sábado, 27 de abril de 2013

Presos em congresso da UNE serão anistiados


O governo brasileiro vai acelerar os processos de anistia política dos ex-líderes estudantis que foram presos no 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna (SP), em 1968, durante a ditadura militar.
O benefício será concedido aos ex-presos ainda não anistiados e que já tenham dado entrada em processo na Comissão de Anistia, órgão vinculado ao Ministério da Justiça que julga pedidos de indenizações a pessoas perseguidas pela ditadura.
A decisão foi confirmada pelo presidente da Comissão de Anistia e secretário nacional da Justiça, Paulo Abrão, em reunião com dirigentes da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP).
"Foi uma grande vitória da nossa geração poder conseguir a anistia da geração que nos formou, que criou as condições para que o movimento estudantil chegasse ao que é hoje", disse o presidente da UEE-SP, Alexandre Cherno.
Considerada ilegal desde o golpe de 1964, a UNE atuou de forma clandestina para organizar seu 30º Congresso, em outubro de 1968, no sítio Muduru, em Ibiúna (a 69 km a oeste de São Paulo).
Mais de 700 estudantes universitários e secundaristas de todo o país se organizaram para chegar ao local do encontro sem deixar pistas.
Mas os militares descobriram, e o congresso terminou com todos os participantes presos pela Força Pública e levados para a capital, onde ficaram presos no Dops e no presídio Tiradentes.
Participaram do encontro pessoas que se tornaram conhecidas na cena política, como os ex-ministros José Dirceu (Casa Civil), na época presidente da UEE-SP, e Franklin Martins (Comunicação Social), ambos já anistiados.
O ato para a concessão das anistias ocorrerá durante o congresso da UEE-SP, que será realizado de 14 a 16 de junho em Ibiúna, para marcar os 45 anos do episódio.
A comissão ainda não tem estimativa de quantos requerimentos de pessoas que foram presas no congresso ainda estão pendentes.
Segundo Abrão, serão julgados os processos que já estão em fase mais avançada. "Se entrou com pedido este ano, definitivamente não será apreciado lá, porque tem uma ordem de prioridade."
"O levantamento que vamos fazer é dos processos que já estão protocolados, que ainda não receberam nenhum tipo de mérito e que estejam aptos a serem apreciados", disse Abrão à Folha.

RECONHECIMENTO
A anistia é o reconhecimento formal da responsabilidade do Estado brasileiro pela violação de direitos fundamentais, como prisões arbitrárias, torturas e desaparecimentos forçados.
Na prática, o processo de anistia pode ser acompanhado de um pedido de indenização, equivalente a 30 salários mínimos por ano em que houve perseguição política.
Desde que foi criada, em 2001, a Comissão de Anistia já recebeu cerca de 70 mil processos, dos quais julgou 60 mil, segundo informações do Ministério da Justiça.
Dos casos julgados, cerca de 20 mil foram concedidos com reparação econômica, 20 mil sem indenização e outros 20 mil foram indeferidos.

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Haddad sanciona lei que permite excluir nomes de militares de ruas de SP


      O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou na quarta-feira uma lei que permite a troca de nomes de ruas batizadas em homenagem a autoridades que tenham histórico de violação contra os direitos humanos. Moradores de ruas com nomes de militares que tenham cometido crimes durante a Ditadura, por exemplo, poderão solicitar a mudança. 

    Um desses logradouros é a rua Doutor Sérgio Fleury, situada na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista. Ela foi denominada em homenagem ao delegado Sérgio Paranhos Fleury, que atuou no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo e é acusado de ter praticado torturas e homicídios durante o regime militar. 

      Um projeto dos vereadores do PCdoB Jamil Murad e Orlando Silva pede que o nome da rua seja trocado para Frei Tito, frade católico que foi preso e torturado pelo delegado Fleury. "Não se trata de uma mera substituição de denominação de ruas, mas sim de uma reparação histórica", diz o projeto de lei dos vereadores.

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Coliseu em 3D





O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano ou Flávio, é um anfiteatro construído no período da Roma Antiga. Deve seu nome à expressão latina Colosseum, devido à estátua colossal do imperador romano Nero, que ficava perto da edificação. Wikipédia

Área: 2 ha
Altura: 48 m
Estilo arquitetônico: Arquitetura da Roma Antiga
Função: Anfiteatro
Arquitetos: Vespasiano, Tito

Veja o coliseu em 3D

sábado, 20 de abril de 2013

Galdino, presente!


Pataxó - classificada como língua isolada mas nunca sistematicamente estudada. A língua originalmente falada pelos Pataxó não é mais utilizada. Atualmente, todo o povo Pataxó fala o português regional fluente, utilizando-se alguns indivíduos de palavras isoladas (substantivos e adjetivos) de uma língua tomada de empréstimo aos Maxacalí, povo indígena localizado numa região próxima, já no Estado de Minas Gerais. A importância deste empréstimo para os Pataxó é tão considerável que eles tendem a reconhecer o Maxacalí como a sua própria língua.
A Aldeia de Barra Velha, reconhecida pelos Pataxó como o seu local de origem – onde todos nasceram e foram criados -, localiza-se nos limites meridionais do município de Porto Seguro, a menos de um quilômetro da costa, entre as embocaduras dos rios Caraíva e Corumbáu. 
       O território delimitado pelos cursos destes dois rios pela costa atlântica a Leste, e pelo Monte Pascoal a Oeste – cerca de 20.000 hectares -, é tradicionalmente identificado pelos  Pataxó como o seu território. O Monte Pascoal, além de se constituir num limite territorial, tem grande valor simbólico como marco de identidade étnica Pataxó.
Há 15 anos, o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, de  O índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, de 44 anos, que estava na cidade para comemorar o Dia do Índio, acordou em chamas e horas depois morreu no hospital com 95% do corpo queimado. Os rapazes foram reconhecidos, presos e condenados a 14 anos de prisão, mas a lei brasileira garantiu que ficassem apenas oito anos na cadeia — e com direito a várias regalias.


Para justificar o crime bárbaro, os rapazes alegaram que acreditavam ser um mendigo e resolveram "brincar" com ele. Anos depois do crime que chocou o Brasil, uma onda de ataques a mendigos e moradores de rua se espalha por Brasília e também pelo País. Só neste ano, três mendigos foram atacados enquanto dormiam no Distrito Federal. 
— Eles tinham poder onde precisavam ter. É o resumo que a promotora que cuidou do caso do índio Galdino, Maria José Miranda Pereira, faz do processo. Há 15 anos, cinco jovens de classe média colocaram fogo no pataxó Galdino Jesus dos Santos, de 44 anos, que dormia em uma parada de ônibus na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Ele morreu em consequência do crime bárbaro. Com trânsito no Judiciário e dinheiro para contratar os melhores advogados, os jovens assassinos tiveram benefícios e regalias que outros presos não possuem e ficaram atrás das grades pouco mais da metade do tempo a que foram condenados. 
Os jovens que atearam fogo no homem dormindo tiveram tratamento diferenciado antes e depois do julgamento, segundo a promotora. Foram presos no mesmo dia do crime e, encaminhados para a prisão, ficaram em uma cela especial. 
A promotora conta que foi desabilitada uma biblioteca na prisão para acolher os quatro, "já que corriam risco de vida" por serem filhos de juízes. No local, tinham chuveiro quente e vaso sanitário, coisa rara na penitenciária. Mesmo respondendo por crime hediondo, conseguiram antes do julgamento permissão para estudar e trabalhar. 
Os benefícios que eles tinham não era nem só pelo dinheiro. Claro que comparado às pessoas presas no Brasil, a maioria de classe muito baixa e presa por crimes pequenos, eles eram muito ricos. Mas eles tinham poder dentro do Judiciário. Tinham poder onde precisavam ter. 
No caso do menor, ele foi transferido para Recife para cumprir medidas socioeducativas. Lá, um juiz o encaminhou para cumprir pena no hospital de queimaduras da cidade. Assim, conviveria de perto com a dor que provocou no índio Galdino para se divertir. A punição durou pouco: a família e os advogados, revoltados com a "maldade" do juiz, trouxeram o infrator de volta para "refletir" em casa. 
Os advogados conseguiram atrasar o julgamento dos outros quatro jovens por cinco anos. Entraram com recurso em todas as instâncias possíveis e até no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Queriam que os jovens fossem julgados por lesão corporal seguida de morte e não homicídio triplamente qualificado. Além disso, tentaram impedir que os garotos fossem a júri popular. 
O julgamento no Tribunal de Júri de Brasília durou cinco dias. Os jurados decidiram por cinco a dois que Max Rogério, Antônio Novely, Eron e Tomás eram culpados pelo crime classificado como hediondo. A juíza poderia escolher uma pena entre 12 e 30 anos. Eles foram condenados a 14 anos.
           Assista Expedições – Índios Pataxós e a terra do descobrimento -  este programa mostra a luta do povo que encontrou meios para resistir à pressão dos brancos e manter sua cultura.


Referências e maiores informações:

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Classe Média


Seleção Índigena



A Seleção Indígena Brasileira de Futebol – SIBF participa, neste sábado (20/04), de um amistoso com a Seleção dos Africanos da Universidade de Brasília (UnB), no Centro Olímpico da UnB. A atividade ocorre em comemoração ao Dia do Índio (19 de abril).
Fundada na década de 90, a SIBF tem como objetivo resgatar e promover o esporte através de seus jovens atletas indígenas e aprimorar as técnicas futebolísticas e culturais junto às comunidades indígenas. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos, que promove o esporte de forma voluntária, visando o bem estar social.

Não deixa...


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Coisa de Índio


     É coisa de índio, mesmo, resistir e lutar. Fazem isso a cinco séculos. Desde a chegada dos europeus eles brigam para viver. 


     Já enfrentaram de tudo, caçadores de gente, homens disfarçados de bons cristãos com o objetivo de acabar com sua religião, e cultura. É muita gente que não age como gente. 

  Fico em dúvida se alguns que se apresentam com as mesmas características físicas que nós são mesmo homo sapiens, ou de outra espécie que ainda não foi identificada. Contra estes tipos foi que os “índios invadiram” o Plenário da Câmara dos Deputados, ontem (16/04/2013). 

     O problema desta vez é uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), chamada de PEC 215. Ela transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a decisão final sobre demarcação de terras indígenas. 

    O objetivo da demarcação é garantir o direito indígena à terra. Ela estabelece a extensão da área de usufruto e proteção dos limites, impedindo sua ocupação por não-índios. 

     A Constituição de 1988 consagrou o princípio que os índios são os primeiros e naturais senhores da terra. A demarcação de terras indígenas obedece a um processo sistemático, segundo o Estatuto do Índio e é regulado pelo Poder Executivo. 

      Imagine os deputados com poder de decisão sobre um tema vital para a sobrevivência dos povos indígenas brasileiros. Este foi o motivo do protesto (denominado invasão pela imprensa). 

    Eles conseguiram, a PEC 215 não será votada neste semestre. O Presidente da Câmara se comprometeu em assinar a criação de um grupo de trabalho, composto por igual número de deputados defensores das causas indígenas, deputados contrários, e dos próprios representantes indígenas. 

     Este grupo de trabalho irá discutir todas as propostas em tramitação na Câmara dos Deputados,  que sejam de interesse dos índios, inclusive portarias do governo que tratam da questão. 

   Coisa de índio, mesmo! Surpreenderam os deputados, que se preparavam para votar outro tema, a criação de partidos. Deram várias voltas com chocalho na mão no Salão Verde e chegaram na porta do plenário. Os seguranças tentaram impedir, em vão. Quando conseguiram entrar foi deputado correndo para todos os lados. 

      Os “selvagens” não atacaram ninguém. Nem mesmo aqueles que querem a extinção deles. Negociaram e atingiram seu objetivo. Mais uma lição para aprendermos com nossas irmãs e irmãos, índios. 

Maria Alzira



Imagens: Agência Brasil

terça-feira, 16 de abril de 2013

Feliz Aniversário, Chaplin!


Biomas do Brasil

Exposição revela admirável biodiversidade do Brasil 
José Sabino 
Natureza em Foco – biodiversidade é a nossa inspiração

Expor de forma grandiosa e bela a biodiversidade brasileira. Este é o objetivo da exposição “Biomas do Brasil”, que será lançada em junho próximo junto da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. 

Composta por vasto material audiovisual, modernos conceitos expográficos e forte interação com o público, a mostra ficará no Rio de Janeiro e depois seguirá para outras capitais brasileiras. 

A exposição será uma grande “contadora de histórias” sobre o Mundo Natural e vai levar o visitante a uma jornada sensorial pelos biomas do Brasil. O objetivo principal é encantar o visitante, que se sentirá imerso nos mais diversos ambientes naturais do país. Vários cenários e módulos interativos têm a meta de sensibilizar o público, especialmente os jovens, sobre os valores da natureza e seu riquíssimo potencial para uso sustentável. Otimismo e mobilização. 

É preciso reverter o processo de perda maciça da diversidade biológica. E para isso a sociedade como um todo deve ser envolvida, mobilizando lideranças e indicando caminhos da sustentabilidade. São decisões que passam por todas as esferas do poder, mas sem a construção de uma “consciência pública” para reverter o processo de perda de biodiversidade não teremos sucesso. É uma tarefa grandiosa, que envolve esforços coordenandos de conhecimento científico, educação e cidadania. 

Todas essas razões em conjunto justificam a realização da exposição “Biomas do Brasil”, que é a maior ação de divulgação da biodiversidade do governo brasileiro, por meio do MCTI, junto à conferência de meio ambiente da ONU. 

Todavia, o projeto não se restringe à exposição propriamente dita. Além da mostra, um portal de conteúdo na internet, vídeos de divulgação, material de aulas para professores, um livro e diversas ações de publicidade acompanharão a exposição. Ao final, todo material da mostra será herdado por um museu de Ciência & Tecnologia a ser definido após sua circulação pelo Brasil. 

Embora Rio+20 tenha curta duração, desde 2011 governos e representantes das sociedades preparam os temas que serão debatidos e transformados em diretrizes globais pelos negociadores e governantes dos países que virão à conferência. 

A cúpula da ONU é uma excelente oportunidade para melhorar, criar soluções e buscar novas formas de explorar a biodiversidade de forma sustentável. Propostas do governo brasileiro para a Rio+20 estão focadas em modelos de desenvolvimento global em favor da economia verde, da erradicação da miséria e da adoção de práticas sustentáveis. Em um cenário composto pelas 193 nações afiliadas à ONU e que estarão reunidas no Rio de Janeiro, o debate da sustentabilidade, da redução de pobreza, das mudanças climáticas deve ser conectado ao tema do uso responsável da biodiversidade. 

Afinal, todos nós sabemos que vivemos em um único planeta, com 7 bilhões de habitantes e recursos naturais finitos. Contar isso à sociedade é nossa tarefa primordial. Mais Informações: www.biomasdobrasil.com

Padre desiste de esperar reforma e fecha igreja onde está Aleijadinho


Com a estrutura do telhado sob risco de desabar, a igreja de Nossa Senhora da Conceição não tem mais missas nem está aberta para turistas que visitam a cidade histórica de Ouro Preto (MG).
A igreja, que foi construída no século 18 e abriga o túmulo do artista barroco Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, está com as portas fechadas desde fevereiro.
A medida foi tomada pelo pároco Luiz Carlos Carneiro à revelia do Iphan, o órgão federal do patrimônio.
Sem saber quando haverá recursos para a restauração, o pároco fechou também o Museu do Aleijadinho, que funcionava na antiga sacristia, no consistório e no porão.
A decisão de fechar a igreja, segundo o padre, baseou-se no laudo de uma empresa de arquitetura e engenharia que avaliou problemas descobertos por um funcionário do templo. A análise recomendou o fechamento "imediato", afirma o pároco.
Quatro estruturas de apoio do telhado, chamadas tesouras, estão comprometidas, segundo o chefe do escritório do Iphan em Ouro Preto, João Carlos Cruz de Oliveira
Depois da interdição, o órgão do patrimônio fez uma vistoria e acabou concordando com o fechamento da parte frontal da igreja, mas não das áreas do museu. Mesmo assim, o pároco encaminhou todo o acervo para a igreja de São Francisco, na mesma cidade, com o intuito de deixar o prédio pronto para as obras.
Embora o laudo sobre as condições de segurança da igreja oriente "fazer o escoramento e intervenção de urgência", o problema é conseguir os mais de R$ 6 milhões estimados pelo Iphan para fazer uma restauração total.
Projeto de restauro feito em 2010 foi entregue em março ao governo federal pela Prefeitura de Ouro Preto, que busca recursos por meio do PAC Cidades Históricas.
Ativista da conservação do patrimônio, padre Carneiro diz que as dificuldades para a restauração o deixam, às vezes, "cansado". "Não podemos perder nem o patrimônio nem a história nem a memória do nosso povo."
A construção da igreja começou em 1724, comandada pelo pai de Aleijadinho, Manuel Francisco Lisboa. Desde 1949, é tombada pelo patrimônio nacional.

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Guerra das Malvinas




Presidente argentina é vetada no funeral de Thatcher


O governo britânico, após um pedido expresso pela família da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, vetou a presença da presidente Argentina Cristina Kirchner, e de qualquer funcionário deste país, ao funeral da ex-premier previsto para a próxima quarta-feira (17). 

Mark e Carol Thatcher proibiram a presença de qualquer argentino na cerimônia religiosa, que será celebrada na Catedral de St. Pauls, no centro de Londres. 

          O governo britânico enviou hoje 2 mil convites para o funeral. Entre os convidados à cerimônia estarão a rainha Elizabeth II da Inglaterra, seu marido Felipe, duque de Edimburgo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, os ex-premiers britânicos Tony Blair e Gordon Brown, como também dignitários de muitos países do mundo. 

          Entre os convidados de honra está a ex-Secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, e ex-presidente da África do Sul sob o apartheid, Frederik Willem de Klerk. 

        O serviço religioso contará com 700 membros das três Forças Armadas britânicas, em reconhecimento pela vitória militar sob o governo da Thatcher na Guerra das Malvinas (1982). 

          A Dama de Ferro não terá um funeral de Estado, como tinha acontecido com o ex-primeiro-ministro Winston Churchill em 1965, ela receberá "todas as honras militares" e contará com o mesmo status da Rainha mãe e da princesa Diana. 

       O funeral acontecerá sob uma forte operação policial, chamada "Operação True Blue", diante do temor de ataques de organizações como o já desarmado Exército Republicano Irlandês (IRA) ou grupos de extrema esquerda. 

        Nesta quinta-feira foi informado que as cinzas de Thatcher serão enterradas junto as de seus marido Denis no cemitério do Royal Hospital em Chelsea, no oeste de Londres.(ANSA) 

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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Caparaó


Caparaó é um documentário lançado em 2007 e dirigido por Flávio Frederico que aborda uma instância da resistência a ditadura militar no Brasil que não ganhou muita atenção em termos de memória, que são as tentativas de guerrilha rural. O caso específico da guerrilha que remete a vários tipos de discussões de construção de memória. 

           Ao mesmo tempo em que a produção em si do cineasta Flávio Frederico, o fato de ser feita em formato de documentário; a maneira como entrepõe os depoimentos e fotos da época; a trilha sonora enquanto meio de se direcionar o olhar e outros aspectos técnicos nos permite pensar sobre a perspectiva em que Flávio interage com Caparaó, e forma a memória subjetiva do evento que nos é passada. 

          Os depoimentos permitem nos colocar em uma posição de identificação da memória que os guerrilheiros faziam de si mesmos enquanto parte do seu presente, e que presente é esse que identificam (durante o filme, afirmam que participavam de uma continuidade política que vinha antes do golpe de 64, e que tinha relações com movimentos sociais externos, como no caso a revolução cubana).

Assista ao documentário:


Televisão burra

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pato Donald


Grandes Navegações

O século 15 testemunhou as grandes viagens marítimas em busca de novas rotas, mercados e produtos comerciais. Por volta de 1440, os portugueses desenvolvem a caravela.
Portugal tinha a hegemonia dos mares, pela bula papal Romanus Pontifex, até dividir o mundo com a Espanha em 1479, pelo Tratado de Alcáçovas.
     Além de já controlar o comércio na costa atlântica da África desde meados do século, Portugal descobriria – através de Vasco da Gama – o caminho para as Índias, cruzando o Cabo da Boa Esperança.
1415 - Sob o reinado de Dom João I, Portugal conquista Ceuta, iniciando sua expansão ultramarina. A cidade era um importante centro comercial, na época.
1418 - A viagem dos navegadores portugueses à ilha de Porto Santo, no arquipélago da Madeira, inaugurara a época das grandes explorações ultramarinas do século 15.
1420 - O Infante Dom Henrique é nomeado dirigente da Ordem de Cristo.
1421 - Sob o comando do Infante D. Henrique os portugueses iniciam a exploração da costa ocidental da África.
1453 - Os Turcos otomanos tomam Constantinopla e termina o Império Bizantino. A expansão do islamismo assusta a Europa. Fim da Idade Média.
1455 - O Papa Nicolau V concede ao reis de Portugal a propriedade das terras ultramarinas já conquistados ou por conquistar, através da bula Romanus Pontifex. A concessão papal é influenciada pelas vitórias portuguesas contra os mouros. O papa refere-se aos portugueses como soldados de Cristo e coloca suas conquistas como uma espécie de cruzada contra o islamismo que dominava o norte da África e avançava nos Bálcãs.
Na Alemanha, Gutenberg começa as primeiras impressões da bíblia. Segue-se uma revolução na difusão do conhecimento.
1479 - Portugal e Espanha assinam o Tratado de Alcáçovas, em que Portugal desiste de reivindicar a coroa de Castela e assegura as conquistas territoriais ao sul das Ilhas Canárias. Foi o primeiro acordo de divisão do mundo entre os dois reinos.
1481 - Dom João II assume o trono português.
1488 - O navegador português Bartolomeu Dias contorna o Cabo das Tormentas. Demonstra-se a possibilidade de se chegar as Índias, por mar. Portugal torna-se o senhor dos mares.
1492 - Cristóvão Colombo desembarca na América, sob patrocínio da Espanha. Pelo Tratado de Alcáçovas, as terras descobertas pelo navegador genovês pertenceriam a Portugal.
1494 - Portugal e Espanha assinam o Tratado de Tordesilhas, dividindo o mundo conhecido em duas partes, para os dois reinos. Erros grosseiros do Tratado e as distorções nos mapas do século 16, principalmente abaixo do trópico de capricórnio, resultaram em litígio das terras na região do Rio da Prata, resolvido apenas em 1750, com o Tratado de 
Madrid.
1495 - O rei Dom Manuel I assume o trono de Portugal, após a morte de D. João II, e dá continuidade ao espírito expansionista. Fica no trono até 1521.
1497 - Vasco da Gama dobra o Cabo da Boa Esperança e chega às Índias no ano seguinte. Essa rota comercial, pelos oceanos, significou grande prosperidade para Portugal.
1499 - Américo Vespúcio participa da expedição do navegador espanhol Alonso de Ojeda, que explora territórios ao norte da América do Sul.
1500 - Cabral desembarca em Porto Seguro.


A nau portuguesa Santa Catarina do Monte Sinai, construída em 1512, nos estaleiros de Cochim, na Índia. Foi o maior navio do mundo em sua época e um dos mais poderosos, um símbolo da pujança portuguesa no início do século 16. Tinha 38 metros de comprimento e mais de 100 peças de artilharia. Serviu aos portugueses por quase um século até ser capturado pelos holandeses em 1603, em Singapura.
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sexta-feira, 5 de abril de 2013

"Cálice"




Este é mais um exemplo de letra contra a censura, predominante entre nossos compositores à época (1973) em que a canção foi criada. Na verdade, "Cálice" destinava-se a um grande evento promovido pela PolyGram, que reuniria em duplas os maiores nomes de seu elenco, e no qual deveria ser cantada por Gilberto Gil e Chico Buarque.
No livro Todas as letras, Gil narra em detalhes a história da canção, a começar pelo encontro inicial dos dois no apartamento em que Chico morava, na Lagoa Rodrigo de Freitas, ocasião em que lhe mostrou os versos que fizera na véspera, uma sexta-feira da Paixão. Tratava-se do refrão ("Pai, afasta de mim este cálice / de vinho tinto de sangue"), uma óbvia alusão à agonia de Jesus no Calvário, cuja ambigüidade (cálice / cale-se) foi imediatamente percebida por Chico. Gil levara-lhe ainda a primeira estrofe ("Como beber dessa bebida amarga / tragar a dor, engolir a labuta / mesmo calada a boca, resta o peito / silêncio na cidade não se escuta / de que vale ser filho da santa / melhor seria ser filho da outra..."), lembrando a "bebida amarga", uma bebida italiana chamada Fernet, que o dono da casa muito apreciava e sempre lhe oferecia, enquanto "o silêncio na cidade não se escuta" significava que "no barulho da cidade não é possível escutar o silêncio", ou "não adianta querer o silêncio porque não há silêncio", ou seja, metaforicamente: "não há censura, a censura é uma quimera", pois "mesmo calada a boca, resta o peito, resta a cuca".
Deste e mais outro encontro, dias depois, saíram a melodia e as demais estrofes, quatro no total, sendo a primeira e a terceira ("De muito gorda a porca já não anda...") de Gil, a segunda ("Como é difícil acordar calado...") e a quarta ("Talvez o mundo não seja pequeno...") de Chico. No dia do show, quando os dois começaram a cantar "Cálice" desligaram o microfone. "Tenho a impressão de que ela tinha sido apresentada à censura, tendo-nos sido recomendado que não a cantássemos, mas nós fizemos uma desobediência civil e quisemos cantá-la", conclui Gil. Irritadíssimo com o microfone desligado, Chico tentava outro mais próximo, que era cortado em seguida, e assim, numa cena tragicômica, foram todos sendo "calados", impedindo-o de cantar "Cálice" até o fim. Liberada cinco anos depois, a canção foi incluída no elepê anual de Chico, com ele declarando que aquele não era o tipo de música que compunha na época (estava trabalhando no repertório de "Ópera do Malandro"), mas teria que ser registrado, pois sua tardia liberação (juntamente com "Apesar de Você" e "Tanto Mar") não pagava o prejuízo da proibição.
Na gravação, as estrofes de Gilberto Gil, que estava trocando a PolyGram pela WEA, são interpretadas por Milton Nascimento, fazendo o coro o MPB 4, em dramático arranjo de Magro.
Fonte: Livro 85 anos de Música Brasileira Vol. 2, 1ª edição, 1997, editora 34

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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Informações




Atos Institucionais

Normas elaboradas no período de 1964 a 1969, durante o regime militar. Foram editadas pelos Comandantes-em-Chefe do Exército, da Marinha e da Aeronáutica ou pelo Presidente da República, com o respaldo do Conselho de Segurança Nacional. Esses atos não estão mais em vigor.
  •   Ato Institucional nº 17, de 14 de outubro de 1969. Confere ao Presidente da República poderes para transferir para reserva, por período determinado, militares que hajam atentado ou venham a atentar contra a coesão das Forças Armadas, sem restrição às atividades civis e à percepção de vencimentos e vantagens; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes; e dá outras providências.
  •  Ato Institucional nº 16, de 14 de outubro de 1969. Declara vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República; dispõe sobre eleições e período de mandato para esses cargos; confere a Chefia do Poder Executivo aos Ministros militares enquanto durar a vacância; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes; e dá outras providências
  • Ato Institucional nº 15, de 11 de setembro de 1969. Dá nova redação ao artigo 1º do Ato Institucional nº 11, de 14 de agosto de 1969, que dispõe sobre as eleições para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores dos Municípios; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes.
  • Ato Institucional nº 14, de 5 de setembro de 1969. Dá nova redação ao artigo 15, §11 da Constituição Federal de 1967; garante a vigência de Atos Institucionais, Atos Complementares, leis, decretos-leis, decretos e regulamentos que dispõem sobre o confisco de bens em casos de enriquecimento ilícito; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes.
  • Ato Institucional nº 13, de 5 de setembro de 1969.Dispõe sobre o banimento do território nacional de brasileiro inconveniente, nocivo ou perigoso à segurança nacional, mediante proposta dos Ministros de Estado da Justiça, da Marinha de Guerra, do Exército ou da Aeronáutica Militar; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes.
  • Ato Institucional nº 12, de 1º de setembro de 1969.Confere aos Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar as funções exercidas pelo Presidente da República, Marechal Arthur da Costa e Silva, enquanto durar sua enfermidade; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes.
  • Ato Institucional nº 11, de 14 de agosto de 1969.Dispõe sobre o tempo de mandato dos Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores e sobre as eleições para esses cargos no dia 30 de novembro de 1969; extingue a Justiça da Paz eletiva; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes.
  • Ato Institucional nº 10, de 16 de maio de 1969.Dispõe sobre as consequências da suspensão dos direitos políticos e da cassação dos mandatos eletivos federais, estaduais e municipais; e dá outras providências.
  • Ato Institucional nº 9, de 25 de abril de 1969.Dá nova redação ao artigo 157 da Constituição Federal de 1967, que dispõe sobre desapropriação de imóveis e territórios rurais.
  • Ato Institucional nº 8, de 2 de abril de 1969.Atribui competência para realizar Reforma Administrativa ao Poder Executivo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de população superior a duzentos mil habitantes; e dá outras providências.
  • Ato Institucional nº 7, de 26 de fevereiro de 1969.Estabelece normas sobre remuneração de Deputados Estaduais e Vereadores; dispõe sobre casos de vacância de cargos de Prefeito e Vice-Prefeito; suspende quaisquer eleições parciais para cargos executivos ou legislativos da União, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes; e dá outras providências.
  • Ato Institucional nº 6, de 1º de fevereiro de 1969.Dá nova redação aos artigos 113, 114 e 122 da Constituição Federal de 1967; ratifica as Emendas Constitucionais feitas por Atos Complementares subsequentes ao Ato Institucional nº 5; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes; e dá outras providências. 
  • Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968.Suspende a garantia do habeas corpus para determinados crimes; dispõe sobre os poderes do Presidente da República de decretar: estado de sítio, nos casos previstos na Constituição Federal de 1967; intervenção federal, sem os limites constitucionais; suspensão de direitos políticos e restrição ao exercício de qualquer direito público ou privado; cassação de mandatos eletivos; recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes; e dá outras providências.
  • Ato Institucional nº 4, de 12 de dezembro de 1966.Convoca o Congresso Nacional para discussão, votação e promulgação do Projeto de Constituição apresentado pelo Presidente da República e dá outras providências.
  • Ato Institucional nº 3, de 5 de fevereiro de 1966.Dispõe sobre eleições indiretas nacionais, estaduais e municipais; permite que Senadores e Deputados Federais ou Estaduais, com prévia licença, exerçam o cargo de Prefeito de capital de Estado; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes.
  • Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965.Modifica a Constituição do Brasil de 1946 quanto ao processo legislativo, às eleições, aos poderes do Presidente da República, à organização dos três Poderes; suspende garantias de vitaliciedade, inamovibilidade, estabilidade e a de exercício em funções por tempo certo; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes; e dá outras providências.
  • Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964.Modifica a Constituição do Brasil de 1946 quanto à eleição, ao mandato e aos poderes do Presidente da República; confere aos Comandantes-em-chefe das Forças Armadas o poder de suspender direitos políticos e cassar mandatos legislativos, excluída a apreciação judicial desses atos; e dá outras providências.

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