terça-feira, 25 de junho de 2013

Ditadura Militar no Paraná


Documentário produzido para a cerimônia de lançamento da Comissão Estadual da Verdade do Paraná, no Teatro da Reitoria da UFPR, em 06/05/2012. 

Traz o depoimento de Gehad Hajar, e de alguns presos políticos paranaenses, com imagens do cenário da peça "Memórias Torturadas - a Ditadura e o Cárcere no Paraná", na antiga Penitenciária do Ahú.

Vídeo disponível em:
http://www.memoriastorturadas.com/

As primeiras cidades

As primeiras cidades desenvolveram-se na Mesopotâmia, em torno do Rio Eufrates, por volta de 3500 a.C. Estas cidades surgiram inicialmente como vilas no neolítico, como aglomerados mais densamente habitados, como centros comerciais e militares de uma dada localização. Este processo tornou-se possível graças ao domínio da agricultura.

As cidades de Nínive, Ur, Mari e Babilônia eram as mais conhecidas da Mesopotâmia. Os templos, conhecidos como zigurates, eram o grande centro dessas cidades. Eles serviam como centros econômicos, políticos, religiosos e sociais. Os templos eram verdadeiros centros de poder, controlados pelos sacerdotes, dos quais dependia toda a sociedade.

Em torno de 2000 a.C, as primeiras cidades começaram a desenvolver-se próximas do Rio Nilo e na China. Tais cidades eram significantemente maiores do que as vilas neolíticas. Estas cidades também dispunham de estruturas mais complexas, inexistentes nestas vilas, como grandes depósitos para estoque de alimentos e templos religiosos. A maioria dos habitantes destas cidades já não trabalhavam mais na agricultura, e sim no artesanato ou no comércio de produtos e serviços em geral.

A maioria das cidades da antiguidade não possuíam mais do que dez mil habitantes, e não eram maiores do que 1 km². Porém, algumas delas eram muito maiores - em termos populacionais e territoriais. Atenas, no seu apogeu, tinha uma população estimada entre 150 e 300 mil habitantes, espremidos em 10 km². 

Roma, durante o apogeu do Império Romano, nos séculos I e II, tinha mais de um milhão de habitantes, e é considerada por muitos como a primeira (e única) cidade a superar os um milhão de habitantes até o início da Revolução Industrial, embora alguns considerem que Alexandria também tenha tido população superior a um milhão de habitantes, e mesmo superado esta marca, até dois séculos antes de Roma. 

As cidades da antiguidade localizavam-se quase sempre próximos à beira de uma fonte de água potável e próximas à grandes corpos de água, tais como rios e mares, para facilitar o transporte de carga de uma região à outra, bem como obtenção de água. 

Quando as fontes de água doce eram insuficientes, trabalhadores livres ou escravos traziam água de fontes próximas à cidade. Avanços tecnológicos também ajudaram. Um complexo sistema de 11 aquedutos ajudou Roma a tornar-se uma grande cidade, trazendo água de diversas fontes distantes para a cidade. 

A maioria das cidades da antiguidade clássica dispunham de um ou mais reservatórios públicos, onde a água potável era armazenada. Alguns destes reservatórios também coletavam água da chuva, principalmente os reservatórios das cidades no norte da África.

Porém, água não era mais o único fator para a localização de uma cidade. Com o aparecimento de guerras entre diferentes povos, proteção também tornou-se um fator importante. Algumas destas cidades localizavam-se em serras de difícil acesso, como Roma e Atenas, por exemplo. A grande maioria das cidades antigas eram cercadas por muralhas. As muralhas de pequenas cidades eram geralmente feitas de madeira, enquanto as muralhas de cidades importantes ou grandes cidades eram feitas de pedra, mármore e cimento.

O crescimento populacional nestas cidades começou a criar sérios problemas, quanto ao saneamento básico. A coleta de lixo era inexistente na maior parte das cidades. Habitantes da classe trabalhadora simplesmente jogavam seu lixo nas ruas - muitas, dos quais, não pavimentadas. Como consequência, doenças eram muito comuns na época, e a taxa de mortalidade era alta. 

Este problema era agravado com chuvas - que inundavam as casas da cidade com lama contaminado com lixo e microorganismos causadores de doenças. Outras cidades, porém, coletavam o lixo das casas e os jogavam fora das muralhas da cidade. As cidades romanas, em especial, se destacavam por suas ruas pavimentadas e seus avançados sistemas de saneamento que não seriam ultrapassados em escala e tecnologia até o século XIX.

Fontes:
Wikipédia

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O circo

O circo é tão antigo que não se sabe, exatamente, quando e como começou. Acredita-se que as práticas circenses tenham se iniciado na China há cerca de 5 mil anos atrás, pois foram encontradas pinturas rupestres que mostram figuras de acrobatas, contorcionistas e equilibristas nessa região. Para os chineses a acrobacia, o contorcionismo e o equilibrismo serviam para treinar os guerreiros e desenvolver a sua agilidade, flexibilidade e força.
Dos chineses aos gregos, dos egípcios aos indianos, quase todas as civilizações antigas já praticavam algum tipo de arte circense há pelo menos 4 000 anos - mas o circo como o conhecemos hoje só começou a tomar forma durante o Império Romano.
 O primeiro a se tornar famoso foi o Circus Maximus, que teria sido inaugurado no século VI a.C., com capacidade para 150 000 pessoas. A atração principal eram as corridas de carruagens, mas, com o tempo, foram acrescentadas as lutas de gladiadores, as apresentações de animais selvagens e de pessoas com habilidades incomuns, como engolidores de fogo. Destruído por um grande incêndio, esse anfiteatro foi substituído, em 40 a.C., pelo Coliseu, cujas ruínas até hoje compõem o cartão postal número um de Roma.
O malabarismo também é bastante antigo. Em uma tumba de um príncipe egípcio (construída entre 1994 e 1781 a.C.) existem pinturas e hieróglifos que mostram um grupo de mulheres fazendo malabarismos com bolas. Acredita-se que esta é a reprodução de malabarismo mais antiga já encontrada. As artes de Tebas, Grécia, Roma, Índia e Europa mostram malabaristas fazendo truques complexos.
Anotações sobre malabaristas vêm desde 400 a.C. Uma antiga menção no Talmud descreve Rabbi Shimon ben Gamaliel, que podia fazer malabarismo com oito tochas de uma vez. Malabaristas também podem ser encontrados na antiga literatura irlandesa e norueguesa.
No Egito também surgiu a profissão de domador, a fim de atender aos faraós, que gostavam de exibir animais ferozes em seus desfiles militares. De fato, o circo demorou muito tempo até chegar à forma sistematizada por nós hoje conhecida. Somente no século XVIII é que o picadeiro e as mais conhecidas atrações circenses foram se consolidando. Na China, vários contorcionistas e equilibristas apresentavam-se para as autoridades monárquicas chinesas.
           Em Roma, o chamado “Circo Máximo” era o local onde as massas plebéias reuniam-se para assistir às atrações organizadas pelas autoridades imperiais. A idéia inicial de circo (e até mesmo seu nome) surgiu na antiga Roma. “Circus” (que significa “lugar em que competições acontecem”) era uma área dividida em pista, arquibancada e cavalarias onde ocorriam corridas de cavalos, combate de gladiadores, duelos entre homens e animais e duelos somente entre animais.
 Com o fim do império dos Césares e o início da era medieval, artistas populares passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igrejas. "Nasciam assim as famílias de saltimbancos, que viajavam de cidade em cidade para apresentar seus números cômicos, de pirofagia, malabarismo, dança e teatro", afirma Luiz Rodrigues Monteiro, professor de Artes Cênicas e Técnicas Circenses da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
 Tudo isso, porém, não passa de uma pré-história das artes circenses, porque foi só na Inglaterra do século XVIII que surgiu o circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo ainda hoje.
Na Idade Média, vários artistas saltimbancos vagueavam pelas cidades demonstrando suas habilidades ao ar livre em troca de algumas contribuições. O primeiro a sistematizar a idéia do circo como um show de variedades assistido por um público pagante foi o inglês Philip Astley. 
Em 1768, ele criou um espaço onde, acompanhado por um tocador de tambor, apresentava um número de acrobacia com cavalos. Nesse período, o crescimento das populações urbanas garantiu um bom número de espectadores ao seu espetáculo.
Por volta de 1770, um oficial da cavalaria britânica chamado Philip Astley começou a circular pelo interior da Inglaterra fazendo demonstração com seu cavalo. Ele descobriu que, se ficasse de pé sobre seu cavalo enquanto o animal galopava em círculos, a força centrífuga o ajudaria a manter o equilíbrio. Foi assim que ele inaugurou o primeiro circo moderno: o Astley´s Amphitheatre, um suntuoso espaço fixo que reunia um picadeiro coberto com uma arquibancada próxima.
Em princípio, Astley havia organizado somente um espetáculo militar eqüestre, mas logo percebeu que precisava de outros tipos de atrações para segurar o público. Por essa razão, acrescentrou ao espetáculo números com saltimbancos, equilibristas, saltadores, malabaristas e palhaços.
No século XIX, o primeiro circo atravessou o oceano Atlântico e chegou aos Estados Unidos. O equilibrista britânico Thomas Taplin Cooke chegava com seu conjunto de artistas na cidade de Nova Iorque. Com o passar dos anos, sua companhia transformou-se em uma grande família circense que, ao longo de gerações, disseminou o circo pelos Estados Unidos.
No Brasil, a história do circo está muito ligada à trajetória dos ciganos no país, e se iniciou por volta do século XVIII quando fugiam da perseguição a que eram submetidos, na Europa. Os ciganos, cuja ligação com as artes circenses é muito grande, viajavam de cidade em cidade com suas tendas e aproveitavam as festas religiosas para exibirem sua destreza com cavalos, seus truques de ilusionismo e outras exibições artísticas. Procuravam adaptar suas apresentações ao gosto do público de cada localidade e o que não agradava era imediatamente tirado do programa.
Dessa forma, o circo brasileiro vai formatando uma personalidade própria. As suas características itinerantes desenvolveram no final do século XIX. Geralmente os grupos desembarcavam em um porto importante, faziam seu espetáculo e partiam para outras cidades, descendo pelo litoral até o Rio da Prata, indo para Buenos Aires. Visavam principalmente às classes populares. O protagonista dos espetáculos era o palhaço, sendo que o seu sucesso correspondia ao sucesso do circo.
As melhores atrações dos circos brasileiros, no final do século XIX e no início do século XX, eram os palhaços cantores. Foram eles, usando seus picadeiros itinerantes, os pioneiros na divulgação da música popular.
Infelizmente são raras as "mulheres" Palhaças. A mais popular, a primeira que se tem notícia, apareceu no começo do século e foi a Miss Loulou.
A grande estrutura envolvendo o espetáculo circense, trouxe o desenvolvimento de novas tecnologias ao mundo do circo. As constantes mudanças de cidade em cidade incentivaram a criação de técnicas logísticas que facilitavam o deslocamento dos espetáculos. Tais técnicas, devido sua grande eficácia, chegaram a despertar o interesse dos altos escalões militares que se preparavam para os conflitos da Primeira Guerra Mundial.

Artes circenses têm diferentes raízes históricas
HOMEM ELÁSTICO
O contorcionismo já era uma modalidade olímpica na Grécia Antiga há mais de 2 500 anos. Há registros mais antigos, porém, de cerca de 5 500 anos, indicando que, talvez, a prática já fosse usada na China para o treinamento de guerreiros
MÃOS MÁGICAS
O malabarismo, segundo os historiadores, teria sido praticado inicialmente em rituais religiosos da antigüidade. Os chineses equilibravam pratos girando-os, enquanto gregos e egípcios utilizavam bolas, depois substituídas por tochas acesas
SOSSEGA, LEÃO!
Os primeiros domadores foram guerreiros egípcios, que capturavam animais selvagens nas terras conquistadas, aprendiam a lidar com eles e os traziam à terra natal para apresentá-los em desfiles
POR UM FIO
O primeiro relato de equilibrismo na corda bamba data de 108 a.C., na China, quando uma grande festa palaciana, em homenagem a visitantes estrangeiros, apresentou vários números de acrobacia. O impacto foi tamanho que o imperador decidiu realizar espetáculos do gênero todo ano
BOCA QUENTE
Os engolidores de fogo apareceram pela primeira vez no Império Romano, nos espetáculos do Circus Maximus, há mais de 2 000 anos. Esses pirófagos costumavam ser nórdicos louros e altos, o que acentuava o exotismo
PALHAÇO A CAVALO
Na origem do circo moderno, na Inglaterra do século XVIII, o palhaço e o equilibrismo com piruetas sobre um cavalo eram um só número. O sucesso foi tão grande que os clowns ganharam cada vez mais espaço no picadeiro.

Referências:

domingo, 16 de junho de 2013

Copa das Confederações


          Seis cidades brasileiras receberão os jogos da competição, que serve de aquecimento para a Copa do Mundo no próximo ano.

          Clique no link abaixo e veja o infográfico com as sedes da Copa das Confederações:


sábado, 15 de junho de 2013

Cientistas acham fóssil quase completo do mais antigo primata


Uma criaturinha do tamanho de um camundongo, que saltitava pelas copas das árvores de uma floresta chinesa há 55 milhões de anos, é o mais antigo exemplar do grupo de animais ao qual pertencem o homem e todos os macacos vivos hoje, dos saguis aos gorilas.
A descrição da espécie, feita por paleontólogos da China, dos EUA e da França, está na edição desta semana da revista científica "Nature", uma das mais importantes do mundo.
Para os cientistas, o Archicebus achilles merece os holofotes, apesar dos meros 30 gramas, porque seu esqueleto fossilizado está praticamente completo (faltam só as "mãozinhas" do bicho), enquanto outros fósseis de primatas com a mesma idade não passam de cacos.

Disponível em:


domingo, 9 de junho de 2013

Força, Madiba!


O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela passa sua terceira noite no hospital, onde foi internado no sábado em estado "grave" por uma pneumonia. A África do Sul permanece dividida entre a preocupação, a resignação e o desejo de que o líder tenha um final digno.

Desde o anúncio de sua internação, na madrugada de sábado, a presidência não divulgou informações sobre seu estado. A última informação médica dizia que sua situação era "grave, mas estável".

Segundo os jornalistas, Mandela teria recebido duas vezes a visita da família, no hospital de Pretória, onde ele estaria sendo tratado. A presidência se nega, porém, a confirmar até mesmo a instituição em que ele está internado.

O ícone da luta contra o Apartheid completará 95 anos em 18 de julho. Em dois anos e meio, esta é sua quarta internação por problema pulmonar, além de uma ida feita ao hospital para a realização de exames.

Em meio aos votos para sua pronta recuperação, desta vez, ganham forças as vozes que defendem que o herói tem o direito de morrer e ficar em paz. "É hora de deixá-lo partir", dizia, neste domingo, a primeira página do jornal Sunday Times, com um Mandela sorridente em um gesto de adeus. 

"Agora, a família deve deixá-lo para que Deus intervenha à sua maneira", disse ao jornal Andrew Mlangeni, um velho amigo de Mandela, resumindo uma opinião que começou a se espalhar pelas redes sociais nas últimas horas. 

No Twitter, cresciam os apelos por um fim tranquilo de Mandela. "Temos de rezar para que fique bem ou para que Deus o liberte do sofrimento? Acho que é hora de deixá-lo partir", escreveu um internauta. 

"É hora de deixá-lo ir com calma, com tranquilidade, com elegância. Merece ir embora com dignidade", acrescentou outro usuário do Twitter. 

Em Qunu, povoado natal de Mandela no sul da África do Sul, seu neto e chefe do clã, Mandla Mandela, de 39, fez um momento de silêncio, informou a rede eNCA. 


Luta contra o apartheid

O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos políticos, econômicos e sociais. 

Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid. No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.

Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais membros do movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista.

Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.

Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como "Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta. Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964, Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas.

Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo. 

Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.

Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos. 

Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais. 


O Ceebeja e as TIC's


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Cheiro de Mato

 


Amigo irmão, não zombe da natureza
existem tantas belezas pra gente comtemplar
se me seguires, passo lento por onde vou
com carinho e muito amor eu quero lhe dar

Em cima da terra, no fundo do mar
existe um tesouro, pra gente desfrutar

Em cima da terra, no fundo do mar
existe um tesouro, pra gente desfrutar

Amigo irmão, o verde nasce da terra
a luz do sol desce a serra, num desenho magistral
olhai os campos que cercam o horizonte,
eis o berço fulgurante do pai celestial

Em cima da terra, no fundo do mar
existe um tesouro, pra gente desfrutar

Em cima da terra, no fundo do mar
existe um tesouro, pra gente desfrutar
 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Morre "seo" Benedito, o idoso negro atacado por neonazistas

Ipeúna/SP – Benedito Oliveira Santana, 71 anos, o guardador de carros atacado por neonazistas na madrugada de 06 de abril, em Rio Claro, cidade a 187 Km de S. Paulo, morreu na manhã deste sábado (1º/06), em sua casa em Ipeúna interior de S. Paulo.

Ele não resistiu a gravidade dos ferimentos dos quais nunca se recuperou segundo a família. Depois de passar cerca de 20 dias em estado de coma na UTI da Santa Casa de Rio Claro, com traumatismo craniano, ele recebeu alta e voltou para a casa, porém, em seguida teve de ser internado novamente.

Na última quinta-feira teve alta dessa segunda internação e foi levado para a casa onde mora em Ipeúna. Muito debilitado, porém, o idoso, não conseguia falar e tinha se locomover em cadeira de rodas. Na manhã deste sábado, terminou o sofrimento.

O corpo do idoso está sendo velado pela família e amigos. Não é certo se será enterrado ainda hoje ou se amanhã de manhã no cemitério da cidade.

Barbárie

O guardador de carros foi atacado a socos, chutes e pontapés, quando já se encontrava caído, especialmente, na cabeça, por três jovens neonazistas, quando se encontrava trabalhando nas proximidades do clube social Grupo Ginástico Rioclarense, no centro da cidade.

Hélcio Alves Carvalho e Axel Leonardo Ramos, respectivamente de 20 e 21 anos, os responsáveis pelo ataque, segundo os guardas municipais que atenderam a ocorrência, à caminho da Delegacia mantiveram-se agressivos: “negros têm que morrer mesmo”, diziam, segundo o relato dos guardas às autoridades policiais.

Apesar da gravidade do crime, os dois (eram três, o terceiro ainda está foragido), a Polícia Civil de Rio Claro, enquadrou o caso como lesão corporal grave, o enquadramento mais benéfico, e não como tentativa de homicídio, agora consumado.

Carvalho e Ramos (na foto ao lado), de acordo com a Polícia, pertencem a uma célula neonazista de Ponta Grossa no Paraná e continuam presos, segundo apurou Afropress, na Cadeia Pública de Itirapina, cidade próxima à Rio Claro.

Os dois agressores, além de atacarem Benedito, também agrediram Sebastião Gonçalves de Oliveira, 57 anos, o outro guardador de carros que tentou socorrer o idoso.

A viúva do guardador de "seo" Benedito, dona Maria Aparecida Zaqueu, de 73 anos e um dos cinco filhos, Silvio Roberto Zaqueu Santana de Oliveira, disseram que o idoso nunca se recuperou dos golpes sofridos, especialmente na cabeça. “Queremos Justiça, é só isso que que queremos: Justiça”, afirmam.

Disponível em:

"Semana" do Meio Ambiente



domingo, 2 de junho de 2013

Grand Canyon

O Grand Canyon é uma das sete maravilhas do mundo natural. Essa surpreendente paisagem foi esculpida por meio de processos erosivos, motivados, principalmente, pelas águas do rio Colorado, além da neve, da chuva e do vento, chamados de agentes externos modeladores do relevo.
É repleto de precipícios, montes íngremes, despenhadeiros e pináculos. Além de apresentar diversas cores em sua composição, como vermelho, ouro, rosa, verde, ferrugem, laranja, violeta, dentre outras. 
O primeiro estrangeiro a visitar o Grand Canyon foi o espanhol Garcia Lopez de Cardenas sem 1540. Porém, a primeira expedição científica ao desfiladeiro foi dirigida pelo Major John Wesley Powell no final da década de 1870.
Powell referiu-se às rochas sedimentares expostas no desfiladeiro como "páginas de um belo livro de histórias". No entanto, a área era já ocupada por ameríndios, que estabeleciam povoados ao longo do desfiladeiro, como os hopi.
O Grand Canyon encontra-se no território dos Estados Unidos. Chega a medir entre 6 e 29 km de largura e atinge profundidades de 1600 metros. Cerca de 2 bilhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio, à medida que este e os seus afluentes vão expondo camada após camada de sedimentos.
Seu vale, moldado pelo rio Colorado durante milhares de anos à medida que suas águas percorriam o leito, aprofundando-o ao longo de 446 km.



Referências:



Acompanhe as imagens do vídeo:


Obra de duplicação da Tamoios revela sítio arqueológico

Escavações feitas durante a obra de duplicação da rodovia dos Tamoios, no Vale do Paraíba (SP), revelaram vestígios da presença de índios de tradição cultural aratu, que habitaram o país entre os séculos 10 e 14.
São milhares de peças de cerâmica --como fragmentos de potes, tigelas e urnas funerárias-- e ferramentas de pedra lascada, espalhadas por uma área de 5.000 m2 na altura do km 28 da estrada, em Paraibuna (124 km de SP).
Pela quantidade de material encontrado, em um ponto que era cortado pelo rio Paraíba do Sul --desviado para a construção da usina de Paraibuna--, supõe-se que havia uma grande aldeia no local, com centenas de pessoas.
Para a equipe envolvida nos trabalhos, a descoberta ajuda a montar o quebra-cabeça da ocupação humana nesta região de São Paulo, onde a tradição tupi-guarani sempre foi mais comum.
"A descoberta confirma a presença dos aratus no Vale do Paraíba e a importância do Paraíba do Sul para a população ao longo das gerações", diz o arqueólogo Wagner Bornal, contratado pela Dersa (estatal de estradas de São Paulo) para o trabalho.
Até então, havia apenas dois outros sítios com vestígios dos aratus na região: em Santa Branca (95 km de SP) e em Caçapava (116 km de SP).
Ceramistas e agricultores, os aratus viveram antes da colonização portuguesa, sobretudo no Nordeste. Não há consenso sobre o que levou ao desaparecimento de sua cultura --a hipótese mais provável é que eles tenham se mesclado com outras etnias.
Os primeiros estudos que identificaram essa cultura foram publicados no final da década de 1960.
Considerada "mãe" da arqueologia amazônica, Betty Meggers (1921-2012), e o marido, Clifford Evans (1920-1981), encontraram 24 sítios aratus no Recôncavo Baiano.
Hoje há registro de vestígios dessa cultura no Nordeste e nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, onde o sítio Tamoios 1 é o mais recente.
Os índios dessa tradição viviam nas imediações de cursos de água perenes. Cultivavam milho, feijão, mandioca e amendoim. Também trabalhavam o algodão. A cerâmica produzida por eles era alisada, sem traços decorativos.
Também usavam grandes potes como urnas funerárias, material encontrado em abundância no sítio na Tamoios --muitas peças praticamente na superfície, sob apenas 40 cm de terra.
O local está fechado para pesquisas. Os arqueólogos querem transformá-lo em sítio-escola para visitas monitoradas, proposta que ainda será analisada.
"O sítio tem um potencial informativo e científico, pois ajuda a completar uma lacuna sobre a ocupação do Vale do Paraíba", afirma Bornal.
Segundo a Dersa, o sítio não sofrerá impacto das obras da Tamoios. A descoberta foi reconhecida pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e o material será catalogado e disponibilizado ao público.



Toemcrise