Um novo estudo mostra que a ação do homem
antes da Revolução Industrial e do uso do combustível fóssil já tinha causado
mudanças climáticas.
Essas emissões de
carbono foram provocadas pelo crescimento populacional, a expansão humana e,
como consequência, o desmatamento.
Segundo os
pesquisadores, elas seriam 9% das emissões totais globais naquele tempo.
"Quanto mais
cedo as emissões ocorrem, menos influência tem no clima atual. Mas parte delas
permanecem na atmosfera em uma escala de séculos ou milênios", explicou a
pesquisadora Julia Pongratz, do Instituto Max Planck para Meteorologia, que
desenvolveu o trabalho em conjunto com Ken Caldeira, do Instituto para Ciência
Carnegie em Stanford, Califórnia (EUA).
A conclusão atual
questiona o modo como os acordos internacionais são firmados. A quantidade de
emissões geralmente considerada pelos países é após 1840, e não antes.
Mas, entre 800
d.C. a 1850, a
população quintuplicou para mais de 1 bilhão, o que aumentou, ao mesmo tempo, a
necessidade de espaços dedicados à agricultura e o início do avanço sobre
florestas.
A partir de
documentos históricos, retrocedeu-se ao tempo ao ser criado um mapa virtual do
solo da época. Depois, modelos computadorizados foram utilizados para elaborar
uma simulação de quanto o clima foi alterado pela ação humana.
De todo o dióxido
de carbono (CO2) extra presente na atmosfera --emissões que não existiriam se
não fosse de criação humana--, 5% vêm da era pré-industrial, antes de 1850.
Curiosamente, a
abordagem histórica das emissões de carbono refletiu também eventos que
ocorreram no passado.
Um exemplo
ocorreu na Ásia, por volta de 1200. Com o avanço mongol, as emissões de carbono
diminuíram porque as florestas puderam se recompor durante as guerras, que
interferem na expansão humana. Na peste negra na Europa, em 1300, ocorreu
processo semelhante.
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