Anita Garibaldi, combatente da Revolução Farroupilha e pela
Unificação Italiana, é a segunda brasileira a ter seu nome inscrito no Livro
dos Heróis da Pátria, que registra perpetuamente os nomes dos brasileiros e de
grupos de brasileiros que tenham dado a vida pela pátria “defendendo ou
construindo, com dedicação e heroísmo”. A lei reconhecendo o papel histórico
da catarinense foi publicada nesta quarta-feira, no Diário Oficial da
União.
Antes de Anita, apenas a
enfermeira baiana Ana Nery, heroína da Guerra do Paraguai, havia sido admitida
no chamado Livro de Aço, onde estão inscritos Tiradentes, Zumbi dos Palmares, o
guerreiro guarani Sepé Tiaraju, os
líderes da Revolta dos Búzios, o Marechal Deodoro da Fonseca, Dom Pedro I, o
Duque de Caxias e Alberto Santos Dumont, entre outros.
Anita Garibaldi, nascida Ana
Maria de Jesus Ribeiro da Silva, foi esposa do herói italiano Giuseppe
Garibaldi que, no Brasil, lutou pelos ideais republicanos contra o Império.
Anita conheceu Giuseppe em 1837, durante a Guerra dos Farrapos, quando as
forças da República Rio-Grandense tomaram a cidade catarinense de Laguna. Com o
tempo, ela aprendeu a manejar armas e passou a acompanhar o marido nas
batalhas. Com a derrocada dos Farroupilhas, partiu com o marido para a Itália,
onde participou das lutas pela unificação daquele país—o que lhe valeu o título
de “heroína de dois mundos”.
O Livro dos Heróis da Pátria
foi criado em novembro de 2007, pela Lei 11.597, assinada pelo então presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. Está
depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos
Três Poderes, em Brasília.
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