A triste história por trás da data 18
de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes.
O dia de 18 de maio, infelizmente, foi
baseado numa história que chocou a sociedade brasileira durante as décadas de
70 até 90 (quando se deu o fim definitivo do caso, em 1991).
Foi um dos casos mais violentos e
delicados que o estado do Espírito Santo conheceu, mas que trouxe e ainda traz um alerta ao Brasil.
Há
exatamente 40 anos, Araceli Cabrera Crespo, uma menina de 8 anos, saia mais
cedo da escola a pedido de sua mãe; dirigiu-se ao ponto mais próximo e seguiu
em direção ao centro de Vitória, como fora pedido no bilhete deixado na escola
com a assinatura de Dona Lola Sanchéz.
Após esse dia, Araceli nunca mais foi vista
com vida. Passado um tempo sem ter notícias da filha e
preocupado pelo fato da menina não ter voltado para casa, Gabriel Crespo, o
pai, entrou no carro da família e seguiu à procura da criança, porém sem
sucesso. Por 6 dias ninguém teve qualquer notícia sobre o paradeiro de Araceli,
até que dia 24 de maio, enquanto caçava passarinhos num terreno baldio atrás do
Hospital Infantil de Vitória (Hospital Jesus Menino), um menino encontrou os
restos de uma criança.
A partir
daí começava a surgir a história bizarra que envolvia famílias ricas, drogas,
estupros e torturas.
Durante
muito tempo, o corpo encontrado no terreno foi deixado intocado na gaveta do
Instituto Médico Legal (IML), pois ninguém tinha coragem de investigar o caso
que envolvia as famílias mais poderosas do Espírito Santo; dentre elas, estavam
os Michelini e os Helal, ambas com ligações no governo (político e jurídico) e
conhecidas por usarem drogas e violentar meninas.
Quem se
atreveu a dar continuidade ao caso foi eliminado; foram 14 testemunhas mortas.
A mãe da menina também foi apontada como suspeita, pois Lola Sanchéz, de
nacionalidade boliviana, era a ligação do tráfico de drogas entre a Bolívia e o
Brasil, e teria usado a própria filha como "mula" ao pedir à garota
que entregasse um pacote a Jorge Michelini, um dos suspeitos de morte da
criança.
Ao chegar
onde deveria ser entregue o envelope, a menina foi drogada, estuprada, mutilada
e seu corpo recebeu uma dose de ácido para dificultar a identificação. Os três
suspeitos do crime, Jorge Michelini, Dante Michelini Júnior e Paulo Helal nunca
foram condenados.
O corpo de
Araceli só foi enterrado 3 anos depois de seu assassinato e a data 18 de maio,
dia em que desapareceu, foi escolhida para celebrar o Dia Nacional de Combate
ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, visando conscientizar
a sociedade e as autoridades sobre a gravidade dos crimes de violência sexual
cometidos contra menores.
Texto de Talita Lopes Cavalcante
Administração imagens
Históricas.
Sugestão de Patricia
Hamilton.
Fontes:
AMORIM, Ana Paula.
"1973 - Araceli, vítima da crueldade". Jornal do Brasil. 18 de maio
de 2008.
<http://www.jblog.com.br/ hojenahistoria.php?itemid=8 524>
- Comite Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
<http:// www.comitenacional.org.br/ o-que-e-18-maio-000.php>
<http://www.jblog.com.br/
- Comite Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
<http://
o abuso e a exploracao sexual contra criancas e adolescentes e uma monstruosidade sem tamanho..eu sou a favor da pena de morte no brasil,pois eu tenho certeza que se existisse pena de morte no brasil,nao teriamos tanta violencia.
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