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Diretas Já foi uma campanha que
mobilizou toda a população brasileira para lutar por eleições presidenciais
democráticas, com voto direto e universal. Ocorreu em 1984. No entanto, mesmo com o
final da ditadura militar no Brasil, o presidente civil (Tancredo Neves/José
Sarney) que assumiu o cargo em 1985 não foi eleito pelo voto direto.
Em
1989 a
população conquistou seu direito de opinar sobre qual candidato queria no
governo do país. As eleições foram disputadas no segundo turno por Fernando
Collor de Melo e Luís
Inácio “Lula” da Silva, Fernando Collor foi eleito.
O novo governo anunciou um pacote de medidas chamado
de Plano Collor. Além de buscar a abertura dos mercados, a participação do
capital estrangeiro e a diminuição do gasto público, o plano congelou a renda
das cadernetas de poupanças de milhares de brasileiros. Sem alcançar o sucesso esperado o
plano naufragou em meio a um surto de recessão econômica e a volta das ondas
inflacionárias.
Fernando Collor de Melo foi cercado por escândalos e
corrupção. Durante a campanha eleitoral, Collor argumentava que “Lula”
confiscaria o dinheiro do povo, mas na prática quem fez isso foi ele.
Quando Collor lançou uma medida confiscando os
depósitos em contas bancárias com valor acima de Cr$ 50, 000 muitas pessoas e empresas
faliram e a reprovação ao governo do
presidente começou a aparecer.
A sociedade já questionava o governo do presidente
Collor quando estourou o pior dos escândalos envolvendo diretamente o
presidente. O irmão de Fernando Collor, Pedro Collor, denunciou e comprovou um esquema de
corrupção envolvendo o presidente do Brasil. Tal esquema tinha participação
fundamental do tesoureiro da campanha presidencial de Collor, Paulo César Farias. O
episódio ficou conhecido como “esquema PC”.
Esse acontecimento foi decisivo para que a sociedade
se organizasse e protestasse contra o governo. A União
Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
(UBES), DCE’s, centros acadêmicos, grêmios livres se uniram para organizar um
gigantesco protesto exigindo o impeachment de Fernando Collor. Os estudantes
saíam às ruas com as caras pintadas de verde e amarelo para engrossar a
campanha Fora Collor no
ano de 1992.
Aquela rede de favorecimento
político e econômico controlada por pessoas diretamente ligadas ao presidente
escandalizou o país. As denúncias de corrupção ocuparam as manchetes dos
principais meios de comunicação da época. Dando resposta a essas denúncias, o
Congresso Nacional criou
uma investigação controlada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
O impeachment de Collor – medida legal possibilitada com a abertura da CPI, proposta pelo deputado federal José Dirceu e pelo senador Eduardo Suplicy.
O impeachment de Collor – medida legal possibilitada com a abertura da CPI, proposta pelo deputado federal José Dirceu e pelo senador Eduardo Suplicy.
Collor foi afastado em 29 de setembro de 1992 e,
antes de ser condenado pelo Senado, renunciou ao mandato, em 29 de dezembro.
Itamar Franco, seu vice, assumiu a Presidência da República Brasileira.
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