Arqueóloga, antropóloga e aventureira, Mary Leakey nasceu há 100 anos, em Londres. Uma das cientistas mais importantes do século XX, lançou preciosas luzes sobre as origens do ser humano. Destacou-se com a descoberta do primeiro fóssil do esqueleto de procônsul, um primata que poderá ser antepassado dos hominídeos.
Ficou também conhecida pelas suas escavações, juntamente com o seu marido Louis Leakey, na garganta de Olduvai (Tanzânia) e por ter desenvolvido um sistema de classificação dos instrumentos de pedra lá encontrados, a primeira indústria lítica dos hominídeos do período Paleolítico Inferior.Foi também ela que descobriu as pegadas de hominídeo que se tornaram conhecidas como pegadas de Laetoli.
Mary Leakey, que morreu no Quênia com 83
anos, era filha do pintor paisagista Erskine Edward Nicol e de Cecília Marion
Nicol. Devido ao ofício do pai, viajou muito durante a infância, tendo a
família acabado por se instalar em França.
Com apenas 12
anos, começou a escavar uma gruta perto do sítio onde morava. O seu interesse
pela Pré-História foi crescendo. Começou a colccionar e a desenhar objetos
pré-históricos, criando também sistemas de classificação.
Em 1932, o seu trabalho como ilustradora chamou a atenção da
arqueóloga Gertrude Caton–Thompson, que a convidou para a acompanhar nas suas
escavações. Como ilustradora e arqueóloga amadora, participou em diversas
expedições, numa das quais conheceu Louis Leakey.
O casal teve
três filhos, que passaram a maior parte da infância em sítios arqueológicos. Em
1960, Mary tornou-se diretora das escavações na garganta de Olduvai. Com a
morte do marido, em 1972, Mary e os filhos não deixaram o interesse pela
arqueologia. Mary Leakey, que dizia sentir-se melhor numa tenda do que numa
casa, trabalhou incansavelmente até uma idade avançada.
Quando morreu,
em 1996, era uma paleoantropóloga reconhecida tanto pelos seus trabalhos de
investigação, como pelo contributo que deu à carreira do marido e dos filhos.
Um deles, Richard Leakey, é atualmente um conceituado paleoantropólogo.
Na homenagem que a Google
faz hoje à investigadora (num doodle),
podem ver-se os seus animais de estimação – dois dálmatas – a acompanharem-na
na descoberta das pegadas de Laetoli.
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