A troca só se desenvolveu depois que apareceu o excedente econômico, isto é, depois que as primeiras comunidades humanas passaram a produzir mais do que as pessoas precisavam para o sustento.
Depois, quando o excedente econômico passou a ser mais constante, a troca passou a se repetir com maior freqüência e acabou se transformando em uma atividade regular. Surgiu, então, a produção feita diretamente para a troca.
E, com o desenvolvimento do comércio, o dinheiro foi inventado, quer dizer, uma mercadoria que facilitasse a troca de todas as outras mercadorias. Freqüentemente, as pessoas perdem de vista o fato de que o dinheiro também é uma mercadoria e que ele só manifesta o seu valor quando o equiparamos a outras mercadorias. Esse obscurecimento da compreensão da verdadeira natureza do dinheiro é facilitado pelo desenvolvimento complexo das operações financeiras pelo capitalismo: o movimento do dinheiro se complica tanto que algumas pessoas são levadas a crer que o dinheiro possui uma origem mágica.
Nas sociedades antigas, o dinheiro funcionava quase que exclusivamente como meio próprio para facilitar o comércio. Na sociedade moderna, entretanto, o dinheiro, a partir do século XVI, começou, cada vez mais, a se transformar em capital.
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