de acolhida para toda uma geração de artistas independentes, principalmente os Beatniks.
O ideal é perder-se pelas estantes que enchem todo o prédio triangular, reparando nos cartazes antigos, na seleção de livros de bolso ali editados, nos ainda presentes jornais alternativos, e na coleção, mais que incrível, de obras da geração Beatnik.
Ponto de encontro de artistas e intelectuais, foi palco de manifestos e todo tipo de grito por liberdade que marcaram os anos 1960 e 1970. Até hoje, a agenda de eventos artístico-literários é sempre concorrida.
A livraria ocupa o número 261 da Columbus Avenue at Broadway, em Norht Beach, a poucas quadras de Embarcadero. Veja no site citylights.com.

Berço de escritores na Shakespeare & Co
Fundada em Paris, em 1951, pelo visionário americano George Whitman, foi primeiro batizada de Le Mistral. Depois, mudou o nome em homenagem à Silvia Beach, proprietária da primeira Shakespeare and Company, que foi pioneira no incentivo direto às artes e ao apoio a novos escritores.
Com o lema “não seja rude com estranhos, pois podem ser anjos disfarçados”, a livraria abriu suas portas e serviu de lar temporário a centenas de escritores que chegavam em Paris sem casa e precisando de ajuda para trabalhar. Taí a origem de boa parte das riquíssimas histórias do local.
São muitos cantinhos imperdíveis: as ilustrações de autores famosos nas escadas; bilhetes e desenhos pregados pelas paredes na área infantil; salas com cadeiras de cinema e acervos doados por outros amantes dos livros e até um piano à disposição dos visitantes.
Difícil passar um dia sem um lançamento ou evento. Grande parte são de autores americanos e ingleses, ou ao menos realizados em língua inglesa – bom para o turista que está de passagem. Fica no número 37 da Rue de la Bûcherie, em pleno Quartier Latin. Veja o siteshakespeareandcompany.com.

Disponível em:
http://www.gazetadopovo.com.br/turismo/conteudo.phtml?tl=1&id=1276564&tit=Livrarias-lendarias-que-sempre-valem-uma-visita-


Encontrado na Guatemala templo que demonstra culto dos maias ao sol


Um grupo de arqueólogos guatemaltecos e americanos descobriu no norte da Guatemala um templo que demonstra o culto dos antigos maias ao sol.
O Templo do Sol Noturno foi encontrado no sítio arqueológico El Zotz, situado no departamento de Petén, cerca de 500 quilômetros ao norte da capital guatemalteca, berço da ancestral civilização maia.
"O Templo do Sol Noturno é uma subestrutura da pirâmide do Diabo. Trata-se de uma escultura incrível por sua arte e função para homenagear o sol", explicou o arqueólogo americano Thomas Garrison durante a apresentação da descoberta no Palácio Nacional da Cultura, na Cidade da Guatemala.
Além de Garrison, da Universidade da Califórnia (EUA), participaram desse trabalho Stephen Houston, da Brown University, e Edwin Román, da Universidade de Austin (Texas).
O templo fica 190 metros sobre o ponto mais baixo do vale de Buena Vista e 160 metros sobre o nível da praça principal de Zotz, tem 13 metros de altura, com múltiplos níveis que preservam a estrutura interior do agressivo clima da floresta tropical, explicou o especialista.
O vale de Buena Vista foi uma das rotas mais importantes de comércio entre as zonas leste e oeste da região maia de Petén, conhecida também como uma rota de conflito, já que esta região ajudou a amenizar a rivalidade entre os antigos reinos de Tikal e Waka.
Román explicou que na iconografia do templo se contempla "a glorificação do sol" por parte dos maias.
A fase um, que se refere à deidade do sol, é representada por um peixe, que aparece no horizonte; a fase dois, o sol do meio-dia, aparece como "ele que bebe sangue"; e a terceira, o sol noturno, é simbolizado por um "jaguar feroz".
Essas fases coincidem com as descritas no Popol Vuh, o livro sagrado dos maias.

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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cuba recebe primeiro carregamento marítimo após 50 anos de embargo


O primeiro navio marítimo com mercadorias vindas de Miami, nos Estados Unidos, para Cuba chegou a Havana nesta sexta-feira (13), após 50 anos de embargo econômico entre os dois países.
A embarcação, de nome "Ana Cecilia", estava carregada com material humanitário. A chegada aconteceu com um dia de atraso devido a problemas com a documentação para ancorar no porto de Havana.
O navio, com pouco mais de 90 metros de comprimento e que em sua primeira viagem a Cuba transportava um só contêiner, entrou na baía da cidade com uma bandeira de Cuba e uma da Bolívia, já que possui registro no país sul-americano, segundo porta-voz da companhia International Port Corporation (IPC), empresa encarregada do envio.
O "Ana Cecilia" pretende inaugurar um serviço periódico de transporte de artigos catalogados como ajuda humanitária a Cuba.
Leonardo Sánchez, porta-voz do IPC, disse que a periodicidade dos envios será fixada de acordocom o volume de pedidos que recebam para realizá-los.
A companhia IPC possui as licenças exigidas pelo Departamento de Comércio e o Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro americano para estes envios.
Através deste serviço, será permitido o transporte de todos os tipos de mercadorias consideradas pelos EUA como ajuda humanitária, o que inclui um amplo catálogo de artigos e produtos como remédios, alimentos, roupas, eletrodomésticos, móveis, material de construção, peças de veículos e geradores elétricos.
A maior parte do material é enviada por comerciantes e pessoas comuns que residem no bairro "Pequena Havana", de Miami, e da vizinha cidade de Hialeah, com grande população cubana. Os destinatários dos envios poderão recolhê-la no porto de Havana.
Em fevereiro foram completados 50 anos do embargo econômico e comercial aprovado pelo então presidente americano John F. Kennedy. Cuba alega que o dano causado pela ação gira em torno de US$ 104 milhões (R$ 212,8 milhões).
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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Um pouco de diversão...


































A história do rock


Rock and Rooll (também conhecido como Rock ‘n’ Roll) é um estilo musical que se iniciou nos Estados Unidos entre o final dos anos 40 e início dos 50.
O ritmo tinha, geralmente, como base duas guitarras elétricas, um contrabaixo e uma bateria. No entanto, outros instrumentos também poderiam ser adicionados ao ritmo.
Além de ser um gênero musical, o rock serviu também como referência comportamental para milhares de pessoas, principalmente jovens, que passaram a tomar um estilo mais despojado e moderno de se vestir, agir e falar.
            Para Simone Paula Marques Tinti, a história do rock tem influências africanas. Segundo a autora “o grito do negro, que veio para a América como escravo influenciou a sociedade norte-americana com sua musicalidade”.
    Tinti defende que  antes de definir o rock é necessário considerar o nascimento do blues, que é o resultado da fusão entre a música negra e a européia. Essa nova música “doce-amarga” se transformou na principal base para a revolução sonora da década de 1950.
         Além, do grito negro e das notas melancólicas do blues, a dança e, principalmente o som das guitarras elétricas, foram fatores essenciais para a caracterização do rock.
Esse som eletrizante, proibido para as mocinhas brancas, era tachado pela conservadora sociedade americana dos anos 50 como coisa do diabo e que devia, a todo custo, ser evitado. Nos primórdios, Fats Domino, já em 1949, vendia mais de 1 milhão de cópias do primeiro single The Fat Man, Chucky Berry alucinava as platéias com seus solos de guitarra e Little Richard era o responsável por sucessos como Tutti Frutti e Long Tall Sally.
 Lá pela metade dos anos 50, na onda das vibrações que vinham do gueto negro, aparece um garoto com voz potente, uma dança desconcertante e sexy, que, para espanto geral, era branco: Elvis Presley. Nascia o primeiro pop star do planeta, o rei do rock.
Do outro lado do Atlântico, na primeira metade da década, vinha a chamada invasão britânica, que tomou conta das paradas americanas. Grupos que, influenciados pela música negra americana, agora compunham as próprias canções, com refrão fácil, letras elaboradas e que agradavam em cheio ao público jovem, alvo da indústria fonográfica pós-Elvis. Daí, vieram The Kinks, Animals, The Who, The Faces, Rolling Stones e Beatles.
Os rapazes de Liverpool chegaram para sacudir o mundo, estabelecer de vez a cultura pop e fazer da música uma verdadeira revolução. Jovens e bonitos, logo caíram no gosto das mocinhas.
Nessa época, outra banda iria estabelecer novos padrões para o rock. Agora, com uma atitude mais rebelde e agressiva e com um som mais pesado, com raízes no blues: os Rolling Stones. Numa jogada de marketing, a trupe de Mick Jagger era o oposto dos Beatles: nada de terninhos e sorrisos para a platéia, os Stones eram durões e encarnavam a rebeldia que se espera de uma banda de rock.
Os jovens continuavam procurando novos sons e formas de expressar seus anseios. Em 65, surge, na Califórnia o The Doors, liderado pelo gênio alucinado de Jim Morrison...



Elvis Presley - Hound Dog

https://www.letras.mus.br/elvis-presley/31396/traducao.html


The Beatles - Help

https://www.letras.mus.br/the-beatles/182/traducao.html


Rock in Rio - Barão Vermelho

https://www.youtube.com/watch?v=fHx0ZZiJfgc


Santana - Woodstok

https://www.youtube.com/watch?v=nPauXWjY4T8


Janis Joplin

https://www.youtube.com/watch?v=GxeN2H0vM0Q












sábado, 7 de julho de 2012

Mapeados imensos aquíferos de água doce no Saara e em toda África


Entre os medos espalhados por um falso ecologismo está o do fim da água doce e o de uma desertificação planetária. De acordo com a sua patranha propagandística, o mundo, inclusive a Amazônia, estariam a caminho de virar um imenso Saara, por culpa da ‘infausta’ obra do homem!
Descendo, contudo, à realidade, recente mapa geológico elaborado por cientistas britânicos mostra que a África descansa sobre uma “descomunal reserva de água subterrânea” cujos maiores aquíferos ficariam no norte, quer dizer, debaixo do Saara, informou o diário “ABC” de Madri.
O volume total de água sob a superfície atingiria meio milhão de quilômetros cúbicos ou 500 quatrilhões de litros, quantidade suficiente para alimentar a cidade de São Paulo durante 4.453 anos sem levar em conta a reposição do aquífero.
Tal volume equivale a vinte vezes as precipitações anuais em todo o continente africano e é cem vezes maior de tudo o que se conhece na superfície africana.
Alguns poços já podem ser explorados com mínimo investimento, pois a água se encontra a apenas 25 metros de profundidade.
A exceção é a Líbia, onde os aquíferos se encontram a partir de 250 metros. Neles seria necessária uma infraestrutura mais cara e complexa.
Cerca da metade dessas colossais reservas encontram-se na Líbia, na Argélia e no Chade, coincidindo com boa parte do deserto do Saara, explicou Alan MacDonald, o geólogo que liderou a investigação.
“Estas grandes jazidas de água não só poderiam aliviar a situação de mais de 300 milhões de africanos que agora não dispõem de água potável, mas também melhorar a produtividade das plantações”, disse o especialista do instituto científico British Geological Survey.
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O trabalho final foi publicado com o título “Quantitative maps of groundwater resources in Africa” em “Environmental Research Letters”.
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Participaram do trabalho especialistas do University College de Londres e se tratou da primeira investigação de todas as reservas de águas subterrâneas mapeadas do continente.
Os especialistas aproveitaram também os planos hidrológicos elaborados por diversos países e os resultados de 283 estudos regionais prévios.
No norte da África – a região desértica do continente – os depósitos de água têm uma altura de 75 metros e encontram-se protegidos por camadas rochosas de grande resistência, como o granito.
Esses aquíferos não acumulam água de chuva filtrada através da terra, mas remontam a cerca de 5.000 anos, época em que o Saara era formado por hortos, com numerosos lagos e vegetação de savana.
Os aquíferos do Saara não são os únicos na Africa. Os geólogos acharam grandes jazidas na costa da Mauritânia, do Senegal, da Gâmbia, em parte da Guiné-Bissau e do Congo, bem como na região partilhada entre Zâmbia, Angola, Namíbia e Botswana.
“No Chifre da África há aquíferos menores, mas em quantidade suficiente para o consumo humano e não seria caro explorá-los por meio de poços. Além do mais, não seria necessário investir no tratamento da água, porque sua qualidade é muito boa”, esclareceu MacDonald.
O especialista observou que embora esses sistemas possam sustentar 300 milhões de pessoas, seria prudente explorá-los com certos limites. “Na maioria da África as precipitações não são suficientes para recompor os aquíferos, por isso eu recomendaria não tirar uma quantidade de água maior que a recarregada a cada ano pela chuva”, acrescentou.
Trata-se de um conselho de bom senso palmar, o qual falta ao ambientalismo catastrofista (que talvez finja não possuí-lo).
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