quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Símbolo do Rio de Janeiro completa 100 anos

O projeto era ousado. Construir um caminho aéreo entre os dois morros da enseada da Baía de Guanabara. O ano, 1908. Quatro anos depois, o primeiro trecho, ligando a Praia Vermelha ao Morro da Urca, foi inaugurado. O bondinho comportava 22 passageiros, era de madeira e sustentado por apenas um cabo de aço. O segundo trecho do percurso, que ligaria o morro do Pão de Açúcar, entrou em operação no ano seguinte. Até então só existiam dois teleféricos no mundo: o do Monte Ulia, na Espanha (com 280 metros de extensão), e o de Wetterhorn, na Suíça (com 560 metros). Nada que se comparasse, portanto, ao Pão de Açúcar, cujas duas linhas somam 1 263 metros. “Como não havia helicópteros, a construção utilizou equipes de alpinistas especialmente treinados, que levavam as peças nas costas, em escaladas perigosas”, diz Giuseppe Pellegrini, diretor técnico da empresa que administra os bondinhos.


No próximo dia 27 de outubro, um dos cartões-postais mais famosos do Rio, e do Brasil, completa 100 anos. O idealizador do bondinho foi o engenheiro Augusto Ferreira Ramos, que buscava uma ideia para alavancar o turismo na cidade. Ao conseguir capital e apoio do governo, ele fundou a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, a mesma que administra o local até hoje. No ano passado, o bondinho contabilizou recorde de viagens. Foram 77.441 percursos nos dois bondinhos. 

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