sexta-feira, 30 de novembro de 2012

21/12/2012


Nasa desmente 'fim do mundo' e alerta sobre suicídios


Após receber uma enxurrada de cartas de pessoas seriamente preocupadas com teorias que preveem o fim do mundo no dia 21 de dezembro de 2012, a agência espacial americana (Nasa) resolveu "desmentir" esses rumores na internet.
Nesta quarta-feira (28), a Nasa fez uma conferência online com a participação de diversos cientistas. Além disso, também criou uma seção em seu website para desmentir que haja indícios de que um fim do mundo esteja próximo.
Segundo o astrobiologista David Morrison, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, muitas das cartas expondo preocupações com as teorias apocalípticas são enviadas por jovens e crianças.
Alguns dizem até pensar em suicídio, de acordo com o cientista, que também mencionou um caso, reportado por um professor, de um casal que teria manifestado intenção de matar os filhos para que eles não presenciassem o apocalipse.
"Estamos fazendo isso porque muitas pessoas escrevem para a Nasa pedindo uma resposta (sobre as teorias do fim do mundo). Em particular, estou preocupado com crianças que me escrevem dizendo que estão com medo, que não conseguem dormir, não conseguem comer. Algumas dizem que estão até pensando em suicídio", afirmou Morrison.
"Há um caso de um professor que disse que pais de seus alunos estariam planejando matar seus filhos para escapar desse apocalipse. O que é uma piada para muitos e um mistério para outros está preocupando de verdade algumas pessoas e por isso é importante que a Nasa responda a essas perguntas enviadas para nós."

CALENDÁRIO MAIA

Um desses rumores difundidos pela internet justifica a crença de que o mundo acabará no dia 21 dizendo que essa seria a última data do calendário da civilização maia.
Outro rumor tem origens em textos do escritor Zecharia Sitchi dos anos 70. Segundo tais teorias, documentos da civilização Suméria, que povoou a Mesopotâmia, preveriam que um planeta se chocaria com a Terra. Alguns chamam esse planeta de Nibiru. Outros de Planeta X.
"A data para esse suposto choque estava inicialmente prevista para maio de 2003, mas como nada aconteceu, o dia foi mudado para dezembro de 2012, para coincidir com o fim de um ciclo no antigo calendário maia", diz o site da Nasa.
Sobre o fim do calendário maia, a Nasa esclarece que, da mesma forma que o tempo não para quando os "calendários de cozinha" chegam ao fim, no dia 31 de dezembro, não há motivo para pensar que com o calendário maia seria diferente - 21 de dezembro de 2012 também seria apenas o fim de um ciclo.
A agência espacial americana enfatiza que não há evidências de que os planetas do sistema solar "estejam se alinhando", como dizem algumas teorias, e diz que, mesmo que se isso ocorresse, os efeitos sobre a Terra seriam irrelevantes. Também esclarece que não há indícios de que uma tempestade solar possa ocorrer no final de 2012 e muito menos de que haja um planeta em rota de colisão com a Terra.
"Não há base para essas afirmações", diz. "Se Nibiru ou o Planeta X fossem reais e estivessem se deslocando em direção à Terra para colidir com o planeta em 2012, astrônomos já estariam conseguindo observá-lo há pelo menos uma década e agora ele já estaria visível a olho nu", diz o site da Nasa.

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Força-tarefa liberta 41 indígenas de trabalho escravo no Rio Grande do Sul


No último dia 22, uma força-tarefa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Publico do Trabalho (MPT) e Funai libertou 41 indígenas kaingang – entre os quais 11 eram menores de 18 anos – que trabalhavam em condições análogas à escravidão em Itaimbezinho, distrito do município de Bom Jesus, RS. Os indígenas foram encontrados durante uma fiscalização de rotina do MTE na atividade de raleio de maçãs em uma área arrendada pelo empresário Germano Neukamp.De acordo com o procurador do MPT Ricardo Garcia, os trabalhadores foram aliciados por um funcionário do empresário, e nenhum indígena tinha carteira assinada, os contratos de trabalho eram apenas verbais e por tempo indeterminado, e o pagamento – também acordado verbalmente – de R$ 40/dia não havia sido efetuado regularmente, apesar de vários indígenas estarem trabalhando desde setembro. "Quando chovia e os indígenas não podiam trabalhar e não recebiam", relata o procurador. O empregador também não forneceu as ferramentas de trabalho ou quaisquer equipamentos de proteção individual (EPI). Já as condições precárias de alojamento e alimentação chocaram os membros da força-tarefa. Segundo a auditora fiscal Inez Rospide, coordenadora da Fiscalização Rural no Rio Grande do Sul, que coordenou a libertação, os alojamentos estavam em péssimas condições, havia apenas dois banheiros para os 41 trabalhadores, as famílias - inclusive crianças - se apertavam em espaço insuficiente, a fiação elétrica estava solta, o frio entrava pelas frestas, a água era armazenada em garrafas pet e havia comida estragada pelos cantos.De acordo com Ricardo Garcia, do MPT, o alojamento já havia sido interditado em outra fiscalização em 2009, e de lá para cá só se deteriorou. "Pode até ser que os indígenas vivem com menos conforto nas aldeias, mas aquilo era insuportável até para um trabalhador mais rústico", afirma o procurador.

Adolescentes

Dos 11 indígenas adolescentes libertados pela força-tarefa, cinco tinham entre 14 a 16 anos, e outros seis, de 16 a 17 anos. "Uma garota de 17 anos estava grávida. O pai da criança, de 15, também trabalhava no local", relata a auditora fiscal Inez Rospide. A contratação de menores de 18 anos é proibida por lei, e gerou dois autos de infração ao empregador.


Coordenador da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), Rildo Kaingang explica que a presença de adolescentes nas frentes de trabalho é um fator que exige especial atenção dos empregadores, uma vez que a total ausência de políticas públicas para as aldeias Kaingang tem forçado cada vez mais indígenas a buscar fontes de renda em atividades nos frigoríficos e nas safras de frutas, como maçã e uva, na região nordeste do Rio Grande do Sul.
“Para os kaingang, um adolescente de 13 anos já está entrando na fase adulta, e os jovens acabam seguindo o caminho indicado a eles pelos adultos. Como nas aldeias a situação é muito precária – são quase favelas rurais, sem habitação decente nem qualquer apoio a atividades produtivas por parte do governo -, os indígenas – e também os adolescentes - são empurrados a buscar alternativas fora. É obrigação do empregador zelar pelo cumprimento da lei e não contratar estes jovens, que ficam expostos a condições impróprias, como áreas com perigo de contaminação por agrotóxicos, e outros problemas”, explica o dirigente da Arpinsul.  
Após a libertação dos indígenas, foram lavrados 17 autos de infração contra o empregador Germano Neukamp – entre eles, a falta de sinalização das áreas tratadas com agrotóxicos -, e foram pagos 50% dos direitos recisórios (que totalizam R$ 54.646,32). O restante será quitado no dia 23 de dezembro. Os indígenas foram reconduzidos à aldeia na terra indígena Monte Caseros, e o MTE emitiu as carteiras profissionais de todos os trabalhadores que ainda não as tinham, com anotação do início e fim dos contratos de trabalho, para todos os fins, inclusive previdenciários. 
Procurado pela reportagem, até a conclusão da matéria o empresário Germano Neukamp não retornou o telefonema nem respondeu e-mail com solicitação de entrevista.

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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Engels


Junto com Karl Marx, Friedrich Engels realizou uma obra marcante na filosofia e na política, cuja característica principal foi a elaboração das teorias do materialismo histórico. Nasceu em 28/11/1820, Barmen (Alemanha) e faleceu no dia 05/08/1895, Londres (Reino Unido).
Engels era filho de um rico industrial alemão e soube analisar a sociedade de forma muito eficiente, como poucos antes dele. Na juventude, ficou impressionado com a miséria dos trabalhadores das fábricas de sua família, uma delas em Manchester, Inglaterra.
Engels completou e publicou o segundo e o terceiro volumes de O Capital, principal obra teórica do socialismo, após a morte de Marx. Com grande capacidade crítica e estilo claro - ao contrário do de seu parceiro -, escreveu sozinho algumas das obras mais importantes do marxismo, como "A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado".






Israel irá criar linhas de ônibus específicas para palestinos


Palestinos que trabalham legalmente em cidades israelenses, em breve, não poderão mais utilizar os mesmos ônibus que cidadãos do país. O Ministério de Transporte de Israel anunciou a criação de linhas de veículos específicas para os residentes da Cisjordânia que cobrem o trajeto de Tel Aviv até os postos de controle da fronteira com o território palestino.
A decisão veio após crescentes reclamações de colonos judeus sobre a presença dos palestinos em ônibus públicos. Os colonos reclamam que a segurança está ameaçada pela presença dos palestinos, e exigem que eles sejam devidamente revistadas antes de embarcar no veículo.
De acordo com o plano, citado pelo site de notícias israelense Walla News, as linhas já existentes vão entrar diretamente nos assentamentos judeus na Cisjordânia sem a necessidade de parar nos postos de controle, onde embarcavam os palestinos. Enquanto isso, os novos ônibus terão de passar pela inspeção das Forças de Defesa de Israel no posto de Samaria, na fronteira com o território palestino. Os veículos vão partir nos horários de saída e entrada desses trabalhadores.
O prefeito do assentamento Kernei Shomron, comemorou a resolução do Ministério de Transportes. “Estou muito contente, porque ambas as necessidades foram atendidas, tanto dos trabalhadores palestinos, que querem simplesmente levar uma vida decente, quanto dos colonos, que querem voltar às suas casas com segurança, sem o medo de ataques nos ônibus”, disse.
“Nós recebemos reclamações há muito tempo de residentes (dos assentamentos) e líderes municipais sobre os palestinos voltando de seus trabalhos em linhas regulares de ônibus, voltando sem passar por um posto de segurança”, informou a delegacia policial de Judea e Samaria citada pelo Walla News.
Terroristas e macacos
O prefeito do assentamento Ariel anunciou em sua página no Facebook que já havia se reunido com as Forças Armadas, a Polícia e o Ministério de Transporte para “impedir os palestinos de embarcar nos ônibus que vão para Ariel”. Muitos residentes deixaram comentários em seu post, caracterizando os palestinos de “terroristas” e “macacos”.
“Nas linhas de Ariel, tem mais terroristas que colonos judeus”, escreveu um deles. Outro afirmou que não conseguia visitar os parentes que vivem no assentamento porque estava muito assustada para entrar nos ônibus. “Finalmente, vocês se lembraram que nós temos ônibus repletos de árabes?”, questionou outro.
Expulsões diárias
Embora a medida ainda não tenha sido implementada, os palestinos já encontram dificuldade para embarcar nos ônibus. De acordo com apuração do jornal israelense Haaretz, oficiais de Israel começaram a expulsar esses trabalhadores em resposta às exigências dos cidadãos do país.
No início de novembro, a polícia israelense expulsou todos os passageiros palestinos de um ônibus, obrigando-os a andar por quilômetros até o próximo posto de controle das Forças de Defesa e pagar por um taxi até suas casas. “Os oficiais confiscaram seus documentos de identidade e levaram esses documentos para o posto de controle”, explicou um reservista ao Haaretz.
“Meus amigos que trabalham no posto de controle contaram que a mesma coisa aconteceu no outro dia”, acrescentou ele. Segundo reportagem do Walla News, motoristas da companhia Afikim não permitem a entrada dos palestinos em seus veículos.
Apartheid e dia-a-dia
O número de palestinos trabalhando legalmente em Israel cresceu nos últimos anos, atingindo a marca de 29 mil pessoas por dia. Esses trabalhadores moram em cidades palestinas na Cisjordânia e têm de passar por postos de controle das Forças de Defesa de Israel para conseguir entrar na cidade israelense, apesar de possuírem visto de entrada.
As únicas linhas de ônibus disponíveis para esse trajeto saem dos assentamentos judeus na Cisjordânia, que foram anexados ao território de Israel e que não admitem a entrada de palestinos sem autorização especial. Os trabalhadores embarcam nos veículos no meio de estradas depois de terem passado pela inspeção dos oficiais.
Durante a época do apartheid, o regime da África do Sul também criou linhas de ônibus separadas para os residentes negros.

(Opera Mundi)

Brasil vai ampliar atendimento às mulheres vítimas de violência nas fronteiras

A Secretaria de Políticas para as Mulheres quer intensificar o atendimento às mulheres vítimas de violência nas fronteiras do país. De acordo com a ministra da pasta, Eleonora Menicucci, o governo brasileiro vai abrir, no início do ano que vem, mais três unidades dos Serviços de Atendimento Binacional que, em parceria com governos vizinhos, oferece assistência especializada às migrantes que sofrem violência.
A ministra informou que as unidades serão implantadas em Corumbá (MS), na fronteira com a Bolívia; em Santana do Livramento (RS), próximo ao Uruguai; e em Brasiléia (AC), perto da Bolívia.
“Uma das ações prioritárias de minha gestão é o atendimento às mulheres vítimas de violência nas nossas fronteiras, principalmente nas secas. Por meio do serviço, há ações de prevenção e de capacitação das pessoas que trabalham nas delegacias locais para o apoio especializado a essas mulheres, e o repatriamento das vítimas”, enfatizou, ao participar hoje (28) do 2º Encontro de Parceria Global Pelo Fim da Violência Contra a Mulher, em Brasília.
Segundo Eleonora Menicucci, o Brasil tem atualmente unidades semelhantes em Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela; no Oiapoque (AP), próximo à Guiana Francesa; e em Foz do Iguaçu (PR), na tríplice fronteira, entre Paraguai, Argentina e Brasil.
Durante o evento, a ministra destacou, como parte das ações de proteção às brasileiras no exterior, o Ligue 180, que há um ano atende vítimas de violência na Espanha, em Portugal e na Itália.
Levantamento da pasta indica que, de janeiro a outubro, o serviço recebeu 62 ligações procedentes, das quais 34% vindas da Espanha, 34% da Itália e 24% de Portugal. A maior parte dos atendimentos (35%) correspondia a relatos de violência, 4% a tráfico de pessoas e 2% a cárcere privado. De acordo com a ministra, foi identificado um alto percentual (22%) de pedidos de informação relacionado ao sequestro internacional de crianças.
Ela informou que a partir de uma denúncia recebida pelo Ligue 180 foi possível desarticular, este ano, juntamente com a Polícia Federal e o Ministério da Justiça, uma quadrilha de tráfico de mulheres que atuava em Ibiza, na Espanha.
“Um casal, em que a mulher era brasileira e o marido alemão, mantinha em cárcere privado 27 mulheres, entre brasileiras e de outras nacionalidades. Conseguimos desarticular o esquema e todas elas foram repatriadas”, disse, acrescentando que o governo pretende estender o serviço a outros países, ainda não definidos.
Dados do Ministério da Justiça revelam que, em seis anos, quase 500 brasileiros e brasileiras foram vítimas do tráfico de pessoas. Do total, 337 casos, que representam mais de 70% dos registros feitos de 2005 a 2011, referem-se à exploração sexual. O diagnóstico aponta que o Suriname, que funciona como rota para a Holanda, é o país com maior número de ocorrências, com 133 casos, seguido da Suíça, com 127. Na Espanha, o número de vítimas brasileiras chegou a 104 e, na Holanda, a 71.
(Agência Brasil)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Fifa divulga pôsteres que promoverão a Copa de 2014


A Fifa divulgou neste domingo os 12 pôsteres que serão usados para promover a Copa do Mundo de 2014.
A primeira vez que cada sede teve um cartaz próprio foi na França, em 1998.
Cada uma das cidade que sediará o torneio em 2014 ficou responsável pela elaboração de seu pôster e é proibido a utilização comercial dos mesmos. Os artistas que criaram as imagens também não recebem nada.


Curitiba-PR - Pôster oficial da Copa do Mundo de 2014

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domingo, 25 de novembro de 2012

Cidade do Silêncio


Graças ao Tratado de Livre Comércio empresas do mundo inteiro montaram fábricas no México, na fronteira com os Estados Unidos. Com mão-de-obra barata e isenção de impostos, estas companhias fabricam produtos a baixo custo, que são vendidos nos Estados Unidos. Nas mais de mil fábricas de Juarez um televisor é fabricado a cada três segundos e um computador a cada sete. As fábricas contratam mulheres, que aceitam salários menores e reclamam menos dos expedientes longos e condições ruins de trabalho. Muitas fábricas operam 24 horas por dia.
 Muitas mulheres são atacadas a caminho do trabalho ou de casa, tarde da noite ou no início das manhãs. As companhias não garantem a segurança dos funcionários e várias mulheres foram mortas em Juarez.
Com este quadro o editor-chefe do Chicago Sentinel, George Morgan (Martin Sheen), envia para lá a repórter Lauren Adrian (Jennifer Lopez), que não queria fazer a matéria e só concordou em ir pois, se fizer um bom trabalho, terá chance de ser correspondente estrangeira. Ao chegar entra em contato com um repórter com quem já trabalhou, Alfonso Diaz (Antonio Banderas), que agora é o editor de El Sol, um jornal que não aceita a "versão oficial" sobre as mortes que acontecem na região. Diaz diz para Lauren que 375 mortes é só mais uma mentira da polícia, pois na verdade quase 5 mil mulheres já morreram.
         A situação fica muito tensa quando uma jovem de 16 anos, Eva Jimenez (Maya Zapata), é atacada. Seus agressores pensavam que estava morta e agora ela pode testemunhar sobre quem tentou matá-la. Lauren faz tudo para protegê-la, inclusive da polícia, mas alguns não ligam a mínima para a situação de Eva e das mulheres de Juárez.

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http://www.adorocinema.com/filmes/filme-59401/

Assista o filme:


Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher


Dia 25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. A data foi escolhida durante a Assembléia Geral das Nações Unidas, ocorrida em 17 de dezembro de 1999.

É uma homenagem às irmãs Mirabal: Pátria, Minerva e Maria Teresa. Elas formaram um grupo de oposição ao ditador Rafael Leónidas Trujillo, que através de medidas anti-democráticas, levou grande parte da população a perder moradias e dinheiro. 

Patria Mercedes Mirabal, Minerva Argentina Mirabal e Antonia María Teresa Mirabal e sua família, defenderam os direitos do povo dominicano e se lançaram na luta armada contra o regime despótico de Trujillo. 

As irmãs Mirabal ficaram conhecidas como Las Mariposas e lideravam a oposição, que conseguia travar embates com as tropas do governo. Então, o ditador iniciou uma perseguição a elas. Foram presas e torturadas várias vezes, até serem pegas em uma emboscada, quando estavam indo visitar seus companheiros na prisão. As Mariposas foram levadas à força para uma plantação de cana-de-açúcar, aonde foram apunhaladas e estranguladas, foi em 1960. 

O ditador acreditava que com isso a sua oposição iria se enfraquecer, mas a morte das Mariposas iniciou um processo de revolta e despertar de consciência da população dominicana, culminando no assassinato de Trujillo em maio de 1961.

A morte das irmãs, ao invés de abrir caminho ao ditador, despertou no povo o mesmo sentimento de combatividade pela devolução da liberdade e dignidade social. Em homenagem às Las Mariposas é que se comemora hoje, 25 de Novembro, o Dia Internacional da Não Violência contra mulher.

As campanhas de fim de ano que focam na violência contra a mulher costumam seguir os “16 dias de Ativismo”, que compreende as seguintes datas: 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra), 25 de novembro (Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres), 1º de dezembro (Dia Mundial de Combate à Aids), 6 de dezembro (Campanha do Laço Branco – Homens Pelo Fim da Violência Contra a Mulher) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).

Canal Portal Brasil - Maria da Penha

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O que está acontecendo na Faixa de Gaza? Guerra ou massacre?


Palestinos rezam durante funeral dos 11 membros da família Al Dullu, 
vítima de bombardeio em sua casa

A atual investida de Israel contra a Faixa de Gaza, denominada de “Pilar Defensivo”, tem como suposto objetivo defender o povo israelense dos mísseis lançados por combatentes do Hamas que atingem o sul do país. Mas será que é apropriado chamar de guerra ou de defesa quando um dos lados é uma superpotência militar e o outro, um grupo político armado sem a organização e a estrutura de Forças Armadas?

É verdade que a organização palestina dispara foguetes contra o território de Israel, mas é preciso analisar a sua verdadeira capacidade militar. Desde que o conflito teve início, na quarta-feira (14/11), três israelenses foram mortos pelos mísseis, enquanto pelo menos 95 palestinos perderam suas vidas e centenas ficaram feridos. Ao longo deste ano, nenhum israelense foi vítima dos projéteis e apenas alguns ficaram feridos em comparação a dezenas de palestinos mortos que, em sua vasta maioria, eram civis.

Os projéteis lançados pelos palestinos procedem de diferentes locais e estão longe de integrar o moderno mercado de armas. Enquanto muitos são produtos domésticos, outros são equipamentos da década de 1990. Com alcance de 6 a 25 milhas, esses mísseis não possuem a tecnologia necessária para mirar alvos no território israelense e acabam por atingir, muitas vezes, terrenos inabitados. Além disso, na maior parte dos casos, os militares israelenses conseguem interceptar os foguetes pelo seu avançado sistema de defesa, mantendo uma taxa de 90% de sucesso nos casos. Nos últimos seis dias, cerca de 740 misseis foram lançados e apenas 30 atingiram Israel. 

Além de possuir poucos recursos financeiros, o Hamas encontra grande dificuldade em comprar armas por conta do bloqueio israelense nas fronteiras da Faixa de Gaza. Tudo o que consegue provém de túneis ilegais. O grupo palestino tão pouco possui uma estrutura militar comum às Forças Armadas, com treinamento regular e corpo de oficiais. Seus combatentes não atuam em batalhas, mas sim em ações de guerrilha. 

É este o corpo organizacional que uma das Forças Armadas mais potentes do mundo enfrenta hoje. Com orçamento militar anual ao redor dos US$12 bilhões, Israel recebe ajuda de US$3 bilhões dos Estados Unidos para investir em equipamentos. Jatos de tecnologia militar de última geração bombardeiam a Faixa de Gaza e sistemas de defesa aprimorados derrubam os projeteis. 

Há uma imensa assimetria na capacidade de cada um dos lados de infligir danos e sofrimento devido ao domínio militar total de Israel na região. Esse fato transparece no número desproporcional de mortos e destruição afligida. Até agora, mais de um terço das vítimas palestinas são civis, incluindo crianças e idosos, e o número parece estar apenas aumentando.


       Garoto palestino observa edifício destruído por bombardeio israelense na Cidade de Gaza

Se Israel é tão superior militarmente ao Hamas e em poucos dias já conseguiu destruir grande parte do território palestino, por que realizar uma operação? Se o objetivo das autoridades era atingir o grupo, por que não optar apenas por ações de seu desenvolvido serviço de inteligência contra seus líderes?  

Essas perguntas parecem ingênuas, mas, com certeza, foram consideradas pelo governo e pelos chefes de segurança do país, que escolheram deliberadamente a opção militar. Não podemos nos esquecer da afirmação de Eli Yishai, vice-premiê de Israel, de que o objetivo da operação "é mandar Gaza de volta para a Idade Média". 

Longe de ser uma ruptura com a política israelense para a Faixa de Gaza, a nova investida integra as iniciativas de ocupar e sitiar o território palestino que vão desde o bloqueio econômico e militar à expansão de assentamentos israelenses.

E, para aqueles que não se lembram, essa não é a primeira vez que as Forças Armadas atacam a Faixa de Gaza em uma suposta luta contra o Hamas. Em 2009, as autoridades realizaram a operação “Chumbo Fundido”, que, em apenas 22 dias, deixou 1.434 palestinos mortos, incluindo 1.259 civis. 

Até os dias atuais, os palestinos não conseguiram se recuperar desses ataques pela falta de materiais de construção disponíveis, que permanecem bloqueados por oficiais israelenses nas fronteiras. De acordo com relatório das Nações Unidas de setembro deste ano, apenas 25% dos edifícios danificados na investida foram reconstruídos. 

Analisando os dados da operação, o professor norte-americano Norman Filkenstein conclui que não houve uma guerra, mas sim um massacre contra o povo palestino. Será que o que estamos assistindo nesses últimos dias na Faixa de Gaza não deve receber essa conotação, em vez de “guerra” ou “ação defensiva”?

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Salvador Dalí


Uma grande exposição no Centro Pompidou em Paris fará uma retrospectiva da carreira do célebre artista espanhol Salvador Dalí. Ela acontecerá entre 21 de novembro deste ano e 25 de março de 2013.
É a primeira exposição de Dalí no maior centro de arte moderna da França desde 1979.
Serão exibidas ao público mais de 200 peças, entre instalações, desenhos e pinturas.

Veja:

http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/1188255-centro-pompidou-de-paris-expoe-obras-de-salvador-dali-veja.shtml

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A carne


Museu Virtual de Ouro Preto

Nos últimos anos do séc. XVII, a descoberta do ouro nas regiões das Minas mudou o panorama colonial brasileiro. O povoamento da América portuguesa limitara-se, até então, às áreas litorâneas. A natureza urbana e monetária da mineração, o grande rush, a organização de denso mercado interno, a par do desenvolvimento de atividades econômicas complementares, fortaleceram a interiorização da colonização e construíram os fundamentos da Civilização do Ouro.
A paisagem urbana de Minas colonial sofreu estas contingências. Os povoados surgiram espontaneamente, assumindo forma alongada, à semelhança de passagens, sem obedecer a um projeto previamente estipulado. Não eram comuns cidades planejadas, como Mariana, Diamantina e Vila Boa de Goiás. Muitas vezes, o traçado de uma localidade era definido pela descoberta de minas de ouro ou por necessidades econômicas e geográficas.

Conheça o museu:

Berço dos deuses


Se hoje ficamos impressionados ao contemplar o que sobrou das civilizações pré-colombianas, é difícil imaginar o que os próprios astecas sentiram quando encontraram a monumental Teotihuacán, algumas dezenas de quilômetros a nordeste de sua capital, Tenochtitlan, atual Cidade do México. O local já estava abandonado havia séculos e, para os astecas, Teotihuacán era bem mais que um mero complexo de edifícios gigantescos deixados por um antigo império: era um local místico, talvez o mais importante deles: ali, acreditavam, havia surgido o Quinto Sol, que governava a era em que viviam.

Ninguém sabe como os moradores de Teotihuacán chamavam sua cidade – o nome do sítio arqueológico foi dado pelos astecas, e significa “lugar onde nasceram os deuses”. Fundada por volta do ano 100 a.C., o conjunto chegou a ser a maior cidade das Américas e uma das maiores da Antiguidade, com estimados 125 mil habitantes em seu auge, no século 5.º d.C. Até que, entre os séculos 8.º e 9.º, a população abandonou a área. Há diversas hipóteses para esse colapso, como fome provocada por uma seca, ataques externos, revoltas internas ou uma combinação desses fatores. Hoje, as ruínas da cidade antiga são domi­nadas por turistas, que escalam pirâmides para conhecer mais sobre a arquitetura e o misticismo dos povos antigos.
Daquilo que os teotihuacanos deixaram para trás com a decadência da cidade, muita coisa sobreviveu até a época atual. O passeio pelo sítio arqueológico começa pela Pirâmide da Serpente Emplumada, a única que os visitantes não podem subir. Com relevos dos deuses Quetzalcoatl (a “serpente emplumada”) e Tlaloc (deus da chuva), a construção domina a área da Cidadela, onde morava a elite da cidade. A partir dali, só existe um caminho: seguir Avenida dos Mortos acima.
A pouco mais de um quilômetro da Cidadela está a Pirâmide do Sol, construída entre os anos 1 e 150 d.C. O maior edifício de Teotihuacán, com 63,5 metros de altura, pode ser escalado até o topo, com áreas de descanso entre séries de degraus – a subida parece ser a atividade preferida de todo visitante do sítio arqueológico. Perto da pirâmide existe um museu, em um prédio moderno, com artefatos que ajudam a reconstituir o que se sabe sobre o cotidiano dos teotihuacanos.
A segunda metade da Avenida dos Mortos é dominada pelas construções em forma de talud-tablero (estilo arquitetônico que combina plataformas superpostas com painéis na diagonal, às vezes com escadarias), que vão margeando a rua e motivaram seu nome: os astecas julgavam, erroneamente, que havia pessoas enterradas sob as estruturas – hoje sabe-se que as construções eram usadas como templos. No fim da avenida está a Pirâmide da Lua, que pode ser escalada até uma plataforma de onde se tem uma vista privilegiada da Avenida dos Mortos, da Pirâmide do Sol e da Praça da Lua.
A oeste da Pirâmide da Lua está um labirinto de salas que forma três palácios: o de Quetzalpapalotl (“mariposa emplumada”), o dos Jaguares e o do Caracol Emplumado. O complexo guarda uma série de murais que conservaram um pouco de sua cor original e relevos em pedra, que também já foram coloridos no passado. Jaguares, aves, caracóis e outros seres mitológicos habitam as paredes, revelando pistas sobre a riqueza artística de uma civilização que serviu de inspiração para muitos outros povos no México.
Disponível em:
http://www.gazetadopovo.com.br/turismo/conteudo.phtml?tl=1&id=1316086&tit=Berco-dos-deuses

Is This Love



Isto É Amor?

Eu quero te amar e te tratar bem
Eu quero te amar todos os dias e todas as noites
Nós estaremos juntos com um telhado bem acima das nossas cabeças
Nós dividiremos o aconchego da minha cama de solteiro
Nós dividiremos o mesmo quarto, yeah, oh Jah garanta o pão
Isto é amor, isto é amor, isto é amor
Isto é amor que eu estou sentindo?
Isto é amor, isto é amor, isto é amor
Isto é amor que eu estou sentindo?
Eu quero saber, quero saber, quero saber agora
Tenho que saber, tenho que saber, tenho que saber agora
Eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu estou pronto e capaz.
Então eu jogo minhas cartas na sua mesa
Eu quero te amar, eu quero te amar e te tratar, te amar e te tratar bem
Eu quero te amar todos os dias e todas as noites
Nós estaremos juntos yeah, com um telhado bem acima das nossas cabeças
Nós dividiremos o aconchego yeah, oh yeah, da minha cama de solteiro
Nós dividiremos o mesmo quarto yeah, oh Jah garanta o pão
Isto é amor, isto é amor, isto é amor
Isto é amor que eu estou sentindo?
Isto é amor, isto é amor, isto é amor
Isto é amor que eu estou sentindo?
wo-o-o-oah!
Oh sim eu sei, sim eu sei, sim eu sei agora
Oh sim eu sei, sim eu sei, sim eu sei agora
Eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu estou pronto e esperando
Então eu jogo minhas cartas na sua mesa
Veja eu quero te amar, eu quero te amar e te tratar, te amar e te tratar bem
Eu quero te amar todos os dias e todas as noites
Nós estaremos juntos com um telhado bem acima das nossas cabeças
Nós dividiremos o aconchego da minha cama de solteiro
Nós dividiremos o mesmo quarto yeah, oh Jah garanta o pão
Nós dividiremos o aconchego da minha cama de solteiro

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Macumba





                                                            Disponível no Facebook

Quilombolas de Guarapuava

Guarapuava teve uma das primeiras comunidades quilombolas do Estado do Paraná:

http://g1.globo.com/videos/parana/paranatv-1edicao/t/guarapuava/v/guarapuava-teve-uma-das-primeiras-comunidades-quilombolas-do-parana/2251371/




Dia da Consciência Negra


Grupo acha primeiras lanças do mundo


Vestígios encontrados num sítio arqueológico sul-africano indicam que, 500 mil anos atrás, ancestrais do homem já tinham desenvolvido a tecnologia arquetípica dos caçadores pré-históricos -lanças com pontas de pedra.
Ou seja, nessa época remota, a ideia aparentemente simples de unir um pedaço de pedra trabalhado a um cabo de madeira já tinha emergido, o que significou o primeiro passo para formas revolucionárias de hardware: machados, martelos e enxadas (essas bem mais tarde), por exemplo.
A descoberta está descrita na edição de hoje da revista especializada "Science", em artigo cuja autora principal é Jayne Wilkins, da Universidade de Toronto (Canadá).


Além da análise detalhada dos artefatos originais, Wilkins e companhia fizeram até um pouco de arqueologia experimental. Criaram réplicas das pontas de pedra para ver se elas davam mesmo boas extremidades de lança, o que de fato parece ocorrer.

Da mão ao cabo
A sacada de adicionar um cabo à pedra trabalhada pode parecer óbvia, mas demorou um tempo surpreendentemente longo para iluminar a caixa craniana dos hominídeos, como é conhecida a linhagem humana (dos ancestrais mais remotos até hoje).
Embora os primeiros exemplares de ferramentas de pedra -basicamente seixos com pontas afiadas- tenham surgido há mais de 2 milhões de anos, por muito tempo elas parecem ter sido usadas com as mãos nuas.
Eram coisas como raspadores, perfuradores e os chamados machados de mão (que provavelmente não cortavam árvore nenhuma, apesar do nome).
Acredita-se que esses hominídeos mais primitivos dependessem relativamente pouco da caça. Sua principal fonte de proteína e gordura animal teriam sido carcaças de grandes mamíferos abatidos por predadores do topo da cadeia alimentar, como leões e dentes-de-sabre.
Antes da descoberta na África do Sul, uma das pistas mais antigas do momento em que os hominídeos passaram a assumir um papel mais ativo na busca por grandes presas tinha 400 mil anos -lanças inteiramente de madeira achadas na Alemanha.
Wilkins e seus colegas acharam as mais de 200 pontas de lança, com tamanho médio de 7 cm no sítio arqueológico de Kathu Pan 1, no interior da África do Sul. A primeira suspeita sobre o uso dos artefatos veio do padrão de fragmentação nas extremidades deles, que sugeria a trombada contra um alvo.

Encaixe
Dois outros indícios sugeriam o uso em lanças. O mais crucial era a remoção de lascas de pedra no local onde, teoricamente, o cabo ficaria -provavelmente para facilitar a fixação da madeira.
Além disso, sabe-se que instrumentos de pedra que são usados para cortar coisas, e não para perfurá-las, apresentam um padrão típico de desgaste quando são usados por muito tempo.
Eles vão ficando menos e menos simétricos conforme vão sendo afiados -um lado fica maior que o outro, em resumo. E esse tipo de assimetria não foi identificado nas prováveis pontas de lança.
O último teste, desta vez experimental, envolveu colocar pequenos cabos em réplicas das pontas de pedra, presos a elas com resina de acácia (árvore comum na savana africana) e tendão de animais, uma técnica provavelmente próxima da que estava sendo usada no passado.
Essas pontas foram acopladas a bestas (a arma de origem medieval, da "família" dos arcos, disparada com um gatilho), que permitiam regular com precisão a força do golpe. E se mostraram capazes de penetrar com eficiência carcaças de gazela, sofrendo poucos danos.
A aposta dos cientistas, a julgar pela idade dos vestígios, é que seus criadores tenham sido da espécie Homo heidelbergensis. Eram hominídeos de cérebro já avantajado, considerados os ancestrais tanto do Homo sapiens quanto dos neandertais.

Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1186264-grupo-acha-primeiras-lancas-do-mundo.shtml