quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Britânicos dizem estar perto de traduzir escrita mais antiga ainda não decifrada




A luta de estudiosos para desvendar segredos de cinco mil anos guardados na escrita mais antiga do mundo ainda não decifrada pode estar chegando ao fim.
Um projeto internacional de pesquisa, liderado pela Oxford University, na Inglaterra, já lança luz sobre uma sociedade perdida que viveu na Idade do Bronze, no Oriente Médio, cujos trabalhadores escravos viviam com rações mínimas de alimento, à beira de morrer de fome.
"Acho que estamos finalmente a ponto de romper a barreira", disse Jacob Dahl, acadêmico do Wolfson College da Oxford University e diretor do Ancient World Research Cluster.
A escrita usada por essa civilização é chamada de proto-Elamita e foi usada entre 3200 AC e 2900 AC em uma região que corresponde hoje ao sudoeste do Irã.
A arma secreta de Dahl para decifrar o código é um aparelho capaz de ver a escrita com uma clareza nunca conseguida antes.
A máquina tem forma de uma abóbada e emite flashes de luz sobre objetos que contêm amostras da escrita.
Os flashes fazem parte de um sistema computadorizado que usa uma combinação de 76 tipos de luzes para captar cada pequena ranhura ou sulco na superfície dos objetos.
Assim, os cientistas conseguem produzir uma imagem virtual que pode ser vista de todos os ângulos possíveis.
A análise está sendo feita no museu Louvre, em Paris, onde está a maior coleção de amostras desse tipo de escrita do mundo.

ESFORÇO COLETIVO

Dahl e sua equipe pretendem disponibilizar as imagens pela internet. O objetivo é que o público e outros acadêmicos ajudem na decodificação dos textos.
"Estamos enganados quando achamos que quebrar um código tem a ver com um gênio solitário que de repente entende o significado de uma palavra. O que funciona com mais frequência é o trabalho paciente de uma equipe e o compartilhamento de teorias. Colocar as imagens na internet deve acelerar esse processo."
Até agora, Dahl já decifrou 1.200 sinais mas disse que, depois de mais de dez anos de estudos, muito ainda se desconhece - mesmo palavras básicas como vaca ou gado.
"É um território desconhecido da história da humanidade", ele disse.

ESCRITA ADULTERADA

Mas por que essa escrita seria tão difícil de interpretar?
Dahl acha que sabe, em parte, a resposta. Ele descobriu que os textos originais parecem conter muitos erros - e isso dificulta o trabalho de encontrar padrões consistentes.
Ele diz acreditar que isso se deva à ausência de estudo e aprendizado naquela sociedade. Os estudiosos não encontraram evidências de listas de símbolos ou exercícios para que os escribas aprendessem a preservar a precisão da escrita.
Isso teve conseqüências fatais para o sistema de escrita, que foi sendo adulterado e depois desapareceu após apenas 200 anos.
"A falta de uma tradição de estudos significou que muitos erros foram cometidos e o sistema de escrita pode ter se tornado inútil", disse Dahl.
O que dificulta ainda mais a decodificação é o fato de que esse é um estilo de escrita diferente de qualquer outro daquele período.
Além disso, não foram encontrados textos bilíngues - recurso que auxiliaria muito o trabalho dos pesquisadores.
Segundo Dahl, a escrita proto-Elamita foi elaborada a partir de uma língua da Mesopotâmia que foi alterada.

VIDA DURA

As placas usadas para o registro dos símbolos da escrita revelam detalhes íntimos dos escribas: algumas trazem as marcas das unhas dos autores.
Os pequenos símbolos e desenhos, gravados no barro de forma ordeira e cuidadosa, são claramente o produto de uma mente inteligente.
Embora ainda envoltos em mistério, os textos permitem que vislumbremos um pouco da realidade vivida por esse povo.
Segundo Dahl, os textos incluem um sistema de numeração, o que indica que muitas das informações contidas nas placas são de natureza contábil.
A sociedade era agrícola e bastante simples. Havia uma camada de líderes, figuras poderosas de nível médio e trabalhadores - que eram tratados como se fossem "gado com nomes".
Os líderes tinham nomes que refletiam seu status - o equivalente a alguém ser chamado de "Senhor Cem" para indicar o número de pessoas que estavam abaixo dele.
Dahl disse que é possível saber qual era a dieta dos trabalhadores: cevada, possivelmente triturada para formar um mingau e cerveja fraca. A quantidade de alimento que eles recebiam ficava pouco acima do limite da sobrevivência.
Aqueles de status mais elevado comiam iogurte, queijo e mel. Eles também criavam cabras, carneiros e bois. "Sua expectativa de vida pode ter sido tão longa como a de hoje", disse Dahl.
Dahl tem esperanças de que, com apoio suficiente, os segredos dessa última grande escrita, remanescente dos primórdios da nossa civilização, poderão ser finalmente desvendados.

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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Símbolo do Rio de Janeiro completa 100 anos

O projeto era ousado. Construir um caminho aéreo entre os dois morros da enseada da Baía de Guanabara. O ano, 1908. Quatro anos depois, o primeiro trecho, ligando a Praia Vermelha ao Morro da Urca, foi inaugurado. O bondinho comportava 22 passageiros, era de madeira e sustentado por apenas um cabo de aço. O segundo trecho do percurso, que ligaria o morro do Pão de Açúcar, entrou em operação no ano seguinte. Até então só existiam dois teleféricos no mundo: o do Monte Ulia, na Espanha (com 280 metros de extensão), e o de Wetterhorn, na Suíça (com 560 metros). Nada que se comparasse, portanto, ao Pão de Açúcar, cujas duas linhas somam 1 263 metros. “Como não havia helicópteros, a construção utilizou equipes de alpinistas especialmente treinados, que levavam as peças nas costas, em escaladas perigosas”, diz Giuseppe Pellegrini, diretor técnico da empresa que administra os bondinhos.


No próximo dia 27 de outubro, um dos cartões-postais mais famosos do Rio, e do Brasil, completa 100 anos. O idealizador do bondinho foi o engenheiro Augusto Ferreira Ramos, que buscava uma ideia para alavancar o turismo na cidade. Ao conseguir capital e apoio do governo, ele fundou a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, a mesma que administra o local até hoje. No ano passado, o bondinho contabilizou recorde de viagens. Foram 77.441 percursos nos dois bondinhos. 

Contestado também teve fornos de extermínio


Foi com grimpa de araucária e nó-de-pinho que o fogo dos crematórios da Guerra do Contestado esteve aceso a todo vapor. A partir das extremidades de um buraco feito no chão de terra era erguido um muro de taipa e de pedra de mais ou menos um metro que funcionava como forno para queimar corpos humanos. Ali eram jogadas não apenas as maiores vítimas da batalha que completa 100 anos em 2012, os caboclos, mas também os militares que morreram na chamada Guerra Santa (1912-1916). Esses fornos logicamente não chegaram a queimar em igual quantidade aos usados pelo Holocausto, mas tinham também a missão de mascarar a matança e evitar a putrefação dos corpos nos campos da região.
Quem descobriu esses cre­matórios foi o geógrafo e  professor da Universidade Estadual de Londrina Nilson César Fraga, em 2000, durante uma expedição exploratória, com seus alunos, na região dos antigos enfrentamentos entre a população cabocla e as forças militares do poder estadual e federal brasileiro, travados em áreas disputadas pelos estados do Paraná e de Santa Catarina. “Não sabíamos dessas coisas tão violentas naquele território”, afirma.
Os crematórios, pelo menos 12, ainda existem nas terras do Contestado, segundo o geógrafo, e estão em propriedades privadas sem a devida conservação e manutenção. É impossível quantificar os cremados nesses fornos, até porque o número de mortes na batalha não é algo pacificado entre pesquisadores: dizem que foram de 10 a 20 mil, mas o número poderia chegar a 30 mil. Fraga explica que a maior parte dos crematórios se encontra na cidade de Lebon Régis (SC), numa localidade chamada Perdizinha, para onde a população cabocla avançava nos meses finais do conflito. Mas há outros também perto de Porto União (SC) e União da Vitória (PR).
Centenário
No dia 22 de outubro deste ano se recorda o centenário do início da guerra do Contestado: foi nessa data que o coronel João Gualberto e o monge José Maria foram mortos na Batalha de Irani. O início da guerra, porém, assim como vários fatores que envolvem o conflito, não são questões bem definidas. O historiador Everton Carlos Crema, professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná (Fafi), explica que já havia conflitos de terra na região antes de 1912. Há ainda outros historiadores que definem o início da guerra apenas com a formação do ajuntamento dos devotos do monge, em Taquaruçu, em 1913.
Turmeiros
É justamente no clima de 100 anos da guerra que diversos historiadores têm se debruçado sobre o assunto para desvendar questões pontuais. Por causa dos relatórios deixados pelo coronel Setembrino de Carvalho, nomeado pelo governo federal, acreditava-se que quem havia construído a estrada de ferro na região seria bandido e que esses “bandidos”, como descreve Setembrino, eram responsáveis por encabeçar o movimento dos caboclos.
“Colocava-se ainda que esses turmeiros teriam vindo do centro do Brasil. Na minha pesquisa de doutorado, pude perceber que não era bem isso”, afirma Márcia Janete Espig, autora do livro Personagens do Contestado: os turmeiros da estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande. Márcia conseguiu documentos que comprovam que quase todos os turmeiros (quase 10 mil) deixaram a região antes mesmo de a guerra começar, conforme terminavam os trabalhos.
Quem perdeu foi o PR, não os donos de terra
O Paraná saiu perdedor na Guerra do Contestado porque teve de abrir mão de uma grande área de terras para Santa Catarina (todo o oeste catarinense). O acordo da delimitação territorial foi assinado no fim do conflito, em 1916, a pedido do presidente Venceslau Brás. A nova delimitação dividiu ao meio alguns territórios, dando origem a cidades diferentes, como União da Vitória (PR) x Porto União (SC) e Rio Negro (PR) x Mafra (SC).
Entretanto, apesar de o Paraná ter sido derrotado no acordo, os fazendeiros paranaenses não perderam nenhum pedaço de terra. No acordo do limite, uma cláusula dizia que, mesmo nos territórios que estivessem sob nova jurisdição (a catarinense), se houvesse dúvidas sobre a propriedade da terra, valeria o título que estivesse em cartório paranaense, explica o historiador Paulo Pinheiro Machado, autor de livros sobre a guerra, entre eles Lideranças do Contestado: a formação das chefias caboclas.
Já os caboclos foram certamente os mais prejudicados, porque, além de terem perdido a guerra física (no final estavam esgotados e morrendo de fome por causa do cerco feito pela Guarda Nacional), foram escorraçados de suas terras e tiveram ou de ir para regiões mais distantes (montanhas e lugares de terras inférteis) ou voltaram para as fazendas, mas sob a condição de peões. Poucos conseguiram voltar para seus próprios sítios.
Lei
Vale lembrar que o Brasil tinha uma lei de terras de 1850, mas ela beneficiava o acesso à propriedade apenas por compra, herança ou doação, o que quer dizer que os incentivos que existiam no Brasil (de que quem cultivasse a terra seria o proprietário dela) não valiam no papel, porque os caboclos, por exemplo, tomaram posse das terras do Contestado e as cultivaram, mas não conseguiram ter a titularidade das propriedades.
“É óbvio que as terras tinham donos. Eram dos caboclos, dos grupos miscigenados que viviam na região. Mas como eles teriam condições de pagar um agrimensor para fazer a legitimização da terra? Além disso, eram os coronéis da região que determinavam quem seria o pároco, o delegado e o cartorário. Ou seja, o cartorário não iria beneficiar os caboclos”, explica o historiador Everton Crema.
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Estudo vislumbra primeiro planeta "brasileiro"





Um grande estudo liderado por um pesquisador da Universidade de São Paulo está muito perto de encontrar os primeiros planetas "brasileiros" fora do Sistema Solar.
Jorge Meléndez, do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas), chefia o grupo internacional responsável pelo trabalho, que tem por objetivo decifrar como surgem as diversas arquiteturas possíveis para um sistema planetário.
Para tanto, ele obteve 88 noites de observação no telescópio de 3,6 m do ESO (Observatório Europeu do Sul) em La Silla, Chile.
É lá que está o espectrógrafo Harps, festejado na semana passada pela descoberta de um mundo do tamanho da Terra em Alfa Centauri B. Ele mede variações na luz vinda das estrelas, causadas por um bamboleio sutil que é sintoma da influência gravitacional de planetas por perto.
As 88 noites estão distribuídas ao longo de cinco anos (de 2011 até 2015), mas resultados parciais foram apresentados durante a 37ª Reunião Anual da SAB (Sociedade Astronômica Brasileira).
E já se pode falar algo dos possíveis primeiros planetas descobertos por uma pesquisanacional, embora não se possa ainda cravar o achado (é costume dos caçadores de planetas só fazer um anúncio quando uma órbita completa é observada).
Por ora, já se viu sinais de um candidato a "Saturno quente" (um planeta do porte de Saturno, mas muito próximo de sua estrela) e de outro similar a Júpiter.

QUÍMICA ESTELAR
O que chamou a atenção do ESO para a aprovação do projeto brasileiro não foi tanto a perspectiva de encontrar planetas, mas a possibilidade de desvendar uma possível relação entre a composição química da estrela e seu sistema de planetas.
Meléndez e seus colegas concentram seus esforços nas chamadas "gêmeas solares", estrelas que têm basicamente os mesmos parâmetros do Sol. No entanto, a metalicidade (teor de metais) desses astros varia levemente.
Os pesquisadores acreditam que exista uma relação entre a presença menor de metais na estrela e a formação de planetas do tipo rochoso, como a Terra, nas regiões mais internas do sistema.
Nesse contexto, o astro mais interessante dentre as 70 gêmeas solares que estão sendo observadas tende a ser uma estrela batizada de HIP 56948. Ela é praticamente idêntica ao Sol, inclusive em metalicidade.
E o que os astrônomos viram nela, até agora, é exatamente nada, o que na verdade é uma grande notícia."Isso significa que, ao menos perto da estrela, o sistema está livre de planetas gigantes. É interessante, porque permitiria a existência de planetas rochosos nessas regiões."
           Caso a relação entre a metalicidade e a configuração dos sistemas planetários seja real, será uma revolução na busca por planetas extrassolares, facilitando achar "gêmeas idênticas" da Terra.

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Austrália


          Um épico romântico de ação e aventura, que se passa na Austrália no período pré-Segunda Guerra Mundial, o filme conta a história de uma aristocrata inglesa (NICOLE KIDMAN) que viaja a esse continente longínquo, onde conhece um australiano rude (HUGN JACMAN).
          Apesar de hesitante, ela concorda em unir forças a ele para salvar a propriedade que herdou. Juntos, eles embarcam numa jornada transformadora, atravessando quilômetros e quilômetros de um dos terrenos mais belos e ao mesmo tempo inóspitos do mundo, e acabam tendo de enfrentar o bombardeio da cidade de Darwin pelos japoneses que haviam atacado Pearl Harbor.

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Veja o trailer:










segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Lista de primatas ameaçados tem duas espécies do Brasil


Um relatório divulgado ontem traz uma lista com as 25 espécies de primatas mais ameaçadas de extinção no mundo e que precisam de uma ação global de proteção.
A sétima edição do documento, que é divulgado a cada dois anos, foi feito por cinco entidades, incluindo a International Union for Conservation of Nature e a Bristol Conservation and Science Foundation.
Seis das 25 espécies são de Madagáscar, cinco são de outros países da África, nove da Ásia e outros cinco da América do Sul, incluindo as duas do Brasil.
O país aparece na lista com o bugio-marrom (Alouatta guariba guariba), primata da mata atlântica com cerca de 75 cm  de comprimento, pelos na face semelhantes a uma barba e uma longa cauda.
Outro representante brasileiro é o macaco-caiarara (Cebus kaapori), de coloração marrom acinzentada.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, há três unidades de conservação do macaco no Pará e no Maranhão.
Entre as espécies em situação mais grave está o lêmur-desportista-do-norte --são apenas 19 exemplares em Madagáscar. Mais da metade dos 633 tipos de primatas do mundo podem se tornar extintos como resultado da ação humana, que inclui queimadas, caça e comércio ilegal.

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Exposição reúne 40 quadros pintados por astros da música


          A exposição "The Art of Hard Rock" chega a Madri com 40 pinturas feitas por músicos como Ringo Starr, Paul Stanley, Ron Wood e Michael Jackson, que mostram uma outra faceta destes artistas.
         Entre as obras que se destacam está um auto-retrato pintado por Michael Jackson em 1988, após uma de suas operações no nariz. Nele, o rei do pop se desenhou de frente, tapando seu rosto com seus característicos chapéu e luva branca.
          Em seu percurso pela Europa, a exposição já visitou Munique, Praga, Berlim, Colônia, Londres e Barcelona, e posteriormente viajará a Lisboa e Nova York.
A mostra está aberta ao público até 4 de novembro no Hard Rock Café de Madri. A entrada é gratuita.


sábado, 20 de outubro de 2012

A origem da encrenca...


Por Rainer Sousa

Quando nos metemos em algum tipo de infortúnio são várias as palavras utilizadas para expressar o nosso desespero ou infelicidade. Muitas vezes, o desejo de exteriorizar a infelicidade causada pela situação, nos leva a utilizar muitas palavras que nem imaginamos a sua origem e significado. Talvez esse seja o caso da palavra “encrenca”, que de tão corrente em nosso vocabulário cotidiano, acabou até mesmo se transformando em verbo.

Para recuperar a história desse termo, temos que nos deslocar para o Brasil na passagem dos séculos XIX e XX. Nesse período, os portos brasileiros receberam um grande numero de europeus que fugiam das conturbações causadas pelo fim do Antigo Regime e as crises econômicas do próprio sistema capitalista. Vale lembrar que vários imigrantes chegaram até aqui com a esperança de enriquecer trabalhando nas crescentes lavouras de café.

Nesse contexto de transformação e instabilidade, vemos que muitas famílias de judeus pobres da Europa ainda sofriam com as primeiras ondas antissemitas. Em alguns casos, essas famílias entregavam as suas filhas para agenciadores que lhes prometiam arranjar um bom casamento com um rico comerciante que prosperava em terras americanas. Tomados pelo desespero, muitos chefes de família acabavam deixando se levar por essas enganosas promessas.

Em muitos casos, já durante a viagem, essas jovens descobriam que estavam sendo contrabandeadas como escravas sexuais em diferentes cidades do continente americano. Chegando ao Brasil, essas prostitutas judias ficaram conhecidas como “polacas” e, mediante à sua recorrência, integraram a vida e o imaginário de vários bairros que compunham a vida noturna carioca e paulista.
Naturalmente, essas mulheres sofreram uma enorme discriminação por conta da posição marginalizada que ocupavam na sociedade da época. Tanto as autoridades oficiais, como as comunidades judaicas do Brasil reservavam um grande silêncio sobre a situação dessas mulheres. Contudo, essas prostitutas buscaram vínculos de solidariedade que pudessem lhes oferecer algum tipo de garantia.

Em muitos casos, essas prostitutas utilizavam o iídiche – língua bastante utilizada pelos judeus da Europa Central e Oriental – para darem recados entre si. Durante o seu trabalho, ao suspeitarem de que um cliente portava algum tipo de doença venérea, elas chamavam o sujeito de “ein krenke”. Na língua iídiche, o termo era comumente utilizado para definir a ideia de “doença”. Naturalmente, a popularização do termo acabou ficando abrasileirada para a nossa conhecida “encrenca”.

http://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/a-origem-da-encrenca.htm

Vida de cão


Mesmo com a grande quantidade de animais domésticos no Brasil, bois, ovelhas e porcos estão ameaçados de extinção. Essas espécies vieram com os primeiros colonizadores europeus e, com o tempo, adquiriram características que lhes permitiram a adaptação ao novo ambiente.

           A partir do século XIX, algumas raças selecionadas foram trazidas, e os “vira-latas” que tínhamos por aqui acabaram esquecidos. Antes que todos desaparecessem, os pesquisadores da Embrapa – Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cernagem) resolveram salvar raças de sete espécies, que incluem búfalos, cavalos, jumentos e cabras. Este ano, começaram também as pesquisas com galinhas caipiras.

       O trabalho é elogiável, mas tem objetivos comerciais: aproveitar os genes desses animais para aprimorar características de outros. “Eles passaram por 500 anos de seleção natural. O cavalo pantaneiro, por exemplo, é o único que aguentava viajar pelo Pantanal porque tem o casco mais resistente”,  explica Arthur Mariante, coordenador do programa.

          Enquanto buscam exemplares desses animais, os pesquisadores acabam topando com alguns ainda desconhecidos, como o cavalo baixadeiro, no Maranhão. Mas a tarefa é tão difícil quanto encontrar agulha em palheiro, porque essas raças da época do início da colonização têm população pequena e estão espalhadas por todo o país.

Disponível em: Revista de História da Biblioteca Nacional – Ano 6, no. 63, dezembro de 2010, pg. 12

sábado, 13 de outubro de 2012

América





O 'Descobrimento' da América, até os dias atuais, foi o maior genocídio de seres humanos existente no planeta terra. Salvamos a europa 'cristã-civilizada' de sucumbir de fome e miséria nas 'trevas medievais'. Salvamos um continente com o sangue de nossos ancestrais ameríndi@s, escravizad@s, violad@s, assassinad@s.. e continuamos ,e.o., a salvar a europa já desenvolvida e rica, com nossas riquezas e/ou recursos naturais, com a exploração de nossa mão de obra barata,.. é o 'nosso sangue e suor ainda correndo para saciar a fome de seu kapital'...Mas cuidado $enhore$!

A história tem seu revés! Nossas 'veias podem parecerem ainda abertas', mas nossa gente é de 'carne-dura', resistente, combatente e jamais se renderão! Por uma América (latina-caribeña) Integrada & Solidária! Por Alda Cotta,historiadora e ativista política#

Disponível no Facebook de Celso Amorim

MÚSICAS INFANTIS...

BALÃO MÁGICO



AQUARELA



ARCA DE NOÉ


TREM DA ALEGRIA



A história do dia das Crianças


O Dia das Crianças é uma data comemorada em diferentes países. De acordo com a história e o significado da comemoração, cada país escolhe uma determinada data e certos tipos de celebração para lembrar de seus menores.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) convencionou o dia 20 de novembro para se comemorar o dia das crianças.  A escolha desta data se deu porque nesse mesmo dia, no ano de 1959, o UNICEF oficializou a Declaração dos Direitos da Criança. Nesse documento, se estabeleceu uma série de direitos válidos a todas as crianças do mundo como alimentação, amor e educação.

No caso brasileiro, a tentativa de se padronizar uma data para as crianças aconteceu algumas décadas antes.  Em 1923, a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, sediou o 3º Congresso Sul-Americano da Criança.

Em 1924, aproveitando a recente realização do evento, o deputado federal Galdino do Valle Filho elaborou o projeto de lei que estabelecia essa nova data comemorativa. No dia 5 de novembro de 1924, o decreto nº 4867, instituiu 12 de outubro como data oficial para comemoração do Dia das Crianças. Por quase quatro décadas, entretanto, a data passou meio desapercebida, como tantas outras comemorações propostas pelo Legislativo. 

A situação mudou a partir de 1960, quando a empresa Johnson&Johnson e a fábrica de brinquedos Estrela se associaram para lançar a promoção "Semana do Bebê Robusto", aproveitando a comemoração já existente para alavancar a venda de produtos para crianças.

A iniciativa foi um sucesso. Outros varejistas aproveitaram a onda e a ação, rebatizada nos anos seguintes de "Semana da Criança", se tornou uma das principais datas comerciais do calendário brasileiro. 

Os bons resultados do comércio fizeram com que esse mesmo grupo de empresários revitalizassem a comemoração do “12 de outubro” criado pelo deputado Galdino. Dessa forma, o Dia das Crianças passou a incorporar o calendário de datas comemorativas do país.

Por que falar deste assunto no Dia das Crianças? Porque são em datas como esta que o comércio tenta nos pegar pelo pé. Afinal, quem não gosta de presentear aqueles que ama? E qual o problema de dar um presente para as crianças?

Não há problema nenhum em dar um presente para seu filho! Mas vamos pensar no papel do presente em um dia como esse? A criança não precisa do maior e mais caro brinquedo da loja (aquele que você vai pagar parcelado até o próximo dia das crianças) para ficar mais feliz. Assim como não precisa do maior ovo de páscoa ou ganhar montes de presentes no Natal… A criança precisa da família. Que você se sente no chão da sala e brinque com ela e o novo brinquedo. Ela precisa passear no parque ao ar livre e aprender a fazer um castelo de areia. Mas isso não dá lucro a ninguém: só ao seu filho!



terça-feira, 9 de outubro de 2012

CHE !


Che Guevara (1928-1967) foi um guerrilheiro argentino. Foi um dos principais líderes da Revolução Cubana. Percorreu de moto quase toda a América Latina. Presenciou na Guatemala, a queda do ditador Jacob Arbenz. Conheceu Fidel e Raul Castro no México e integrou-se ao Movimento Nacionalista Revolucionário. Acreditava na construção do Socialismo. Na Bolívia, organizou um grupo guerrilheiro, com o objetivo de unificar o regime político da América Latina.
Che Guevara (1928-1967) nasceu em Rosário, Argentina, no dia 14 de junho. Filho de Ernesto Guevara y Lynch e de Celia de la Serna y Llosa. De família rica, estudou medicina na Universidade de Buenos Aires, concluindo o curso em 1953. Participou das lutas em oposição a Juan Domingos Perón. Fez várias viagens de moto por províncias argentinas e por vários países da América Latina.
Em 1951 iniciou com Alberto Granado, uma viagem de Buenos Aires a Caracas, na moto do amigo. Em 1953 visita a Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica e Guatemala. Essas viagens vieram reforçar seu ideal socialista, diante de tanta desigualdade social. Em dezembro desse mesmo ano, presenciou na Guatemala, a queda do presidente Jacob Ardenz, pelo governo americano.
No México conhece Fidel e Raul Castro, exilados depois do golpe de estado do ex-sargento Fulgêncio Batista, apoiado pelos americanos. Guevara se integra ao Movimento Nacional Revolucionário de Fidel e participa, em 1956, do movimento para derrubada do governo de Fulgêncio. Em janeiro de 1959 após vitórias decisivas Guevara e Camilo Cienfuegos ocupam Havana. No novo governo, Che Guevara participou da reorganização do país, exerceu o cargo de Ministro da Indústria e Comércio e foi Presidente do Banco Central.
Em 1965, foi para o Congo, lutar no movimento guerrilheiro contra a ditadura do General Mobutu. Com o fracasso, seguiu para a Bolívia, onde organizou um grupo guerrilheiro, com o objetivo de unificar os países da América Latina. Durante seis meses, sem o apoio dos camponeses, Guevara e seus comandados vagaram pelas montanhas, até serem descobertos pelo exército boliviano. Ferido em combate, o grande revolucionário foi executado por um soldado, cumprindo ordens do Coronel Zentero Airaya, no dia 09 de outubro de 1967.
Seus restos mortais foram encontrados em 1997, numa vala comum, na cidade de Vallgrande e levados para Cuba. Foi enterrado no Mausoléu Guevara, na cidade de Santa Clara, capital de Villa Clara, a duas horas de Havana.
Seu retrato fotográfico, obra de Alberto Korda, é uma das imagens mais reproduzidas do mundo e um dos ícones do movimento contracultural. Tanto a fotografia original como suas variantes, algumas apenas com o contorno do seu rosto, têm sido intensamente reproduzidas, para uso simbólico, artístico ou publicitário.

Chávez é reeleito na Venezuela


Faltavam ainda 10% das urnas a serem apuradas quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, escreveu em seu perfil do Twitter: “Obrigada meu Deus, obrigada a todas e todos”.
Ele acabava de ser reeleito para um novo mandato com 7, 4 milhões de votos (54,42% do total). Henrique Capriles, o maior adversário com quem se deparou desde sua primeira eleição, obteve 44,97% dos votos, o que representa  6,1 milhões eleitores.
Antes mesmo do anúncio oficial dos resultados, milhares de chavistas já comemoravam do lado de fora da sede do governo. Enquanto esperava o discurso do presidente no famoso Balcón del Pueblo (varanda do povo) no palacio de Miraflores, a operária Inês Laffont comemorava a vitória do presidente e a continuidade da “revolução bolivariana”, que, segundo Inês, salvou sua vida e de sua família. “Ele (Chávez) é o “pai” do meu filho”.

A operária conta que sofreu complicações na gravidez e que, graças ao atendimento e tratamento gratuito que recebeu em uma clínica pública criada pelo governo, pode salvar seu filho.”Meu filho hoje tem 12 anos”, disse. Inês diz que no governo Chávez recebeu uma casa, coisa que segundo ela, “era impossível antes da revolução”. Na sede do governo, globos de papel em forma de coração foram lançados do alto do edifício cobrindo a multidão.

Capriles reconheceu a derrota logo depois. “Esta manhã disse que para saber ganhar é preciso saber perder, para mim o que o povo diga é sagrado (…) nunca passou pela minha cabeça fazer algo distinto ao que o povo diga”.
Tibisay Lucena, reitora do  Conselho Nacional Eleitoral (CNE), destacou o comportamento “cívico” e “democrático” do povo venezuelano. “Concluímos uma página brilhante na história democrática venezuelana”, disse.
Os resultados revelam que a oposição cresceu mais que o chavismo nos últimos seis anos. Nas últimas eleições presidenciais, em 2006, Chávez obteve 62,8% dos votos, 7, 3 milhões de votos. Seu rival na época, Manuel Rosales ficou com 36,9%, equivalente a 4,29 milhões de votos.