quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Agora só daqui a quatro anos...




Foram os egípcios de Alexandria (África) que, há mais de 2.200 anos, tiveram a idéia de, a cada quatro anos, adicionar um dia a mais ao calendário, para compensar as seis horas restantes (um arredondamento das 5h48m46s).

Civilizações distantes no tempo e no espaço tiveram calendários diferentes, embora baseados no movimento do Sol, da Lua, nas estações do ano, na alternância entre os dias e as noites. Entre os muitos modos que as várias civilizações empregaram para contar o tempo, destaca-se o que hoje é oficial na maioria dos países do mundo.



calendário asteca - google imagens



Para saber mais:


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A conquista do voto feminino no Brasil

No dia 12 de fevereiro de 1968, na Cinelândia, no Rio, artistas e intelectuais promoveram um protesto contra a censura que proibia tudo. Da esquerda para a direita, Eva Tudor, Tonia Carreiro, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengel. Publicado em Nada novo debaixo dest Sol

“Queremos um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.
Rosa Luxemburgo

          
           Hoje (24/02/2021) a conquista do voto feminino no Brasil completa 89 anos. Porém, a história de lutas por esta conquista possui origem distante. A primeira eleição que ocorreu no país foi indireta, aconteceu no dia 23 de janeiro de 1532.

            De lá para cá foram muitas eleições: fraudadas, abertas, indiretas, por procuração, de acordo com a renda e posse dos eleitores. O título de eleitor só foi criado em 1881.

           Mesmo após a Proclamação da República, em 1889, o voto ainda não era direito de todos. Menores de 21 anos, mulheres, analfabetos, mendigos, soldados rasos, indígenas e integrantes do clero estavam impedidos de votar.

         Juvenal Lamartine, governador do Rio Grande do Norte, alterou a lei   eleitoral e as mulheres foram às urnas, em 1928. Seus votos são anulados. Assim mesmo, é eleita a primeira prefeita do Brasil: Alzira Soriano de Souza, no município de Lages/RN.

           Em 1932, foi instituída uma nova legislação eleitoral       no país e as      mulheres conquistaram o direito ao voto. Após está conquista passamos por ditaduras, períodos onde a liberdade de expressão e participação política não eram  permitidas.

            Nas eleições de 1933 para a Assembléia Constituinte, são eleitos 214 deputados e uma única mulher: a paulista Carlota Pereira de Queiroz.

         Ao longo deste tempo muitos movimentos sociais, feministas, e partidos políticos travaram uma verdadeira guerra por direitos essenciais à cidadania. Em 2010 o país elegeu a primeira mulher presidenta da República, Dilma Rousseff.

               Hoje comemoramos     este direito adquirido.       Ainda    existe muito a ser feito. As mulheres são 52% do eleitorado. Porém estão em somente 15% no  Senado Federal, 8% na Câmara Federal.

  Entre 192 países avaliados pela União Interparlamentar sobre a participação feminina nos Parlamentos, o Brasil ocupa a 146º posição.

 Portanto, o próximo passo é garantir um maior número de mulheres sendo eleitas e não somente eleitoras.

* Maria Alzira Souza Lara, professora de História da Rede Pública do Estado do Paraná


Referências Bibliográficas


Fonte: IBGETeen


SPM. Com todas as mulheres, por todos os seus direitos. Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, com recursos do Fundo das Nações Unidas para o Alcance dos Objetivos do Milênio e da Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID).

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cataratas do Iguaçu

Foto: Arquivo pessoal

Cataratas do Iguaçu são confirmadas como uma das 7 Maravilhas da Natureza

A confirmação de que As Cataratas do Iguaçu entraram na lista das Novas Sete Maravilhas da Natureza foi feita no dia 22 de fevereiro de 2012. A solenidade ocorreu na Embaixada do Brasil em Buenos Aires pelo presidente e fundador da organização suíça New 7 Wonders, Bernard Weber, ao Comitê Oficial Argentino-Brasileiro de Apoio às Cataratas do Iguaçu.
Esta eleição iniciou em 2007, com a participação de 440 atrações de 200 países e territórios. Após duas etapas, que envolveram voto popular e a seleção de especialistas, em 2009 as Cataratas do Iguaçu conquistaram uma vaga entre as 28 finalistas. Em 2011, veio a consagração. No dia 11 de novembro, o resultado preliminar confirmou a atração como uma das Novas Sete Maravilhas.
Em 2011, as Cataratas do Iguaçu, que vem batendo sucessivos recordes de visitação, recebeu mais de 2,5 milhões de turistas nos dois lados da fronteira. A expectativa é que, com o título, a atração receba ainda mais visitantes. 

Informações disponíveis em: http://www.votecataratas.com/


Origem lendária das Cataratas do Iguaçu

O rio Iguaçu corria tranqüilo sem quedas nem cataratas. Os índios Guarani, habitantes do lugar, adoravam o deus Tupã e seu filho M'Boi, o deus serpente que vivia nas águas. A ele eram oferecidas em sacrifício as mais belas virgens da aldeia.

No dia em que a jovem Naipi seria sacrificada, Tarobá, um guerreiro apaixonado, raptou-a e tentou fugir descendo o rio numa canoa. Enfurecido, M'Boi penetrou nas entranhas da terra, contraiu seus músculos e, abrindo uma imensa cratera, revoltou as águas formando uma enorme catarata. Naipi foi transformada numa rocha, condenada a ser fustigada pelas águas da Garganta do Diabo. Tarobá converteu-se numa palmeira e desde então contempla sua amada por toda a eternidade. Assim conta a lenda.

Disponível em:    


Cabeza de vaca

            Cabeza de Vaca foi o primeiro europeu a chegar até as Cataratas do Iguaçu. Antes dele somente os indígenas, primeiros habitantes deste território haviam contemplado aquela beleza.
Ele tomou tomou posse da região em 1541 em nome do imperador Carlos V. Meses depois, utilizando a rede de trilhas indígenas conhecida como caminho do Peabiru, cruzou o território em busca das terras do lendário Rei Branco. Na viagem  fez contato com dezenas de tribos descritas mais tarde num novo relato assinado por seu secretário particular, Pero Hernández.


Bandeiras dos países sede da Copa do Mundo



Esta apresentação foi elaborada para atividades do sábado letivo do Colégio Estadual Profa. Edimar Wright, pós-carnaval, tema Copa do Mundo, fevereiro/2012

Números para pensar

“Se as coisas são inatingíveis...ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!“
Das Utopias – Mario Quintana


- Casa toma 25 horas por semana da mulher. Estudo do IBGE mostra que homens gastam 9,8 horas por semana em tarefas domésticas, como limpeza e cozinha. FSP 18 ago 07, B18.

- Mulheres recebem salário 30% menor do que o dos homens na América Latina. Notícias uol, 09 ago 07

- Mulher chefia quase 30% dos lares do país.
FSP 29 set. 07, C1

- Quem fala mais: o homem ou a mulher?
Pesquisa do Canadá aponta empate técnico

- Quem gasta mais no cartão de crédito?
Homens. 26% mais

- Fonte: Instituto Ibope Inteligência (2007)
Quem é mais fofoqueiro?

- Homens. 76 min por dia
Fonte: OnePoll (2009)

- Quem fala mais de sexo?
Mulheres (5º lugar) Homens (8º lugar)

- Quem mente mais?
Homens
Fonte: Instituto Gfk – Alemanha

- A presença de mulheres nos Parlamentos Mundiais não chega a 20%, segundo dados da União Interparlamentar (IPU). Esta subrrepresentação é generalizada, pouquíssimos países se aproximam da paridade de gênero.

- O Brasil ocupa uma das últimas posições no ranking da IPU, com aproximadamente 10% de presença feminina na Câmara dos Deputados e no Senado. O percentual é muito baixo, também, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais, entre 11% e 12%. Esse quadro se deve a diversos motivos, entre eles a idéia ainda reproduzida de que à mulher cabe o espaço doméstico ou privado, e não o público, o da política, culturalmente reservado aos homens.

- De cada 10 homicídios vitimando mulheres, 7 são praticados por homens que possuem vínculo emocional com a mulher (marido, noivo, namorado, pai, irmão, etc.)
- Em 2010, 89% dos estados brasileiros (24 Estados) aderiram ao Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência contra as mulheres, sendo que 21 assinaram o Pacto Federativo.


Referências Bibliográficas

SPM. Com todas as mulheres, por todos os seus direitos. Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, com recursos do Fundo das Nações Unidas para o Alcance dos Objetivos do Milênio e da Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID).

BIANCHINI, Alice. Palestra: Lei Maria da Penha – a questão da violência contra a mulher.

Crise na Europa



Para refletir:

De que maneira podemos interpretar a frase: "Relaxa! Eu já mandei colocar a culpa nos imigrantes e nos gastos sociais"?

Quaresmeira


Matéria muito interessante feita por Regina Casé  para a série: Um pé de que?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ilha das flores

Mulheres que brilham – A força feminina no progresso social e cultural do país *

Acesse a sinopse do samba 2012: Mulheres que brilham – A força feminina no progresso social e cultural do país:


Ouça a letra o samba:  

Compositores: Zeca do Cavaco, Ronaldinho FDQ, Afonsinho BV, Valter Camargo e Evaldo SEAN
      Agora responda as questões a seguir:

  1. Pesquise sobre a lenda de Pandora e faça suas considerações.
  2. Como era a divisão do trabalho na Pré-História.
  3. Pesquise a biografia e elabore um texto sobre as personagens abaixo:
a)     Chica da Silva
b)     Carlota Joaquina
c)      Anita Garibaldi
d)     Chiquinha Gonzaga
e)     Tarsila do Amaral
f)       Clarice Lispector
g)     Elis Regina

* Tema do Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Vai-Vai no Carnaval de 2012

Para maiores informações acesse a página oficial da Escola de Samba:

http://www.vaivai.com.br/

Todo dia é dia de mulher *



Inicialmente o dia das mulheres foi celebrado em datas diferentes, de acordo com o calendário de lutas de cada país. Em 1910, a alemã Clara Zetkin propôs, na 2a Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, a criação do Dia Internacional da Mulher.

A França escolheu o dia 9 de março, em 1914 para fazer o seu ato e a Alemanha o dia 8.  Antes já havia sido celebrada em várias datas, nos EUA; e em 1º de março, na Suécia.

Em 1922, a celebração internacional foi oficializada e o 8 de Março se transformou na data símbolo da participação das mulheres para transformarem sua condição e a sociedade como um todo. A Organização das Nações Unidas (ONU) ratificou a data no ano de 1975.

Além de ser lembrada no mundo inteiro,  sua origem revela a luta por melhores condições de trabalho, participação política e emancipação da mulher. A história da luta das mulheres e da criação do Dia da Mulher é objeto de muitos livros e artigos. É uma história longa.

No ano de 2011 o Movimento de Mulheres do Brasil pretende chamar a atenção da população para os principais problemas que enfrentam. Entre eles, a tentativa, por parte do STF, de supressão de medidas jurídicas criadas com a Lei Maria da Penha.

Além disso, estão em pauta inúmeros outros temas como criação e ampliação de delegacias da mulher e casas abrigo. Questões relacionadas à educação, principalmente ampliação de vagas em creches, diversas formas de manifestação de violência, desrespeito a direitos trabalhistas, mercantilização do corpo da mulher nos meios de comunicação, entre outros.

No entanto, devemos reconhecer os avanços conquistados pela luta das mulheres e a importância histórica da eleição de Dilma Rousseff, primeira mulher para a Presidência da República. Porém, as mulheres às ruas para dizer que isso apenas não basta para mudar suas vidas e nossa sociedade.

Por isso, precisamos reconhecer que as lutas e conquistas devem ser diárias, constantes e as questões relacionadas às mulheres não podem ser lembradas somente em uma data do ano.


MARIA ALZIRA SOUZA LARA, professora, especialista em Metodologia do Ensino de História

* Texto publicado no Jornal Folha de Tamandaré, em março de 2011

Referência Bibliográfica

Gianotti, Vito. O dia da Mulher nasceu das mulheres socialistas – as origens do 8 de março. Núcleo Piratininga de Comunicação – NPC. Rio de Janeiro. 2004

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Barreado



                                Três cidades disputam a paternidade do barreado

Nesta e em outras épocas do ano, muita gente desce a Serra do Mar paranaense com o intuito de saborear o barreado. O prato - feito em panela de barro, com carne cozida desfiada e acompanhamento à base de farinha de mandioca e frutas (principalmente banana) - é vendido em diversos restaurantes de Morretes, Antonina e Paranaguá.
Nos três municípios, a comida é apontada como um prato típico, havendo algumas divergências sobre a sua origem. Entretanto, o mais certo, segundo o integrante do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá, Florindo Wistuba Júnior, é dizer que o barreado é uma comida típica de todo litoral paranaense e não de um único município.Garçom prepara a refeição em Morretes: popularização só veio a partir da década de 1960, quando um restaurante tornou o prato mais leve.
"Existe uma briga entre os três municípios: cada um se autodenomina o lugar de origem do barreado. Porém, assim como o fandango é a dança típica do litoral paranaense, o mais correto é dizer que o barreado é o prato típico da região. Atualmente, ele é vendido em diversos restaurantes tanto de Morretes quanto de Antonina e Paranaguá", afirma Florindo.
Sobre a origem do barreado, há diversas histórias. Há pessoas que dizem que ele surgiu em Portugal, outras que falam que ele é oriundo do norte da África e há até mesmo que diga que foi trazido da região dos Campos Gerais, por tropeiros.
"No Marrocos também tem uma comida parecida com o barreado, mas que se difere porque, no final do cozimento, são acrescentados legumes. Em Paranaguá, existem registros do ano de 1671 referentes a uma comida nos moldes do barreado", diz o ex-secretário de Turismo de Morretes, Orley Antunes de Oliveira.
O mais provável é que, assim como outras comidas, o barreado tenha se transformado e sido
adaptado conforme a região onde era preparado. No litoral paranaense, no fim do século XIX, ele era preparado para as festas de entrudo (que deram origem ao Carnaval) e em épocas de colheita.
Sobre a comercialização do prato, a professora aposentada Maria Vieira Azim afirma que ela começou no início da década de 1960, em Antonina. “O barreado começou a ser comercializado no restaurante da Ieda e no Clube Náutico de Antonina”, declara.
Já Orley atribui a profissionalização da comercialização à família Madalozo (que deu origem ao atual restaurante Madalozo, localizado em Morretes), no final da mesma década.
"A família Madalozo barateou o prato e o tornou mais leve, fazendo com que Morretes fosse consolidada como a terra do barreado. Atualmente, todos os donos de restaurante têm uma receitaBdiferente para o prato. Mesmo assim, ele é um produto com gosto único", comenta.

Cintia Végas - Paraná on-line.

Esta notíciafoi publicada em 25/01/2011 no sítio parana-online.com.br.

Atividades

1. Como é preparado o barreado?
2. Comente e explique a frase: ...”assim como o fandango é a dança típica do litoral paranaense, o mais correto é dizer que o barreado é o prato típico da região”.

Fósseis



















Maiores informações:



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Capitalismo*


*

Dinheiro

         No início, trocava-se apenas o supérfluo, quando havia supérfluo para trocar. O comércio era uma atividade esporádica.

          A troca só se desenvolveu depois que apareceu o excedente econômico, isto é, depois que as primeiras comunidades humanas passaram a produzir mais do que as pessoas precisavam para o sustento.

          Depois, quando o excedente econômico passou a ser mais constante, a troca passou a se repetir com maior freqüência e acabou se transformando em uma atividade regular. Surgiu, então, a produção feita diretamente para a troca.

     E, com o desenvolvimento do comércio, o dinheiro foi inventado, quer dizer, uma mercadoria que facilitasse a troca de todas as outras mercadorias. Freqüentemente, as pessoas perdem de vista o fato de que o dinheiro também é uma mercadoria e que ele só  manifesta  o seu valor quando o equiparamos a outras mercadorias. Esse obscurecimento da compreensão da verdadeira natureza do dinheiro é facilitado pelo desenvolvimento complexo das operações financeiras pelo capitalismo: o movimento do dinheiro se complica tanto que algumas pessoas são levadas  a crer que o dinheiro possui uma origem mágica.

         Nas sociedades antigas, o dinheiro funcionava quase que exclusivamente como meio próprio para facilitar o comércio. Na sociedade moderna, entretanto, o dinheiro, a partir do século XVI, começou, cada vez mais, a se transformar em capital.






 

A história das coisas


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sobre o tempo...



Sobre o Tempo - Nenhum de Nós
Os homens trocam as famílias
As filhas, filhas de suas filhas
E tudo aquilo que não podem entender
Os homens criam os seus filhos
Verdadeiros ou adotivos
Criam coisas que não deviam conceber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
Se mover... êê,êê
O passado está escrito
Nas colunas de um edifício
Ou na geleira
Onde um mamute foi morrer
O tempo engana aqueles que pensam
Que sabem demais que juram que pensam
Existem também aqueles que juram
Sem saber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover... êê,êê
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
Se mover.. êê,êê
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover..
Se mover..

Eu etiqueta

Em minha calça está grudado um nome / Que não é meu de batismo ou de cartório / Um nome… estranho.  / Meu blusão traz lembrete de bebida / Que jamais pus na boca, nessa vida, / Em minha camiseta, a marca de cigarro / Que não fumo, até hoje não fumei.  / Minhas meias falam de produtos / Que nunca experimentei / Mas são comunicados a  meus pés.  / Meu tênis é proclama colorido / De alguma coisa não provada / Por este provador de longa idade.  / Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, / Minha gravata e cinto e escova e pente, / Meu copo, minha xícara, / Minha toalha de banho e sabonete, / Meu isso, meu aquilo.  / Desde a cabeça ao bico dos sapatos, / São mensagens, / Letras falantes, / Gritos visuais, / Ordens de uso, abuso, reincidências.  / Costume, hábito, premência, / Indispensabilidade, / E fazem de mim homem-anúncio itinerante, / Escravo da matéria anunciada.  / Estou, estou na moda.  / É duro andar na moda, ainda que a moda / Seja negar minha identidade, / Trocá-la por mil, açambarcando / Todas as marcas registradas, / Todos os logotipos do mercado. / Com que inocência demito-me de ser / Eu que antes era e me sabia / Tão diverso de outros, tão mim mesmo, / Ser pensante sentinte e solitário / Com outros seres diversos e conscientes / De sua humana, invencível condição. / Agora sou anúncio / Ora vulgar ora bizarro. / Em língua nacional ou em qualquer língua / (Qualquer principalmente.) / E nisto me comparo, tiro glória / De minha anulação. / Não sou - vê lá - anúncio contratado. / Eu é que mimosamente pago / Para anunciar, para vender / Em bares festas praias pérgulas piscinas, / E bem à vista exibo esta etiqueta / Global no corpo que desiste / De ser veste e sandália de uma essência / Tão viva, independente, / Que moda ou suborno algum a compromete. / Onde terei jogado fora / Meu gosto e capacidade de escolher, / Minhas idiossincrasias tão pessoais, / Tão minhas que no rosto se espelhavam / E cada gesto, cada olhar / Cada vinco da roupa / Sou gravado de forma universal, / Saio da estamparia, não de casa, / Da vitrine me tiram, recolocam, / Objeto pulsante mas objeto / Que se oferece como signo dos outros / Objetos estáticos, tarifados. / Por me ostentar assim, tão orgulhoso / De ser não eu, mas artigo industrial, / Peço que meu nome retifiquem. / Já não me convém o título de homem. / Meu nome novo é Coisa. / Eu sou a Coisa, coisamente.
Carlos Drummond de Andrade (1984)


História: estudo, seres humanos, tempo

HistóriaÉ uma ciência humana que estuda o desenvolvimento dos seres humanos no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização. 
Fontes
Entender o passado também é importante para a compreensão do presente. O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000a.C).

Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (
arte rupestre, esculturas, adornos).

O estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.
"A História procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. As transformações são a essência da História; quem olhar para trás, na História de sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também é válido para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que se percebe as mudanças". [1]

1.     BORGES, Vavy Pacheco Broges. O que é história. 14ª ed. São Paulo: editora Brasiliense, 1989. p.47. (Coleção primeiros passos)

 
ATIVIDADES
  1. Explique o que é história.
  2. Cite quatro fontes históricas.

Você tem alguma preocupação com 2012?

O Guarani *

             No mundo existe uma infinidade de lendas. Alguns temas apesar de sofrerem variações locais acabam sendo repetidos, como o do dilúvio.
 José de Alencar, pode ter se inspirado na Lenda do Dilúvio dos Tupinambás, do indígena Tamandaré para escrever a cena final de O Guarani:
 “Foi longe, bem longe dos tempos de agora. As águas caíram e começaram a cobrir toda a terra. Os homens subiram ao alto dos montes; um só ficou na várzea com sua esposa.
Era Tamandaré; forte entre fortes, sabia mais que todos. O Senhor falava-lhe de noite; e de dia ele ensinava aos filhos da tribo o que aprendia do céu.
Quando todos subiam aos montes, ele disse:
— Ficai comigo, fazei como eu, e deixai que venha a água.
Os outros não o escutaram; e foram para o alto, e deixaram-no só na várzea com sua companheira, que não o abandonou.
Tamandaré tomou sua mulher nos braços e subiu com ela ao olho da palmeira; aí esperou que a água viesse e passasse; a palmeira dava frutos que os alimentavam.
A água veio, subiu e cresceu; o sol mergulhou e surgiu uma, duas e três vezes. A terra desapareceu; a árvore desapareceu; a montanha desapareceu.
A água tocou o céu e o Senhor mandou, então, que parasse. O sol olhando só viu céu e água, entre a água e o céu, a palmeira que boiava levando Tamandaré e sua companheira.
A corrente cavou a terra; cavando a terra, arrancou a palmeira; arrancando a palmeira, subiu com ela; subiu acima do vale, acima da árvore; acima da montanha.
Todos morreram. A água tocou o céu três sóis com três noites; depois baixou; baixou até que descobriu a terra.
Quando veio o dia, Tamandaré viu que a palmeira estava plantada no meio da várzea; e ouviu a avezinha do céu, o guanumbi, que batia asas.
Desceu com a companheira, e povoou a terra!”

* O Guarani é um romance escrito por José de Alencar, desenvolvido em princípio em folhetim, de fevereiro a abril de 1857, no Correio Mercantil, para no fim desse ano, ser publicado como livro, com alterações mínimas em relação ao que fora publicado em folhetim.
A obra fez de José de Alencar um autor reconhecido. Foi republicada por diversas editoras e, atualmente, encontra-se em domínio público.
Fonte: Wikipédia

Tamendonaré

           Sumé era o pai dos gêmeos Tamendonaré (Tamandaré) e Aricute. Tamendonaré era calmo e vivia para cuidar da família. Aricute era um guerreiro valente que gostava de guerrear.

 Certo dia, ao regressar de uma batalha, ele insultou o irmão, atirando contra sua cabana o braço de um inimigo que havia decepado. Irritado, Tamendonaré bateu com o pé no chão, fazendo nascer uma fonte d’água que inundou a Terra.

Quando as águas começaram a subir, os índios procuraram o cume dos montes, tentando salvar-se. Tamendonaré, que já fora advertido por Tupã da iminência do dilúvio, pediu aos fugitivos que permanecessem na planície. Mas ninguém lhe ouviu. Somente Tamendonaré ficou e subiu com sua mulher numa palmeira bem alta.

A Terra desapareceu e até as montanhas desapareceram. Só se avistava água e, o colmo da palmeira que sustentava Tamendonaré e sua mulher, flutuando á tona. Quando cessou a inundação, eles desceram e povoaram novamente toda a Terra. Os tupinambás acreditam que descendem de Tamendonaré.


O dilúvio, lenda Tupinambá

Carnaval


ATIVIDADES

1.     Assista ao vídeo abaixo e após responda às questões:
http://www.youtube.com/watch?v=-tc7NMuhc_g


2.     Pesquise e explique o que era o “entrudo”.


3.    Pesquise sobre os instrumentos musicais que aparecem no vídeo e escolha dois deles para comentar. (origem, principais características, como é fabricado etc)


4.     A partir do texto: Igreja reconheceu a festa em 590 d.C,  disponível em http://educacao.uol.com.br/cultura-brasileira/carnaval---historia-igreja-reconheceu-a-festa-em-590-dc.jhtm explique sobre: a) trio elétrico b) afoxé c) Maracatu d) frevo

5.  Leia a matéria e responda a questão: Curitiba tem carnaval? Justifique.



6.  Vídeos Recomendados:

            Seu Jorge – Pout-Pourri Marchinhas de Carnaval


Vídeo sobre a história do Frevo, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Zd1_ZCDi1W8


IMAGENS

Garibaldis e Sacis – Curitiba: 2012

Cena do Entrudo, primórdios do carnaval no Brasil. Fonte: http://rio-curioso.blogspot.com/2011/07/sociedades-carnavalescas-cariocas.html

Chiquinha Gonzaga. Precursora da canção carnavalesca. Fonte: http://correiodobrasil.com.br/site-resgata-obras-ineditas-de-chiquinha-gonzaga-2/317139/

Foliões do início do século XX.  http://ossoruidos.blogspot.com/

Ismael Silva. Fundador da Primeira Escola de Samba do Rio de Janeiro, a “Deixa Falar”, em Estácio de Sá. Fonte:  http://peledegato.blogspot.com/2011/06/lugaressambas-e-bambas-03.html

Gravura com a turma de Estácio de Sá. Fonte: http://peledegato.blogspot.com/2011/06/lugaressambas-e-bambas-03.html  

Compositores que consagraram a Marchinha como uma das canções mais típicas do carnaval. Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/passarela/figuracas/noel-rosa/

O primeiro trio elétrico, criado por Dodô e Osmar. Fonte: http://blogs.estadao.com.br/jornal-do-carro/rodas-da-folia/

Carnaval de rua da década de 1960. Fonte: http://naftalinaa.blogspot.com/2010/01/sessao-carnaval-70s-60s-e-50s.html

Na década de 1970, homenagem ao trio elétrico. Fonte: http://abahiadetodosospovos.wordpress.com/2011/02/27/uma-viagem-pelo-carnaval-da-bahia-de-1884-a-2006/


Carnaval em Olinda, Pernambuco. Fonte: http://www.trekearth.com/gallery/photo589353.htm

Carnaval em Salvador. Fonte: http://www.pousadamarcos.com.br/

Carnaval em Ouro Preto, Minas Gerais. Fonte:  http://blogdacl.wordpress.com/2010/02/09/carnaval-das-cidades-historicas-2010-programacao-de-9-a-11-de-fevereiro/